Episódio 22

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Mosquito.

Vih: Por mais que eu tente te explicar você não vai entender - me encarou e seus olhos estavam cheios de lágrimas.- Eu sinto! Sinto que ela não está bem, que precisa de mim! Eu sei que não é o suficiente, mas é muito estranho.

Eu: Eu tô ligado po! A mina sumiu e eu entendo sua angústia. - ela negou com a cabeça.

Vih: Sabe porque você não entende? - assenti com a cabeça pra ela continuar. - porque você está fazendo pouco caso, não é normal ela sumir e principalmente ficar sem notícias nenhuma dela! Ela não é assim mosquito.

Eu: Po para pra pensar vitória, a mina sumiu do nada não foi? - ela assentiu. - então po, é estranho, mas ao mesmo tempo pode ser por coisa boba.

Vih: Você não entendeu, tô falando que se fosse coisa boba eu não estava assim! - cruzei os braços. - o clima na porra daquele apartamento já não estava bom! Você não sabe como que são as coisas lá e por isso você nem liga.

Eu: Caralho tu complica tudo! Quer ir lá, tá certa vou chamar o menor pra te levar - ela negou cruzando os braços.

Vih: Com essa mal vontade fica em paz! Sua preocupação é com a Fernanda, afinal a Bruna não significa nada pra você - fiquei quieto. - até porque nem com ela você tem vínculo pra querer contornar essa situação, que claramente pra quem é próximo dela não é normal.

Po não é fazendo pouco caso, tenho maior disposição! Só que pra quem tá de fora é uma situação comum, quantos menor não some dias porque estava marolando? Então po.

Eu: Mec! Vou tomar uma ducha e desço pra gente ir - encarei ela que estava com maior cara de bunda. - nem faz essa cara po! Não era isso que tu queria?!

Vih: Se for pra ir nessa mal vontade, pode deixar que vou sozinha! - me encarou debochando.

Só peço paciência, papo reto!

Eu: Tô sendo mo paciente contigo vitória, não vem de deboche comigo não - ela revirou os olhos. - tá ligada que eu odeio essas parada!

Vih: Tá mosquito, a gente vai - assenti e sai andando.

Me aproximei dos menor que estavam fechando o carro e o Mendes veio na minha direção sério, logo Davi apareceu sorridente.

Mendes: Falou com ela? - assenti.- solta voz.

Eu: Curioso pra caralho! - ele sorriu negando e o Davi correu pro meio da rua. - o menor, vem pra cá! Tá achando que é o dono da rua é.

Ele veio correndo rindo com a chupeta na boca e o vapor pegou ele no colo brincando, ele gargalhava pra caralho! Maneirinho po, é bom poder dar de tudo pro menor sem preocupação se vai faltar na mesa.

Só quem passa por essa fita, ou já passou, sabe o sofrimento!

Mendes: Conta logo, para de ser cruel - neguei rindo. - nunca te pedi nada.

Eu: Não né filho da puta - ele negou rindo. - vitória tá criando maior confusão na sua mente por pouca coisa, mas vou levar ela lá! Só quero ver.

Mendes: Papo dez, mas nem bate cabeça - concordei. - se nem a mãe dela consegue fazer ela entender, imagine a gente irmão.

Eu: É isso que me deixa boladão! Não entende o básico po - ele concordou. - a mina deve tar lá curtindo e ela batendo cabeça atoa! Mulheres.

Mendes: Vai tomar um banho, tu tá precisando - mostrei o dedo. - cheiro de transa do caralho, ainda das mais broxante.

Encarei ele de lado que levantou os braços rindo, fiquei encarando o vapor colocou o Davi no chão que veio correndo até a mim.

Flor: Vem Davi, o tio vai descansar - me abaixei abraçando o mesmo e dei um beijinho no topo da sua cabeça.

Logo saiu correndo em direção a ela que pegou o mesmo no colo, dei tchau com a mão.

***: Po tu ficou brincando com o menor só gastando, enquanto eu me matava - o outro sorriu sem dizer nada. - Tá na mão.

Entregou a chave do carro.

Eu: Jaé valeu - eles foram subindo e entrei no carro me ajeitando - vai subir Mendes?

Mendes: Vou - entrou no banco do passageiro. - coloca um pancadão.

Ele mexeu no som logo após eu ligar e fui passando devagar nas ruas pra ver a movimentação do morro.

...

Estava montando na moto esperando vitória aparecer, escutei uma discussão entre ela e a mãe e que provavelmente seria por conta disso.

Como já falei pra mim que tá de fora não precisa de tudo isso, mas vou tentar entender o lado dela.

Se fosse alguém próximo como ela eu estaria boladão, então tenho que entender porque a mina é tudo pra ela aparentemente, se brincar ela ama mais a mina do que a própria mãe.

Ela saiu fechando o portão e me encarou com maior cara feia, entreguei o capacete e ela subiu sem dizer nada.

Eu: Tá tudo bem? - não disse nada. - fica em paz po.

Dei partida dali e passamos pela praça, vi o bondinho da Fernanda rápido e só reconheci pela peruca de fogo da amiga dela.

Vih: Sua muie - mostrei o dedo pra ela que riu abafado. - tô bem.

Eu: Minha única mulher é a Bruna - ela deu um tapa nas minhas costas e se afastou.

Mas acelerei e ela veio me abraçando novamente, o vento batia com maior força e cada rua acelerava ainda mais.

Fui parando aos poucos assim que chegamos e a mesma tirou o capacete descendo, foi falar com o porteiro enquanto eu fiquei apenas encarando, ela me chamou e eu fui até ela.

Vih: Não quer liberar a entrada - ele me encarou e encarei ele puto que mudou o seu olhar na hora.

Eu: Abre pra ela subir, vou trocar um lero contigo - ele liberou na hora e encostei meu braço no murinho que dava vista pra ele. - pensei que você estava achando brincadeirinha.

***: É apenas meu trabalho senhor - concordei.

Eu: Por isso mermo, ela pediu pra liberar e qual a dificuldade? - ele permaneceu em silêncio. - bom trampo, valeu ai.

Assim que virei comecei a rir e fiquei encostado na moto dando vista para a praia, o barulho do mar conseguia ser mais alto que o barulho dos carros.

Brisa do mar é boa caralho, tá explicado por que tão perto da praia.

Minha Brisa - [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora