LEAL - [FINALIZADO]

31°

Henrique|Caveira ☠️

Papo reto que mulher é essa, parceiro? Eu estou até agora deitado na cama observando ela dormir e tentando descobrir, papo reto! Me deixou fraco.

Quem vê ela toda posturada e cheia de marra não imagina o que ela faz em quatro paredes... A garota não cansa nunca e olha que eu sou difícil de arregar mas me deixou como? Mortão!

Peguei meu celular e já estava dando onze horas e eu tinha que descer pra boca, levantei da cama com cuidado pra não acordar ela, olhei em volta e o quarto estava uma bagunça do caralho por causa da nossa manhã e eu acabei sorrindo malicioso lembrando. Foda! 

Joguei uma água no corpo, peguei minha pistola e desci.

Caveira: A bença meus coroas.— dei um beijo na minha mãe que me deu um tapa na cabeça.

Helena: Coroa é tua vó, me respeita moleque.— neguei rindo.

Caveira: E a senhora é novinha por acaso?

Helena: Eu tô melhor que muita novinha se tu que saber!— me encarou.— E essa cara de sono? Dormiu não é?— dei um sorriso involuntário.

Fuzileiro: E tu acha que ele dormiu amor? Olha o sorrisinho sacana desse moleque.— falou rindo.

Helena: Você não trouxe nenhuma piranha aqui pra casa né Henrique? Eu já te falei que eu não quero essas suas marmitinhas dentro da minha casa!!!— falou séria.— Coloco elas e tu pra fora!

Caveira: Vishi mãe... Acalma o coração pô, coé?? Eu não trouxe ninguém pra cá não mano, relaxa!

A Heloísa desceu às escadas com a maior cara de sono e chamou a nossa atenção reclamando.

Heloísa: Mãe tem remédio de dor de cabeça aí? Minha cabeça parece que vai explodir.

Helena: Bebe mais que passa, quer beber a bebida do mundo inteiro e acha que vai acordar bem, é?

Fuzileiro: Eu pego o remédio pra você minha princesa.— beijou a cabeça dela.

Heloísa: E a vaca da Analu foi pra casa dela mesmo né? Eu vim pra casa pra não deixar ela aqui sozinha e quando chego a sonsa não está aqui.— revirou os olhos.

Quando eu abrir a boca pra falar, escutamos um barulho e era a Analu, descendo às escadas.

Heloísa: Analu?— encarou ela sem entender.— Eu tô aqui te xingando porque achei que você tivesse indo embora cara, eu cheguei e você não estava lá no meu quarto.— ela parou de falar.— Ahhhhhh, eu já entendi tudo, kkkk.— disse rindo e meu pai riu também.

Ana Luíza: Bom dia gente.— falou envergonhada.— Acabei dormindo...

Ela ia se explicar mas eu a interrompi.

Caveira: Ela dormiu lá no meu quarto pô, começou a passar mal aí quando chegamos e eu ajudei ela, tendeu? Acabou que ela pegou no sono lá e eu não ia acordar ela, né não Analu?— ela me olhou sem graça e concordou.

Ana Luíza: É foi isso, o Henrique me trouxe mas como eu não estava me sentindo bem ele me ajudou e eu resolvi ficar.

Helena: E o que você estava sentindo meu amor?— perguntou preocupada.— Você está melhor agora? Se não a gente vai no postinho.

Ana Luíza: Estava sentindo uma tontura e vontade de vomitar, o Henrique me levou pro quarto dele e me deu um remédio, acabou que eu peguei no sono lá mesmo.— suspirou.— Não precisa se preocupar Helena, certeza que foi porque eu bebi sem comer.

Heloísa: Sei muito bem qual foi o remédio que o Henrique te deu.— falou rindo e a Analu repreendeu ela com o olhar.— Amiga porque você não fica por aqui hoje?

Ana Luíza: Hoje não dá amiga, mais tarde tenho aquela festa que eu te falei, inclusive ainda tenho que ir atrás de uma roupa.

Fiquei curioso pra saber que festa era essa hein...

Helena: Então seu problema está resolvido, vamos lá na loja e você escolhe um look Analu.

Caveira: Família vou meter o pé pra boca, fé aí..

[...]

Estava no bar do Tatu com o Ph e Dg, quando às meninas chegaram.

Heloísa: Quem vai pagar a feijoada hoje? Tô morrendo de fome hein.— perguntou animada.

PH: É na conta do teu namorado pô, ele é o dono do bar.— disse rindo.

Elas sentaram na mesa junto com a gente, e ficamos ali trocando idéia até a garçonete trazer os nossos pedidos.

Ana Luíza: Tatu eu pago lá no caixa?— perguntou.

Tatu: Que pagar o que pô, se liga... Não vai pagar nada não, é por conta da casa, tendeu?— piscou pra ela.

Ana Luíza: Gente vocês nunca me deixam pagar nada, eu vou parar de vim aqui, sério mesmo.— fez drama e a gente riu.— O almoço estava maravilhoso Tatu, sua mãe tem mãos de fada.— sorriu.— Obrigada Tatu, bom agora eu preciso ir gente... Nayara vai ficar por aí?— ela discordou.— Então vamos?

Caveira: Quer que eu leve vocês pô?

Ana Luíza: Não, precisa não Henrique, vamos descer andando, obrigada.— concordei.

Elas se despediram e desceram o morro andando, e aqui no bar ficou eu, Ph, Tatu, Dg e a Heloísa.

Tatu: Acho que alguém tomou um chá dos brabos.— falou rindo.

Heloísa: E foi um chá daqueles bem dado.— deu risada.

Caveira: Que papo é esse? Quem tomou chá de quem? Tô entendendo esse papo de vocês não pô. Colfoi??

DG: Ala se fazendo de desentendido mano, kkk.— falou rindo.— Tu que tomou esse chá patrão, coé???

Caveira: Tomei chá de quem seu filho da puta?— dei um tapa na cabeça dele e todo mundo riu.— Bora pra boca que tu já tá falando demais, Tatu bota na conta aí e Helô tô de olho.— ele assentiu e ela revirou os olhos.

Voltei pra boca, o Dg foi fazer o plantão dele, e eu fiquei na boca, fazendo a contabilidade do baile.

PH: Vocês ficaram né?— disse rindo e eu concordei.

Caveira: Porque tu não vai tomar conta da tua vida, parceiro???— ele riu.— Ficamos mesmo pô, e foi maneiro!

PH: Ela é dahora demais parceiro, e tu tá ligado que geral aqui já tem o maior carinho por ela né? Então cuidado aí nas tuas intenções pô, se liga!

Caveira: Qual foi Ph? Eu não sou criança não caralho, sou homem nessa porra e a gente só ficou, não pedi ela em casamento não, colfoi?— falei sério.

PH: Calma aí irmão... Só tô te dando um toque de parceiro pô.— levantou às mãos em rendição.— Não leva pro coração pô, é porque tu é desapegadão, tendeu? E ela pode confundir às coisas... Apesar que eu acho a Analu uma mulher muito pra frente, ela não é dessas emocionadas.— concordei.

Passei o restante do dia ali com ele explicando às novas funções dele agora e ele todo empolgadão e cheio de vontade de aprender...

Quando vimos já era noite, então acionei os caras da segurança e meti o pé pra casa e o Ph disse que ia buscar a Nayara lá na pista.

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