169°

4.3K 191 24
                                    

Ana Luíza|Analu 🌪️

Jady: Seu fim está próximo Analu.— me encarou.

Ana Luíza: É isso que veremos Jady. O jogo ainda não acabou.— ela deu risada.

Jady: Te falei pra não se meter no meu caminho. Tu não me escutou e agora o preço será caro demais.

Ana Luíza: Eu não tenho culpa se o Caveira me ama e é comigo que ele quer ficar Jady.— ela me encarou com raiva.— O amor, o desejo, o tesão que ele sente por mim, ele nunca vai sentir por você.— senti à ardência no meu rosto pelo tapa que ela me deu e comecei a rir.— Tenho pena de você sabia? Você é uma coitada.

Jady: Vou acabar com você Analu!

Ana Luíza: Estou esperando.

Pavão: Bora Jady.— abriu a porta e ela saiu andando.

Juro que se eu não tivesse amarrada ia esquecer que ela está grávida e ia descer a porrada dessa desgraçada até ela esquecer o nome dela.

Mulher suja, escrota, mal caráter e dissimulada.

Como um ser humano pode ser assim?

E o Pavão é o mais trouxa de todos que não percebe que ele apenas faz parte do quebra cabeça dela. Otário!!!

Diferente dos outros dias, escuto muito barulho do lado de fora e muita falação. Eles realmente estão se preparando para o que vai acontecer mais tarde.

E eu estou super aflita e com medo. Meu coração está apertado e toda hora me dá vontade de chorar. Já perdi às contas de quantas vezes orei e pedi pra Deus cuidar de mim e também de todos aqueles que amo.

Pior que estou sem comunicação novamente, o celular descarregou e agora não tenho como falar com ninguém.

A porta do quarto se abriu, e diferente das outras vezes, entrou um menino moreno, ele aparentava ter uns quinze anos e eu tive a sensação que conhecia dele de algum lugar.

Ele entrou, trancou à porta e veio na minha direção segurando uma marmita e também uma garrafa de água.

Xxx: Pra tu patroa.— estendeu a marmita e sorriu pra mim.

Ana Luíza: Você é funcionário do Caveira né?— falei baixinho e ele concordou.— Como é seu nome?

Xxx: Leozinho. Patroa o chefe vai vim buscar vocês hoje e ele pediu pra tu não tomar nenhuma atitude precipitada e confiar nele.

Ana Luíza: Você precisa contar pra ele que a Jady está junto com o Pavão.

Leozinho: Ele já sabe de tudo pô, fica tranquila.— concordei.— Agora come tua parada aí, preciso meter o pé.

Ele saiu do quarto me deixando sozinha, e depois de conversar com ele me senti um pouco mais tranquila.

[...]

Estava cochilando quando alguém segurou meu braço com certa brutalidade e saiu me arrastando pro lado de fora do quarto.

Colocaram uma fita na minha boca, um saco na minha cabeça, amarraram minhas mãos e me jogaram dentro do porta mala de um carro.

De dentro do porta mala conseguia ouvir bastante vozes e às pessoas pareciam estar nervosas. Um tempo depois ligaram o carro, e eu fiquei contando os minutos na mente pra ter uma noção da distância da onde estavamos e mais ou menos meia hora depois estacionaram o carro.

Abriram o porta mala, me tiraram de dentro e saíram me arrastando.

Me colocaram sentada em uma cadeira e me amarraram nela e quando tiraram o saco da minha cabeça estávamos dentro de uma espécie de galpão abandonado.

Olhei em volta e tinha centenas de homens fortemente armados, o Pavão conversava com um cara e a Jady estava sentada em uma cadeira ao meu lado, também amarrada.

Jady: O show vai começar Analu.— falou sorrindo.

Pavão: Amor vou ter que colocar a fita na tua boca também pô.— ela concordou e ele colocou.— Geral nos seus lugares porra!

Começou uma movimentação grande dos homens, uns saíram para o lado de fora e uma parte ficou aqui dentro.

O celular do Pavão tocou e ele se afastou pra atender, percebi que o semblante dele mudou pra nervoso em questão de segundos e logo depois ele começou a xingar e dar murro na parede.

Pavão: AQUELE FILHO DA PUTA INVADIU A NH PORRA!— falou para os caras.— Preciso de reforços lá, a tropa está toda aqui.— falou desesperado.— Você, você, você, Vitinho, Nk.— apontou para os caras.— Mete o pé pro morro.

Minutos depois escutamos muitos tiros vindo do lado de fora, e não sei como consegui fazer força e me jogar no chão com cadeira e tudo pra tentar me proteger.

Xxx: Chefe não tem como a gente sair agora porra.— um deles falou.

Pavão: Mete bala nesses filho da puta caralho.

Às luzes do galpão se apagou, e os barulhos de tiro pararam em seguida porque não dava pra enxergar nada e nem ninguém.

Meu coração estava acelerado, minha respiração ofegante e meu único pensamento era que meu fim realmente tinha chegado.

Lembrei que tinha guardado a navalha da gilete no bolso de trás da minha calça, e com muita dificuldade consegui pegar e comecei a tentar cortar a corda que não era muito grossa.

Senti um alívio quando vi que às minhas mãos estavam soltas, e consegui tirar a fita da minha boca e também desamarrar minhas pernas e com um pouco de dificuldade consegui me arrastar e me proteger atrás de um armário.

Às luzes se acenderam novamente e quando olhei em volta tinha vários homens caindos no chão sangrando e, o Caveira, Ph e o Dg estavam em pé na porta com suas armas apontadas pro Pavão e para os soldados deles.

Caveira: Acabou a brincadeira Pavão!— falou sério encarando ele.— Achou mermo que eu ia cair nesse teu golpe?

PH: Tu mexeu com às pessoas erradas Pavão.

Pavão: Posso até cair mas tu vai cair junto comigo cuzão.— apontou arma pro Caveira.

Caveira: Não dificulta às coisas parceiro, porque vai ficar pior pro teu lado tá ligado? Teu morro tu já perdeu e agora vai perder a vida também.

O clima era tenso demais e parecia que a qualquer momento uma merda ia acontecer. Eles se encaravam sem piscar com às suas armas apontadas uns para os outros.

PH: Acabou Pavão, se rende!

Pavão: Nunca!!!

Assim que ele terminou de falar, o barulho de tiro ecoou pelo lugar, o Pavão e seus soldados atiraram pra cima dos meninos que também revidaram atirando.

Um dos tiros acertou na Jady e o impacto foi tão grande que ela caiu da cadeira.

Corri até ela e o tiro tinha acertado no seu ombro e sangrava bastante além do sangue que também escorria pelas suas pernas.

Ana Luíza: Não fecha o olho Jady, não fecha o olho!— ela me encarava.

Quando o Pavão viu que ela tinha sido baleada, ele se desesperou e veio com à arma apontada na minha direção.

Caveira: ANALU.— ele gritou.

Encarei o Pavão, fechei os olhos e escutei o barulho do tiro.

-
-

VOTEM E COMENTEM MEUS AMORES, ISSO ME INCENTIVA À CONTINUAR.

CONTO COM VOCÊS!!! ❤️

LEAL - [FINALIZADO] Onde histórias criam vida. Descubra agora