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Henrique|Caveira ☠️

Acordei com alguém batendo na porta do meu quarto, abro o olho com dificuldade e falo que pode entrar, pego meu celular no criado mudo e vejo que são seis e meia da manhã e já fico logo puto no bagulho!

Isso é hora de me acordar? Eu podia dormir mais uma horinha pô...

Encarei minha irmã que entrou no quarto toda afobada perguntando se eu estava pronto.

E não é que eu esqueci que ia levar ela lá naquele bagulho de fisioterapia de novo mano, tomar no cu!

Heloísa: Você ainda não tá pronto Henrique? A gente vai chegar atrasado caramba.— ela perguntou impaciente.

Caveira: Acalma o coração porra, bom dia pra você também. Porque não marcou esse bagulho de tarde? Você já me deixou puto logo cedo.— ela me encarou com raiva.

Heloísa: Eu marquei na parte da manhã porque eu tenho compromisso de tarde Henrique, não precisa me levar mais não nesse caralho, eu vou falar pro meu pai chamar algum dos meninos.— falou gritando e bateu a porta do quarto.

Caveira: QUEBRA ESSA PORRA CARALHO.— gritei.

Heloísa: VAI SE FODER!— gritou de volta.

Eu e minha irmã temos uma relação de amor, ódio, cumplicidade e muita parceria. Sempre fomos muito amigos um do outro, ela sabe de todos os meus podres e eu os dela, quer dizer eu acho que sei porque a mandada é esperta pra caralho.

Ela é meu fechamento certo, mato e morro pela minha irmã. Ela tem vinte anos mas é muito pra frente, tá ligado? Faz faculdade lá pra ser advogada, e eu tenho muito orgulho dela pô, vai ser a doutora dos viela!

Levantei da cama bolado, joguei uma água no corpo rapidão, me troquei e fui atrás da mandada, que estava na mesa tomando café, sentei ao lado dela e tomei um copo de leite puro e comi um pão.

Caveira: Você não falou que a gente ia se atrasar e agora tá nessa lerdeza do caralho?— ela olhou pra mim revirando os olhos.

Heloísa: Henrique vai se foder.— eu dei risada e levantei da mesa pegando minha pistola e a chave do carro no balcão da cozinha.

Caveira: Tô na garagem te esperando coisa feia e vê se não enrola, se não, não te levo em porra nenhuma.— ela me mostrou o dedo e eu saí.

Na rua eu sou o Caveira, um cara frio e sério mas dentro de casa o Henrique, o filho amoroso da dona Helena e o irmão protetor da Heloísa.

[...]

Entrei dentro do carro e coloquei um trap baixinho, minha irmã entrou em seguida e partimos pro bagulho. No meio do caminho, do nada a louca me deu um susto do caralho!

Heloísa: Volta volta Henrique, dá ré. Eu conheço aquela moça no ponto de ônibus, volta!— falou alto me assustando.

Caveira: E o que eu tenho haver com isso caralho? Você vai trocar ideia com ela agora, você não tá atrasada no bagulho?— falei impaciente.

Heloísa: Henrique ela é a minha fisioterapeuta, dá ré logo e cala a boca!— falou estressada.

Já estava puto, dei ré no carro e ela abaixou o vidro pra falar com a mina lá. A mina se assustou e deu um passo pra trás mas quando reconheceu a Helô, ela suspirou aliviada e eu rir da cena.

Xxx: Mulher que susto, você quer me matar do coração? Já achei que seria assaltada ou algo pior.

Minha irmã pediu desculpas e elas continuaram trocando idéia, e eu como sou um cara sem paciência no bagulho, já mandei logo o papo pra Helô na frente da mina mesmo, tô nem aí.

Caveira: Heloísa você vai ficar aí de lero ou a gente já pode ir? Tenho o dia todo não caralho.— ela me olhou feio e me mandou calar a boca.

Olhei serinho pra Helô que me ignorou, e falou pra mina lá entrar no carro. Destravei a porta de trás e ela entrou, dei uma encarada pelo retrovisor e a mina ficou sem graça pô e até abaixou a cabeça.

Mina mó bonitona pô, novinha no bagulho e já é doutora? Fiquei admirado papo reto. Olhava de relance às vezes pra ela enquanto a mesma respondia às perguntas da tagarela da minha irmã.

Chegamos na bagulho e a mina desceu do carro quase correndo, ia até falar que eu não mordia, só se ela pedisse, kkk.

Caveira: Quando acabar aí o bagulho tu me manda mensagem e eu venho te buscar, jaé? Fica esperta aí em caralho.— ela revirou os olhos e nem me respondeu.

A mina enquanto ajudava a Helô descer do carro, me agradeceu a carona só que eu senti um tom de deboche na voz dela tá ligado? Abusadona pô.

Ana Luíza: Obrigado moço e desculpa o incomodo.— apenas balancei a cabeça e saí cantando pneu.

[...]

Cheguei no morro e estava tudo tranquilo, fui direto pra boca e estacionei o carro na frente do Restaurante da Dona Maria. Ela dá aulas no rango papo reto!

Dei um salve nos moleques que estavam na segurança e entrei na salinha, meu pai estava lá na sua mesa fazendo anotações e meu padrinho falando no telefone.

Caveira: Bom dia pra nós.— eles me olharam balançando a cabeça.

Fuzileiro: Bom dia muleque, chegou no horário hoje?— concordei rindo e sentei na cadeira.

Fuzileiro: Preciso que você refaça a contabilidade da boca 03, às contas não bateram e esse bagulho precisa ser cobrado, tendeu?

Caveira: Jaé, já vou resolver essa fita aí e quem tiver de tróia vai ser cobrado!

Já estava estressado e agora fiquei mais ainda, papo reto! Fui refazer às contas e estavam no erro, saída de mercadoria e sem entrada de grana? Fiquei puto e passei a visão pro meu coroa, que no mesmo instante mandou um salve no Ph.

Fuzileiro: E aí Ph, tá na voz?

PH: Tô padrinho, manda o papo!

Fuzileiro: Vai pra biqueira da três, busca o Dadinho e trás esse filho da puta na minha sala agora.— meu coroa falou exaltado.

PH: Jaé padrinho, tô descendo pra lá.

Meu pai andava na sala de um lado pro outro, cheio de ódio e eu só observava. Minutos depois o Ph chegou e ao lado deve estava o Dadinho.

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E aí, o que será que vai acontecer? 😥

Votem e comentem, isso me inspira a continuar ❤️

LEAL - [FINALIZADO] Onde histórias criam vida. Descubra agora