Aeron Sullivan
- Pai... - digo tentando soa desinteressado - Estou levando Siera para vê seus pais.
Meu pai me olha com desconfiança escancarada.
- Aeron, não tente me fazer de tolo - a ameaça na voz dele é tão clara que se não fosse por vergonha eu fazia cara de choro.
- Eu? Tentando fazer o senhor de tolo? De onde saiu isso? - enrolo - Eu não teria tanta coragem, pai. Tenho medo de morrer ainda.
Siera me dá uma cutucada com o cotovelo na costela.
- Pois não parece - ele suspira - Eu não sei o que você está fazendo, mas eu vou descobrir, e quando eu descobrir, Aeron, eu espero que arque com as consequências.
Engulo em seco.
- Eu só vou levar ela para vê os seus pais - aponto para Siera - Não seria bom ela ficar tanto tempo sem ir vê-los, eles podem denunciar o sumiço dela.
Meu pai me olha mais um pouco. Depois me dá as costas voltando para a sala.
- Vá se arrumar - digo para Siera baixinho- Vou vestir uma roupa mais apropriada e pegar minhas armas.
Ela acena com a cabeça e passa por mim sumindo para o segundo andar da casa.
Antes de subir passo pela sala e encontro todos reunidos, até o cachorro de Natasha.
Esse bicho é mais inteligente que meus irmãos, penso quando cronos me olha atentamente. Parece que ele vê minha alma.
Começo a andar até minha mãe, ela me olha com olhos carinhosos e preocupados, dou um beijo em sua testa e ganho um carinho no rosto.
Beijo meu pai, que ainda me olha de forma ameaçadora.
O resto da família continua a conversar, mas todos estão prestando atenção em mim.
Olho ao redor a procura de Pietro e encontro ele claramente tomando uma bronca de Marcello e Matteo.
Só de vê a cara feia dele já sei que estão o chamado de irresponsável, infantil e sei lá o quê mais.
Caminho na direção do meu amigo, tentando salva-ló.
- .... Você foi extremamente irresponsável, se alguma coisa acontecesse com vocês dois? - escuto uma parte da bronca quando vou chegando perto, eu disse, esse cara parece um disco arranhado.
- Estamos vivos - digo passado um braço pelo ombro de Matteo - alegri-se homem!
- Por quanto tempo? - Marcello pergunta com um sombrancelha arqueada.
- Por muito tempo ainda, não se preocupe, vocês vão ter que nos aturar por muito, muito tempo - dou um grande sorriso pra eles.
- Do jeito que são irresponsáveis? - Matteo questiono debochado.
- Não fale assim que vai magoar meu coração - digo colocando uma mão no peito - E chega dessa conversa, preciso me arrumar para sair, Pietro, você vai comigo.
- Para onde? - questiona meia dúzia de vozes.
Oh família fofoqueira e abelhuda, minha nossa!
- Vou levar a Siera para vê o seus pais - digo descontraído.
- E quem deixou? - Louise pergunta dando um sorrisinho de lado.
- Meu pai sabe, não se meta - digo dando uma piscadela para ela.
- O senhor deixou papai? - Lorenzo pergunta.
Meu pai só dá um aceno de cabeça.
Meus irmãos bufam. Dou uma risada pela sincronia, e eles me olham feio.
- Só vou vestir uma calça e já vamos sair - aviso para Pietro.
Passo por todos e subo para meu quarto.
Visto uma calça preta e uma blusa da mesma cor, uma jaqueta de coro, meus sapatos.Colo duas armas na minha cintura, uma faca no meu braço, um punhal no meu tornozelo e facas coladas no meu peito.
Armas nunca é demais.
Passo perfume e estou pronta.
Desço as escadas e encontro Siera vestida com o mesmo tipo de roupa que eu. Só que as calças dela são de couro.
Uma gostosa, minha nossa.
Vai ser difícil me concentrar com a bunda dela presa nessa roupa apertada.
Os cachos, agora estão presos em um rabo de cavalo. Um batom vermelho. E ela está incrivelmente gostosa.
Chego perto e todos nos olham, certeza que tão desconfiados da gente.
- Pode nos dizer para onde estão indo? - meu pai questiona Siera
- Indo ver meus pais, estou com tanta saudade deles - ela diz fingindo tristeza.
- Deixa eles - digo puxando ela pela sala - Todos loucos.
Se olhar matasse, eu estaria morto.
- Estamos indo pessoas - digo no geral - Não fique com muita saudades de mim. Volto logo.
Mando um beijo para todos e começo a caminhar para a porta.
- E não façam o que eu não faria - digo dando um sorriso malicioso, meus irmãos me olham bravos.
Dou risada e saio com Siera para a frente de casa.
- Pietro está no carro esperando por nós- digo andando ao lado dela.
- Tenho que entrar em contato com John - ela me diz - E preciso falar com a minha equipe.
Faço careta quando ouço o nome daquele cara.
- Ele não precisa ir - digo enciumado - só a equipe, tá de bom tamanho.
- Ele é ótimo em arma planos, tem uma mente muito analítica, e um bom atirador - ela me avisa.
Faço uma nova careta.
- Tudo bem - concordo desgostoso.
Abro a porta do carro e Siera entra, entro e fecho a porta, Pietro está no volante. Me olha pelo retrovisor.
- Para onde? - me pergunta já guiando o carro para fora da propriedade.
- Casa dos pais da Siera - aviso - É lá que vamos organizar o nosso plano para hoje de noite.
- É seguro - ele questiona.
- Sim, ninguém sabe que tenho um porão em baixo da casa dos meus pais - Siera responde.
- Você sabe que eles vão mandar seguir a gente? - Pietro diz dando uma risada quando olha para o retrovisor.
Olho para trás e vejo um carro seguindo a gente.
Bufo indignado.
- Eles não confiam em mim - digo desgostoso.
- E porque confiaria Aeron? - Siera da risada da minha cara desiludida - Relaxa, tem uma passagem na parte de trás da casa da mãmae, dá para sair por lá.
Dou uma risada com a esperteza dela.
- Você deixou tudo preparado para o quê? - pergunto depois de pensar em todas as medidas de segurança que ela deixou na casa dos pais dela.
- Se um dia eles me acharem, vão atrás dos meus pais, e se um dia isso acontecesse eles teriam uma chance de se protegerem e fugir - ela diz séria - tem dinheiro, passaporte falso, eles só precisam de tempo para sair do Brasil.
Aceno concordando com ela.
Ela está certa. Todo cuidado é pouco.
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Aeron : Série Permita-se
General FictionO terceiro Sullivan, esse já é mais carnal, não querer relacionamento, muitos menos uma família para chamar de sua, preza pelo prazer momentâneo, suas noites são regradas de muito sexo e muita risada, porém, assim como os outros sempre está disposto...