Capítulo 23

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Foi aqui que ouvi alguém pedindo a continuação de Aeron?

Aeron Sullivan

Foda!

Que foda! Que merda eu tenho na cabeça de querer envolver Siera nisso? Merda dos infernos, isso que vamos fazer é grande, vamos mexer com gente poderosa, gente que não vão pensar duas vezes em nos matar se formos pegos, gente que não vai se importa em matar minha família se eu falhar.

Foda-se! Agora comecei e vou até o fim. Podemos nos proteger, podemos acabar com todos eles, só que primeiro quero tentar sozinho, minha família vai ficar muito mais segura não se envolvendo dessa vez.

Penso em uma desculpa para levar Siera para fora de casa, eles vão desconfiar se simplesmente tirá-lá sem uma explicação.

- Como fazemos para tira você daqui sem chamar atenção? - questiono sussurrando quando voltamos para dentro da casa.

- Vou dizer que quero vê meus pais, vou implorar se for possível - os olhos dela marejam um pouco, e me sinto culpado por fazer ela se sentir assim, só que lembro do homem dizendo o nome dela antes de morrer, pode ser que seja mentira ou pode ser que seja verdade, que confuso!

- Você mandou me matar? - pergunto de repente pegando à de surpresa.

- O quê? De onde tirou essa tolice? - ela pergunta incrédula e confusa.

Presto atenção em seus movimentos, sua expressão, sua linguagem corporal, e na verdade ela parece bem surpresa.

- Preciso saber se você mandou me matar Siera - peço um tanto cansado, minha mente está ferrada, não sei o que acreditar, um hora quero saber se foi ela, outra tenho medo de ser verdade e prefiro não saber.

- Que grande tolice - diz inconformada- Porque eu faria isso Aeron? Está usando drogas?

Sorrio.

- Nossos produtos são apenas para distribuição, não consumo próprio - brinco.

Ela faz cara feia, sabe o que fazemos, e o mais engraçado é que estou falando sobre drogas justo com uma agente Federal.

Sorrio com o pensamento, uma família de criminosos com uma policial dentro da mesma casa, chega a ser ridículo.

- Do que tá rindo? - ela me olha feio.

- É que eu pensei que você uma policial está cercada de criminosos, achei ridículo isso - Rio com mais força.

Meu riso contagia ela também, do nada parecemos dois idiotas rindo igual lunáticos encostados na parece lado a lado.

- Que ridículo - ela ri - E o pior que eu estou sendo mantida em cativeiro, e ainda vou ajudar quem me sequestrou.

Gargalho alto. Ela me segue.

Olho para ela e de repente seus olhos se encontram com os meus, o meu riso se vai, e fico pensando em como ela é linda, os cabelos cacheados são tão bonitos, parecem tão macios que dá vontade de erguer as mãos e tocar nos cachinhos, os olhos cor de mel são tão doce e ao mesmo tempo forte me encanta, ergo minha mão e toco seu rosto com a ponta dos dedos, faço um leve carinho, tão macia sua pele.

Meus dados traçam a linha de seus lábios, minha vontade é de toma-los para mim e nunca mais soltar. Minha vontade de beija lá me domina, mas minha mente me lembra a minha velha convicção de permanecer para sempre livre, nunca ser preso a uma pessoa. Com esse pensamento afasto minha mão dela, ela merece mais do apenas beijos descompromissados. Mais do que eu posso oferecer.

- Vamos, temos coisas para fazer - digo desconcertado.

Começo a caminhar sentindo meu coração descompassado, não sei que tolice está acontecendo comigo, consigo manter minha expressão de frieza, mas por dentro estou igual um tolo querendo provar novamente o sabor de seus lábios.

- Como vamos sair? - ela pergunta baixinho ao meu lado.

- Vamos vê sua família - dou um sorrisinho e uma piscadela.

- Verdade? - ela pergunta feliz e claramente emocionada.

Sou um cretino por ameaçar a família dela assim, eu sei que sou!

- Verdade, podemos nos reunir lá e fazer o plano não acha?

- Meus pais vão ficar em perigo? - a voz dela soa um tanto ameaçadora, e eu gosto disso.

- Ninguém vai machucar eles - digo convicto.

- Promete?

- Prometo - digo as palavras com força, quem sabe assim ela não acredita.

- Então sim! - ela acredita - No porão da casa dos meus pais eu montei uma base, eles sabem das coisas que tem lá, mas nunca entram.

- E porque não? - pergunto curioso.

- Eles não gostam de armas - ela sorri contando - Meu pai nem tanto, se for preciso ele sabe proteger a minha mãe. Já ela, é outra coisa, não gosta de jeito nenhum de ficar perto de uma arma.

Dou uma baixa risada.

- Diferente da minha mãe, a mamãe anda com duas armas na bolsa e trata elas com se fossem filhas - Siera ri.

- Mundos diferentes esses nossos - balanço a cabeça concordando.

- No fim eles estão mais ligados um no outro do que pensa - respondo fazendo ela fica reflexiva.

- De fato .... - ela se cala quando damos de cara com meu pai.

- O que está acontecendo? - a voz do meu pai soa alta e claramente exigi uma resposta.

Troco um olhar com Siera. Engulo em seco.

Hora de mentir para a minha família. Antes eles magoandos comigo do que mortos.

Em que merda eu fui me meter?

Aeron : Série Permita-se Onde histórias criam vida. Descubra agora