Minha Brisa - [M]

Episódio 32

Bruna

Já tinha alguns dias que eu estava aqui no hospital, acho que tem muita coisa acontecendo lá fora, mosquito deixou um vapor aqui comigo por motivos dele.

Fiquei com medo, mas ele pediu pra mim confiar nele e até que esse menino é legal, me contou algumas coisas e como é a vida dele no crime, disse que fez e faria de tudo pela família dele q essa foi a melhor opção.

Me contou algumas coisas na qual fizeram eu acordar sabe? também conversei o suficiente com a vitória e o mosquito referente, então estou começando a me sentir melhor.

Então se eu pude ter a oportunidade de sair de lá e consegui, acho que seria um recomeço mesmo com inúmeras dores e medo.

Vitória tá resolvendo uns problemas e também precisa trabalhar, por isso não está aqui comigo, eu questionei o mosquito e ele teve a cara de pau de dizer que sou grudenta.

Pra ser bem sincera eu gosto da presença dele e já me acostumei por estar passando uma eternidade no mesmo ambiente que ele!

Enfim, eu gosto.

***: Tá pensando oque? - me encarou sério e eu sorri. - é sério pô, não pode ficar pensando muito não.

Eu: Dá onde você tirou isso? - o rádio dele começou a apitar sem parar, parecia que estava acontecendo alguma coisa. - ta tudo bem?

***: Fica em paz, tô aqui na porta - fechou a porta.

Só pude escutar um "vamo tirar ela daqui" e fiquei apreensiva, sabe se lá oque está acontecendo, mas acho que não seria nada o mosquito não me falou nada.

Só está bem estranho...

Mendes: Fala putifera - passou pela porta junto com o vapor. - hora de irmos tirar um lazer.

Eu: Como assim? eu não vou sair daqui não - mendes cruzou os braços me encarando debochado. - cadê o mosquito.

Mendes: Longa história depois ele te explica - neguei. - ai caralho, não imaginei que seria tão difícil.

***: Fica em paz bruna, é a mandado do mosquito - neguei, vai saber oque esses louco tá aprontando.

Eu poderia ir por ser o mendes, mas mesmo assim não conheço esse menino e a forma como ele falou me assustou, e daqui eu não saio.

Mendes: Ou você me ajuda a te tirar daqui por livre espontânea vontade, ou infelizmente vai ser na força.

Eu: Não vou, se eu precisasse sair o mosquito tinha vindo aqui e se foi ele mesmo que pediu pode mandar ele mesmo vim me buscar - negaram. - então eu não vou.

Mendes: Bruna entende, ninguém aqui vai nos impedir de te tirar daqui - encarei ficando puta já. - se eu tô falando que foi o mosquito que pediu, é pq foi! então me ajuda a te ajudar a sair daqui pra não ser a força.

***: Fala pro mosquito dar um jeito lá e vim aqui, ela não vai querer sair e na força vai ser pior. - concordei.

Mendes: É de fuder, uma par de coisa pra resolver e venho nessa boqueta! - saiu batendo a porta e o outro começou a falar no rádio.

Do nada tudo isso, tá todos acelerado não param de falar no rádio e q maioria das coisas não dá nem pra entender, era só me explicar oque está acontecendo.

Eu: Oque está acontecendo? - ele tirou a atenção do rádio me encarando.

***: O mosquito já tá descendo ai - assenti e fiquei esperando uma resposta.

Mas não obtive e logo voltou q atenção no rádio.

Mosquito: Vamo bruna - apareceu rápido e o mendes atrás. - chama a enfermeira.

Eu: Oque está acontecendo? - ele não me olhou apenas ignorou. - mosquito? vocês estão me assustando.

Mosquito: Tá acontecendo nada demais, só preciso que você esteja em segurança justamente pra isso - falou sem me olhar mexendo no celular rapidamente. - você vai pra minha casa.

Eu: Eu não vou não, nem te conheço direito e eu preciso me cuidar - ele me encarou puto e seus olhos estavam vermelhos.

Mosquito: Você vai, tá aqui esse tempo todo comigo e ainda tá tocando na mesma tecla - engoli seco. - lá você vai ter seus cuidados só não toma minha cabeça não.

A enfermeira passou pela porta e logo veio na minha direção tirando o soro, logo colocou alguns curativos.

***: Trouxeram alguma roupa? - negaram e o mosquito tirou a camisa entregando. - me ajuda mocinha.

me sentei e logo levantei, ela me ajudou ir até o banheiro e tirou o pano que estava colocando a camisa lentamente.

Mosquito: Anda logo, tô sem tempo - gritou super grosso do lado de fora e sai do banheiro.

Tentei prender o cabelo mais foi falho e o mendes veio me escorando nele.

Mendes: Se doer fala - pegou na minha cintura e fomos saindo dali devagar.

minhas pernas estavam trêmulas e minha intimidade doía, acho que ardia bem mais que uma dor.

Mosquito: Vai caralho, ajuda ela pra ir mais rápido mendes - ele passou rápido pela recepção e as enfermeiras já veio.

o vapor fez algo com a mão e elas saíram abaixando a cabeça.

Mendes: Vai se fuder mosquito, fala direito nessa porra - gritou assim que passamos pela entrada do hospital.

Eu iria super xingar, mas não estou em uma boa posição pra isso, só sinto que estou incomodando e que com toda certeza não deveria ter aceita ajuda alguma do mosquito.

Ele nem se quer olhou pra mim ou me perguntou se estava tudo bem, só esse jeito bruto e falas grossas que estou recebendo.

Eu: Por favor vai devagar, está ardendo muito - coloquei a mão por cima da camisa em direção a minha intimidade fazendo cara feia.

Mendes: Calma, aguenta sentar no carro? - parou assim que falei e olhei pra ele negando. - deitada?

***: Nenhuma posição, ela vai precisar ir na frente com ajuda de alguns travesseiros - a voz dela surgiu e eu olhei um pouco pra trás. - você vai sentir muita dor depois pelo fato do carro chacoalhar, mas já passei os remédios.

confesso que fiquei preocupada referente, mas apenas assenti olhando pro mosquito que falava sério no rádio em sua mão.

Arrumaram os travesseiros na frente e me ajudar a me "sentar", eu senti umas pontadas na hora como se fossem cólicas, gemi de dor e o mendes me encarou totalmente apreensivo.

Mendes: Ela não vai aguentar não caralho - tentei me ajeitar mas foi falho. - ela não consegue.

Mosquito: Mas vai ter que ir mesmo assim - apenas ignorei. - pede pra ele ir devagar subindo, chegar lá só manda no rádio.

Ele saiu e eu prendi o ar tentando não chorar, a dor me consumia e eu estava totalmente chateada pela forma que o mosquito estava me tratando.