Siera Amorim
Pulo da cama quando escuto a porta sendo arrombada, minha arma que estava debaixo do travesseiro está engatilhada em minhas mãos, os anos de treinamento não foram atoa, estou mais do que preparada para qualquer coisa que cair em cima de mim.
Me posiciono no canto escuro do meu quarto com a arma apontada para a porta, passos pesados chegam aos meus ouvidos, meu corpo tensiona quando a fechadura vira e a porta abre meu dedo puxa o gatilho , um gemido de dor sai da boca do sujeito, antes que eu atire de novo, sou atingida por uma bala na minha perna, xingo furiosa, minha pele queima, a dor é horrível, porém, apago tudo da minha mente, esqueço a dor, só quero sair com vida dessa merda.
- Se atirar de novo não vou ser piedoso com você como fui agora pouco - a voz dura me faz congelar.
- O que faz aqui? - pergunto furiosa.
- Vim visitar minha salvadora - o deboche e a raiva é tão viva na voz de Aeron que me dá arrepios.
Ainda com o dedo no gatilho dou um passo a frente, a pontada de dor que sinto faz meu corpo tremer.
- Visitas é convidadas, não invade a casa dos outros- resmungo.
- Sabe, fiquei sabendo de umas coisas e não gostei nada - e então como um passe de mágica vários homens invadem meu quarto me encurralado, fico no meio com a arma ainda me punho.
- Me dê a arma - um homem ruivo, extremamente forte, rosna para mim.
Seguro com mais firmeza, não estou indo fica desprotegida, foda-se, se for pra morrer que seja lutando.
- Vão embora da minha casa - digo olhando para Aeron.
- Sinto muito desapontar você, mas tenho coisas muito importantes para tratar contigo - uma escuridão que eu nunca vi antes está nos olhos de Aeron.
E é nesse momento que eu descubro que Aeron, mesmo sendo piadista e dramático é um mafioso cruel, sem medo, frio, duro e feroz.
E merda, a psicopatia dele está voltada totalmente para mim.
- O que vocês querem? - minha voz sai fria, mas por dentro estou em pânico.
- Me dê à arma - o homem ruivo rosna de novo.
Balanço a cabeça negando.
Aeron dá dois passos ficando de frente para mim.
- Dê a arma para Matteo - ele manda - Caso o contrário, seus pais irão receber uma bala no meio da testa cada um.
O medo se ergue dentro de mim, feroz, opressor, meus pais, minha mão treme, mas mesmo assim não dou a arma.
- Um telefone e eles matam seus pais - um sorriso cruel se abre no rosto de Aeron.
- Está mentindo - falo me recusando a acreditar que Aeron teria coragem de matar os meus pais.
- O que? Não acredita que tenho coragem de matar seus pais? - a voz cínica dele e a maldade que lhe cobre me faz acreditar que sim, ele mandaria matar meus pais - Na frente da casa do teus pais tem um prédio de dois andares, a laje em cima desse prédio da uma visão perfeita para o quarto deles, e saiba, nesse exato momento eles estão dormindo, e sabe o que é melhor? A cama fica na direção da janela, uma visão perfeita para o atirador.
- Seu filho da puta - rosno ensandecida - Quer a mim? Então me tenha, mas saiba se por um dedo nos meus pais todo o mundo vai saber quem é a fodida família Sullivan, todo mundo vai saber o quão criminosa é vocês, seu desgraçado.
Aeron abre um sorriso cruel, um sorriso de um predador.
- Isso é uma ameaça? - ele pergunta friamente.
- Entenda como quiser - jogo de volta.
Aeron toma a arma da minha mão e entrega para o tal de Matteo.
- Nunca me ameace - Aeron agarra meu cabelo por trás, me puxa na sua direção, a dor da minha perna é tanta que tenho vontade de chorar, mas na frente desse homem nem uma única lágrima minha vai ser derramada.
- Já ameacei - respondo com firmeza apesar da dor.
- Seus pais podem pagar pela sua petulância - a sua resposta me faz da um soco na cara dele.
Ele somente ri.
- Jogue qualquer merda em mim - digo quebrada - Mas deixe meus pais fora disso.
- Essa é a ideia - ele resmunga - Não gosto de machucar inocentes, a não ser que seja preciso.
E dito isso Aeron me empurra, ele faz um sinal e rapidamente dois homens me seguram, ele sai andando na frente todo pomposo, dono de si, e logo os outros homens o seguem, os dois homens me arrastam, olho para minha perna machucada sai tanto sangue que mancha o chão por onde passo.
- Vamos logo - Aeron resmunga impaciente - Meus irmãos estão esperando.
E como se isso fosse o bastante para todos se apressarem, minha perna treme tanto que cambaleio, um dos homem me segura com brutalidade, nenhuma gentileza.
E merda estou tão confusa, não sei o que diabos esta acontecendo, mas tenho a sensação de que logo vou descobrir.
Desde que me jogaram dentro do carro que não sei onde estou, merda, o carro já rodou tanto que me perdi de tantas direitas e esquerdas o carro já virou, sei que Aeron está nesse carro, sinto seu cheiro, mas ele estão tão calado e quieto que não parece ser Aeron.
Merda, o que está acontecendo?
Quando eu não parece no trabalho, e aparecerem na minha casa, minha equipe vai ser acionada, eles vão vim por mim.
Eles vão até no inferno para me trazer de volta.
Minha mente não me deixa esquecer a expressão de Aeron, ele parecia tão anormal, tão furioso, tão... quebrado.
E mais uma vez me questiono porque deles aparecem na minha casa, do porque dessa raiva toda voltada para mim, o que eu fiz?
Tento encontrar respostas, mas tá impossível, não tenho noção de nada.
Desde que vim para o Brasil investigue a vida deles, soube que eles fazia parte de uma máfia, mas eu não poderia prejudicar essas pessoas que me salvaram, então finji esquecer o que eles eram, do que faziam parte, não me menti no caminho deles, não falei sobre eles, e a pessoa que me deu as informações foi encontrada morta um dia depois de ter me dado a informação, e sim, foi eu que matei, não queria que mas alguém soubesse, e olha só a ironia, estou sendo sequestrada pelo máfia e seus chefes.
Merda, o que eu fiz?
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Aeron : Série Permita-se
General FictionO terceiro Sullivan, esse já é mais carnal, não querer relacionamento, muitos menos uma família para chamar de sua, preza pelo prazer momentâneo, suas noites são regradas de muito sexo e muita risada, porém, assim como os outros sempre está disposto...