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Contém tortura, quem não gosta desse tipo de leitura, é bom pular algumas partes do capítulo.

Henrique|Caveira ☠️

Horas e horas tinham se passado e eu já tinha surtado um monte de vezes querendo saber notícias da minha morena que estava lá dentro.

E até agora ninguém sabia falar porra nenhuma, só falavam que ela estava em cirurgia e que quando acabasse, o médico iria vim conversar com a gente.

Que porra de cirurgia demorada é essa caralho? Estamos mais de seis horas aqui porra e ninguém fala nada.

Minha irmã já encheu minha mente um monte de vezes mandando eu ir pra casa dormir, mais eu só saio daqui quando eu tiver notícias da minha morena e do meu filho caralho.

E como eu volto pra aquela casa depois de tudo que aconteceu? Eu não consigo não pô.

Geral estava aqui, até o Dg mermo com o braço fudido brotou.

O cara teve que fazer uma cirurgia e era pra ficar de repouso, mais quando soube tudo que tinha acontecido com a Analu, não pensou duas vezes e veio pra cá.

Amizade é isso aí tá ligado?

Caveira: A dona Zélia tá bem pô?

DG: Tá bem sim, ela tá lá de boa com a minha coroa, só fica perguntando toda hora de tu parceiro. A velha gostou mermo de tu né?

Caveira: Se não fosse ela, eu nem estava aqui irmão.

A Dona Zélia ontem foi para o hospital junto com o DG, e ele deixou ela na casa dele por enquanto.

Mais assim que tudo se resolver, eu vou ajudar ela em tudo que precisar pô. Devo minha vida pra aquela mulher na moral.

Saíram duas médicas e elas vieram na direção da recepção.

— Familiares da paciente Ana Luíza Albuquerque?— levantei da cadeira correndo.

Caveira: Sou eu caralho, sou eu. Pode falar, ela tá bem? Como ela tá?

— Boa tarde, o senhor seria esposo dela?— eu concordei.— Eu vou pedir pro senhor se sentar ali no banco pra gente poder conversar melhor.— encarei ele.

Caveira: Eu fico em pé mermo, pode falar caralho. Cadê minha mulher, ela tá bem? E meu filho? Fala logo porra.— falei puto.

Heloísa: Calma irmão.— colocou a mão no meu ombro.

— Eu sou a doutora Paula e sou responsável pela paciente.— concordei.— Sua esposa levou dois tiros. Um dos projetis foi nos rins, ultrapassando e perfurando o útero dela, infelizmente a dona Ana Luíza perdeu o bebê.— meu mundo parou.— Tentamos reverter o quadro, mais o filho de vocês ainda era muito pequeno e não resistiu.— eu ainda estava paralisado.— O outro projétil perfurou o pulmão dela, mnós conseguimos retirar o projétil e reverter o quadro de hemorragia, mais ela teve duas paradas cardiorrespiratória que felizmente conseguimos reverter.— deu uma pausa.— Mais infelizmente a dona Ana Luíza teve que ser entubada e entrou em coma.

Eu ainda estava tentando digerir cada palavra que a médica tinha acabado de falar, parecia que eu tinha tomado um soco tão forte no meu estômago que minhas pernas ficaram fracas e eu caí no chão gritando desesperado enquanto sentia alguém me abraçar.

Paula: No momento ela se encontra na UTI sendo monitorada, e infelizmente não pode receber visitas, mais assim que ela ser transferida para a semi UTI, eu libero a entrada, porém somente uma pessoa por vez.

LEAL - [FINALIZADO] Onde histórias criam vida. Descubra agora