Episódio 1

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Bruna

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Bruna.

Cheguei no andar do apartamento suando, rio de janeiro é o próprio inferno!

Abri a porta e já dei de cara com o meu pai, passei pelo mesmo que estava no sofá e senti o olhar dele queimar sobre mim, mas ele não disse absolutamente nada.

Eu: Tem algo pra falar? - me virei pro mesmo e ele disfarçou olhar pra televisão.

Cláudio: Não - me virei e dei de ombro pro mesmo.

Fui até a cozinha pegar uma água e já iria pro meu quarto.

Bom já tem uns dias, ou melhor, uns tempos que meu pai tá estranho, não sei o porquê e também nem quero saber! É nítido que entre dez palavras, nove ele mente.

Minha mãe morreu tem um bom tempo, não tenho lembranças dela e a única coisa que me dizem sobre é que ela se suicidou-se por um motivo que não me contaram... tenho curiosidade, mas toda vez que tento tocar no assunto ele vem com o mesmo papo de sempre.

"se suicidou por motivos dela, no qual eu não faço ideia Bruna."

Fica um pontinho de interrogação na minha cabeça, mas deixa como está, se for pra sempre ouvir a mesma coisa é melhor eu nem tocar no assunto.

Peguei o copo e coloquei no filtrou apertando o botão para água gelada, me virei encostando no balcão e o meu pai entrou na cozinha.

Cláudio: Estava na onde? - cruzou os braços me encarando e eu ri.

Eu: Já cansei de te falar que sua forma de me proteger entra absurdamente no meu espaço! E eu odeio isso - me virei desligando o filtro e peguei o copo. - fui dar um volta, sozinha.

Sai da cozinha ignorando a fala dele e subi as escadas indo pro meu quarto.

Meu pai diz que essas perguntas e algumas atitudes que ele tem é pra me "proteger", mas ele não entende que entra totalmente no meu espaço e outra já sou de maior, sei muito bem oque devo fazer, ou não da minha vida.

Entendo o cuidado que ele tem por mim, mas chega a ser absurdamente estranho! Até a Vitória (minha prima) comentou comigo uma vez, ele quer mandar até nas minhas roupas pra vocês terem noção!

Até penso em ter minha própria casa, cheguei até conversar com ele sobre, mas sempre o mesmo papo que não consegue ficar sozinho, que sente muita falta da minha mãe e que seria uma tortura pra ele.

Trabalho com ele na sua empresa de móveis planejados, faço a parte de projetos em 3D e que é tranquilo pra me sustentar de certa forma.

Abri a porta do meu quarto entrando no mesmo, terminei de beber a água e deixei na minha escrivaninha. Peguei meu celular na minha pochete antes de tirá-la e desbloqueei procurando o contato da vitória.

Cláudio: Que falta de respeito me deixar falando sozinho, não foi essa a educação que eu te dei Bruna! - tirei a pochete e joguei na cama - esses tempos você está muito estranha.

Eu: Eu? Eu que estou estranha? - ele concordou. - ok pai, não vou discutir com você e me desculpa por te deixar falando sozinho.

Amo meu pai! Agradeço por ter me criado e sei que não foi fácil ter cuidado de uma criança sozinho, ele fez muito por mim e querendo ou não, não posso agir de qualquer forma com ele.

Cláudio: Tudo bem. - sorri sem mostrar os dentes. - não pretende voltar pra faculdade?

Me sentei na cama e tirei meu chinelo cruzando as pernas.

Eu: Agora não, mais pra frente eu volto a fazer - ele sorriu e se sentou na ponta da minha cama.

Já faz uns meses que tranquei minha faculdade de arquitetura, amo essa área e tenho vontade de terminar, mas não agora.

Voltei a atenção pro cell e mandei mensagem pra vitória.

Vih🐍

não vai vim esse fim de semana aqui pra casa?

-Vou sim bucetuda, vou só arrumar as coisas aqui em casa e já chamo um Uber na pista

ok, anda logo!

-Tava na hora de você vim pra cá, toda vez eu que vou, chata!

Sabe como meu pai é e eu não tenho vontade de conhecer o morro, anda logo, tchau!

Mensagens off

Desliguei o celular e coloquei na mesinha que tinha ali perto da cama.

Vitória mora no morro da rocinha e não tenho vontade nenhuma de conhecer lá, é uma realidade diferente da minha e não pretendo vivênciar coisas novas.

Ela até me chama de enjoada por isso, ou melhor, a favela encubada rs

Cláudio: Vou pro meu quarto, qualquer coisa você me chama - me levantei arrumando o shorts e ele me encarou.

Assim que percebi ele disfarçou o olhar e se levantou saindo do quarto, fiquei sem entender, mas não falei nada.

Entrei pro banheiro fechando a porta e fui tomar meu banho, estava suada demais.

...

Sai do banheiro encostando a porta e dei de cara com a vitória sentada na minha cama me olhando.

Menina louca!

Eu: Quer me assustar com essa feiúra você me fala - ela riu e veio se jogando pra cima de mim. - mulher minha toalha, segurei a mesma que riu.

Vih: Eu sei que você estava com saudades - saiu de cima de mim rindo. - praiou?

Eu: Vamos coisa feia e estava com saudades mesmo - sorri e fui pro closet pegar os biquíni.

Vih: Me empresta um biquíni, de preferência o seu novo - ela entrou gritando e foi abrindo a gaveta.

Eu: A não vitória, nem usei ainda - ela mostrou o dedo e pegou o mesmo tirando a etiqueta. - você pode indo lavar essa buceta pra por ele

Ela riu e negou, é uma porca mesmo!

Vih: Tomei banho antes de vim - fiz cara de surpresa. - juro mona, tá limpinha, quer ver? Raspadinha também!

Eu: Não, de buceta já basta a minha - ela riu e me olhou de cima a baixo com cara de safada. - isso mesmo, tô precisando ver um pau.

Vih: BRUNA - Gritou rindo. - safada, aprendeu com quem? Comigo que não foi.

Eu: Sabe né, tenho meus macetes - rimos juntas e eu tirei a toalha colocando a parte de baixo. - amarra aqui pra mim?

Ela me ajudou a amarrar a parte de baixo e logo me ajudou a por a de cima, assim que ela iria tirar seu shorts meu pai entrou no quarto.

Cláudio: Vão pra praia? Desculpa meninas - me encarou e eu encarei o mesmo com um olhar apreensivo. - nem falou comigo Vih

Ela se aproximou e deu um abraço no mesmo que soltou um beijinho no topo da sua cabeça, ele é bem carinho tirando algumas atitudes, coisa de pai né.

Vih: Vamos sim, antes de escurecer estamos aqui de novo - ele riu e concordou com a cabeça, logo saiu do closet.

Esperei alguns segundos e fui ver se ele já tinha saído do quarto.

Vih: Que foi? - me encarou ao entrar no closet e colocou o biquíni.

Eu: Nada, vamos logo mona - ela riu e terminou de se ajeitar.

Ela colocou o biquíni que não precisava ser amarrado e arrumamos nosso cabelos para irmos logo, peguei a minha pochete.

Saímos do quarto, encostei a porta do mesmo e descemos as escadas indo em direção a porta do apartamento.

Minha Brisa - [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora