Episódio 17

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Mosquito.

Cheguei na casa da vitória que me avisou que a tia tinha chegado, fiquei felizão e vim ver ela.

Tenho um carinho enorme pela Gisele, ela chegou a cuidar de mim diversas vezes pra minha mãe! Elas eram bem amigas mas deixaram de ser por algum motivo e eu não faço ideia qual é, cheguei até a perguntar mas nenhuma das duas quis responder.

Entrei na sala e a vitória já estava surtando, deu pra ouvir ela discutir do quintal.

Gisele: Oi meu filho - me abraçou e fiz o mesmo dando um beijinho em sua bochecha.

Vih: Se você não me falar eu vou atrás dela - gritou da cozinha. - de saco cheio de mentiras.

Ela apareceu me encarando e virou a cara puta, não entendi nada!

Eu: Qual foi? - soltei da tia que se sentou no sofá.

Gisele: Vai ir de otaria, já liguei lá e nenhum quer falar com a gente! Deixa de ser rebelde. - falou sem olhar pra vitória.

Vih: Acontece que sua queridinha tá mentindo na maior cara de pau! - ela olhou pra vitória. - fala olhando no meu olho mãe.

Gisele: Ja falei e não vou repetir, quiser ir lá você vai! Ninguém vai te atender - voltou a atenção pra mim.

Vitória entrou pra cozinha novamente e eu fui atrás, quero entender qual foi.

Eu: Tá pegando oque cara? - ela me encarou e eu me sentei na cadeira.

Vih: Gisele mentindo, tem nem a coragem de olhar na minha cara pra falar - ela sentou. - a Bruna, sumiu depois daquele dia e não deu nem sinal de vida até agora! As mensagens chegam mas nem são respondidas ou pelo menos lidas.

Já fazia um tempo mesmo que a mina veio aqui, se pá duas semanas ou mais.

Eu: Ela trabalha? - assentiu com a cabeça. - as vezes a mina tá cansada, relaxa po.

Vih: Eu conheço a Bruna mosquito, tá acontecendo alguma coisa e se fosse só isso minha mãe não ficaria com essa cara de sonsa! - encarei sem dizer nada. - porque é isso que ela é! Sonsa!

Eu: Respeita sua mãe po, você não sabe então nem tem oque fazer - ela balançou a perna. - quer ir lá? Te levo ou se preferir os lek te leva.

Vih: consegue arrumar alguém agora? - concordei. - isso então já vou.

Se levantou e saiu subindo as escadas.

Eu: Po tia mo saudades - ela sorriu meio forçado. - vou meter o pé, amanhã colo aqui.

Gisele: Tudo bem meu filho, desculpa tá? Tô meio assim por conta da discussão minha e da vitória. - assenti com a cabeça. - vai lá, cuidado.

Assenti e sai sem dizer nada, peguei o rádio assim que passei pelo portão.

Encostei na rampa e a Fernanda passou, liguei o rádio observando ela passar.

Algum disponível ai?

- fala tu, chefe?

Eu mermo, cola aqui na vitória de moto.

- tô indo.

Rádio off

Ela olhou pra trás e deu um sorriso, não demorou muito pra vim na minha direção com maior cara de safada.

Fernanda: Oi mosquito - encostou do meu lado. - saudades de você e de fuder.

Falou no meu ouvido e eu neguei com a cabeça, a vitória saiu fechando o portão, quando viu a Fernanda fez maior cara de cu.

Fernanda: Vou indo - assenti com a cabeça sem dizer nada e ela passou pela vih. - tchauzinho fofa.

Vih: Você é ridículo né, ainda quer pegar a Bruna ficando com essa marmita grátis - neguei. - grátis não, porque a lindona gosta mesmo do patrocínio.

Eu: Não vem descontar as coisas em mim não e eu nem falei nada, ela que veio - semicerrou os olhos e a moto chegou parando. - o menor vai te levar lá, pega a visão e qualquer coisa da um toque.

Ele assentiu e ela subiu na moto pegando o capacete, vi a vó do davi sentada na calçada mais pra baixo e assim que eles saíram de moto desci até lá.

Eu: Coé, e o Davi? - ela se assustou e colocou a mão no peito rindo. - desculpa senhora.

***: Oi, davi está dormindo - concordei.

Eu: Desculpa a pergunta, mas o davi comentou que a mãe dela foi viajar - ela mudou sua expressão e passou a mão no rosto. - qual seu nome?

***: flor, a mãe dele deixou ele comigo a um tempo atrás - assenti com a cabeça. - ela me disse que iria viajar e pra mim foi normal até porque o Davi é um amor de criança, mas ela sumiu não atendia minhas ligações, se passaram meses e até agora nada dela! Ou seja ela abandonou ele, só me preocupo muito pois não tenho as condições necessárias pra ficar com ele.

Eu: Po entendi, eu pensei a mesma coisa quando ele me disse - ela concordou com a cabeça e seus olhos se encheram de lágrimas. - ficava suave vou dar uma ajuda pra vocês aqui.

Flor: Não me leve a mal, mas não aceito dinheiro do errado e sei que quando ele crescer você vai querer que ele entre pro crime - fechei a cara. - o davi já vai ser adotado por um casal.

Eu: não me leve a mal você! Já vi seu preconceito de longe mas fica suave que minhas intenções com ele são as melhores possíveis - ela ia falar algo mas interrompi.- a ajuda não é pra você não, é pra ele que eu tenho um carinho enorme pelo menor.

Davi: Vovó quem é? - abriu o portão e veio correndo na minha direção. - titio.

Abaixei pegando o mesmo no colo e a senhora me encarou apreensiva, toma no cu! Odeio esses bagulho, tenho maior carinho pelo menor e queria ajudar justamente pra ele não querer as mesmas coisas que eu quis.

Eu: Qual foi lek, como se ta? - ele riu sapeca. - tá sapeca demais em.

Davi: vovó disse que vou pra casa de condomínio, maior coisa de rico titio - não disse nada. - mas eu queria ficar aqui, pra ver você.

Flor: É só até sua mamãe voltar - neguei com a cabeça e sai andando com ele no colo.

Papo que dó, não tenho nem oque fazer!

Davi: Titio não deixa eu ir não, o cara que veio me ver é mo chatão - fez bico.

Eu: É mermo? - ele concordou. - então você não vai, tio vai mandar o papo pra ele.

Davi: isso titio, quero a pepeta - olhei sem entender.

Eu: Chupeta? - ele concordou. - vamo voltar lá pra pega.

Davi: Não titio, a minha o amiguinho cortou - assenti e fui descendo. - tô com saudade da mamãe.

Eu: Malandro não sente saudades não po, logo ela tá aí - ele riu.

Fui descendo com ele em meu colo que começou a brincar com meu cordão de ouro, passei pela praça e fui até a farmácia entrando na mesma.

Eu: Aqui tem chupeta - a mulher concordou e apontou. - pega qual você quiser.

Soltei ele no chão que ficou encarando cada chupeta dali, tinha vários tipo e de várias cores.

Minha mente volto pro negócio da Bruna, a mina sumiu mermo nem deu as caras e pá, te falar nem esqueci o dia que fui com ela até a entrada do morro.

Senti um belisco e olhei pro Davi que riu.

Eu: Qual foi? - ele mostrou uma chupeta azul que estava em cima e eu peguei.

Minha Brisa - [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora