Capítulo 4

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Siera Amorim

Me parabenizo internamente, que se foda o que ele acha que sabe de mim, ele não me conhece, não sabe quem eu me tornei depois de tudo que passei, me tornei forte, segura, maldosa, e o mais importe, vivo do jeito que eu quero, me relaciono com quem eu quero, e fodasse a opinião dos outros.

- Então presumo que você saia com muitos homens - a voz de Aeron é dura, fria.

Dou um sorriso provocador.

- Alguns - respondo de maneira invasiva. - E você?

Ele me olha sorridente.

-Muitas - ouvir isso pode até me machucar, mas não demostro.

- Nossa - digo falsamente animada - Seria legal se pudéssemos competir para saber com quantas pessoas ja nós relacionamos!

A expressão do rosto dele se torna assassina, e eu fico feliz por fazê lo passar por isso.

- Um competição? - o tom da voz dele sai parecida com a sua expressão.

- É- dou de ombro.

- Já ficou com tantos assim para querer competir? - ele pergunta com os olhos semiserrados.

- Como disse, alguns - respondo petulante.

- Alguns, quantos? - da vontade de ri, mas me seguro.

- Não sei, foram tantos - digo pensativa.

Ele resmunga.

Quando vai responde uma enfermeira entra no quarto, e bem, já que ele está bem é melhor ir embora.

- Já estou indo - digo olhando as horas no relógio.

- Tem algo importante para fazer? - seus olhos estão cravados em mim.

- Na verdade tem me esperando - digo como se não fosse nada.

- Quem? Homem? - ele pergunta fazendo menção de levantar da cama.

- Um amigo - dando um sorriso com segunda intenção.

- Siera - Aeron resmunga meu nome furioso.

- Já estou indo - digo não dando atenção - outra hora venho te vê.

- Siera - Aeron resmunga mais furioso ainda.

- O quê? - pergunto me fazendo de inocente.

- Quero que você fique aqui comigo - a forma que ele fala, cheio de autoridade me diverti.

- A você quer? - debocho - E quanto ao que eu quero?

- Você quer ficar aqui comigo - ele diz como se soubesse a verdade.

- Quem te disse isso? - pergunto rindo.

- Eu sei que você quer - o arzinho superior que ele exala me dar vontade de dá um soco na sua cara.

- Ah sabe é? - me viro de costa para Aeron rumo a saída.

- Heitor - Aeron grita claramente irritado.

Em menos de um segundo a porta na minha frente se abre e por ela passa o segurança mal encarado de Aeron.

- Não deixe que ela saia - ele ordena.

Viro no meu lugar para olhar na cara de Aeron.

- Sabe que eu posso fazê lo sair do meu caminho não é? - pergunto apontado com um dedo por cima dos meus ombros.

- Tente - Aeron me desafia.

- Tá bom - dou de ombro.

Sem que deixe passar um minuto se quer me viro dando uma rasteira no homem desprevenido, ele se desequilibra mas não cai, bufo, porque o homem parece uma montanha, meu pé doeu.

- Porra - digo me levantando, pulando de um pé só saio a caminho do sofá. - Toma bomba de cavalo é?

- Não - a voz do homem é grave e um tanto irritada.

Tiro minha bota, mesma as usando não protegeu meu pé da montanha em pessoa, todo o pé está vermelho e muito dolorido.

- Você está bem? - Aeron pergunta depois que solto um gemido.

- Meu pé tá fodido por tua culpa - digo sem lhe olhar, meu pé precisa de mais atenção do que esse homem.

- Eu disse que era pra tenta, não que era pra acabar com o teu pé - sinto uma diversão na sua voz.

- Vá se fuder - digo me irritado.

- Só se você for comigo - ele solta uma risada sem vergonha.

- Não, eu estou pensando em foder quando eu sair daqui, e pode ter certeza, você não está incluso nisso - sorrio quando vejo seus punhos se fechando.

- Então bebê, pode esquecer, que hoje você daqui não sai - solto uma risada.

- Quer aposta que saio? - pergunto confiante.

- Não vai - ele diz confiante.

Puxo meu celular do bolso da minha calça e disco o número, quando coloco no meu ouvido uma mão forte toma de mim.

Levanto meus olhos furiosa, me ponho de pé e sem que o tal de heitor espere dou um soco no seu estômago, ele arfa em busca de ar, minha mão dói, porra esse cara toma bomba de cavalo.

Escuto a risada do desgraçado do Aeron, só não lhe do uns socos porque ele tá mais do que fodido.

- Você está tão agreciva - ele soa  divertido.

Enquanto o tal de Heitor me olha com raiva, tadinho dele, quase me importo.

- Pois é - digo sem da importância.

Olho a minha mão e ela tá vermelha.

- Eu preciso de gelo - digo.

- E eu com isso? - Aeron pergunta debochado.

Lhe dou um olhar atravessado, e ele volta a ri.

- Heitor - ele chama - Mande comprar uma bolsa de gelo para a mica ali.

Heitor da um sorriso debochado pra mim e sai do quarto.

- O qual é o teu problema? - pergunto quando estamos à sóis.

- Você - ele responde sem pensar.

- Eu? Sou um problema pra você agora? - suas palavras me ferem.

- Não, não é você - ele diz - Mas odiei  saber que quando você saísse daqui você ia está com outro.

- E o que você tem com isso? - pergunto.

- Não gosto de imaginar outro homem te tocando - ele diz ficando vermelho - Não suporta a ideia.

- Bebê, nós nunca tivemos nada - lembro a ele - Então não é como se você tivesse o direito de exigir algo de mim. 

- Siera, não me provoque - ele resmunga.

- E se eu provocar ? Vai fazer o que? - desafio a ele.

- Vou tomar o que é meu - ele diz olhando nos meu olhos. 

- E o que seria seu? - pergunto me aproximando da cama.

- Você - me surpreendo quando ele me puxa e me beija.

Os lábios de Aeron são exigentes, tem um gosto tão bom, ele solta um gemido e aprofunda ainda mais o beijo, mete uma das mãos atrás da minha nuca e me beija com veracidade, como se não tivesse o suficiente de mim.

Me rendo, porque, sempre sonhei com um beijo desse dado por Aeron, sempre sonhei em como seria seus junto ao meu, sempre quis saber o seu gosto, e realmente, não tem nada comparado ao seu sabor.

Aeron : Série Permita-se Onde histórias criam vida. Descubra agora