CAPÍTULO 17 - Novo, ou quase novo amor

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S/N POV

Assim que leio a carta, eu imediatamente conto para todas as meninas juntas, Maca, Saray, Luna, Goya, Antônia e Terê sobre a doença de Sole e sobre ela querer acelerar o processo. As meninas ficam muito chateadas por Sole ser uma pessoa muito especial para elas e elas não poderem ajuda - la nesse momento de sua vida, não poder estar perto e nem se quer comparecer ao funeral caso Sole não mudasse de ideia. Todas parecem bem batidas, mas Terê parece bem mais. Escorre poucas lágrimas de seu rosto, mas logo após que conto a notícia, ela se isola em sua cela, para chorar sozinha e pensar. Ela e Sole eram muito próximas, Soledad é como uma mãe para ela e todas nós.

Depois de conversar com as meninas, cada uma vai para um canto. Eu, Maca e Saray ficamos na cela, e Zulema também estava lá mas não se importou pois não era próxima de Sole.

Saray: - S/n, você não acha que já passou da hora de termos um relacionamento?

- Saray, eu acabei de terminar um relacionamento.

Saray: - E daí? Eu gosto de você e você gosta de mim, nada nos impede.

Zulema: - Eu concordo.

Saray: - E também, você terminou tem mais de uma semana e já gostava de mim antes...

- Sei não cigana, não sei se eu tô preparada para outro relacionamento agora.

Saray: - Pensa direitinho, não vai se arrepender.

- Vou pensar.

Naquele momento eu estava pensando "SIM, SIM, SIM, ACEITO!". Mas sabe, eu tenho chances de sair daqui antes da hora, e não quero sofrer. Não quero ter que espera - la, e não quero errar com ela como errei com Cachinhos. Eu me agarrei a Cachinhos por desespero de não sair desse lugar, nunca namorar... Mas tem um lado meu que quer deixar tudo acontecer, quer tentar ser feliz.

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𝗔 𝗡𝗢𝗜𝗧𝗘:
S/N POV

Escovo os dentes, a Millán faz a contagem e eu vou para a cama. A cigana é a primeira a dormir, não imaginava que Saray roncava tanto e dormia toda espaçosa. Depois a loira dorme e fica só eu e Zulema. Ela olha para o nada, para o teto, isso me assusta um pouco pois ficar sozinha ou perto da árabe já me assustava. Eu, estava pensando sobre o fato de eu estar dividindo cela com a detenta mais perigosa da Cruz Del Norte, e em como eu sentia falta da minha cama maciosinha e sem buracos. Mas o que Zulema estava pensando?
E de repente Zulema começa a falar comigo.

Zulema: - Acho melhor você não machucar a Saray, emocionalmente. - ela diz ainda encarando o teto. Não sei como Zulema sabia que eu estava acordada, ela nem se move. Mas ela continua dizendo - Porque a coitada já sofreu demais, azar no amor e azar no jogo... Ah, e para de enrolar ela. Ela gosta de você desde do seu primeiro dia aqui.

- Sim senhora. - digo com a voz parcialmente trêmula.

Zulema: - Senhora? Srsrs... - ela solta risadas roucas cínicas. - Ah, não fala para a Saray que nós conversamos.

Não imaginava que Zulema era pelo menos um pouco carinhosa e protetora. É por esses motivos e outros que eu fico tão curiosa sobre essa mulher enigmática.
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𝗗𝗜𝗔 𝗦𝗘𝗚𝗨𝗜𝗡𝗧𝗘:
S/N POV

Acordo de manhã me sentindo... Inspirada eu acho. Eu fiquei pensativa sobre a conversa ontem com Zulema e tomo uma decisão. Chamo Saray para conversar quando estávamos na parte do dia em que podemos ficar no pátio. Ela está sempre jogando basquete e não gosto de atrapalha - la, mas eu seria breve.

Saray: - O que você quer me dizer?

- Queria dizer que aceito, aceito nós termos um relacionamento.

Saray: - Aeeee, finalmente. - Ela me abraça tirando meus pés do chão e me girando. Em seguida ela me dá vários selinhos.

Amar - ellos💛Onde histórias criam vida. Descubra agora