Episódio 34

499 43 23
                                    

Bruna

Eu já estava entediada nesse quarto, pq não vinha nem uma enfermeira bater um papo igual no "hospital" e também não tinha o vapor aqui ou o mosquito.

Rosa me ajudou a comer e me deu alguns remédios, mas depois da nossa conversa de mais cedo ela não fica muito por aqui e depois que me ajudou a mexer na tv pioro.

Pior que já vi de tudo no youtube e a netflix não estava conectando com a conta dele, também já dormi e a hora parece que não passa... sei que já escureceu e que ainda não é tão tarde, mas gente o dia foi um tédio.

...

Me ajeitando tentando pegar o controle e tomou a minha atenção o barulho de kenner subindo as escadas, logo os passos ficaram mas perto e me assustei assim que abriram a porta com tudo.

Mosquito: Tá com medo? - gargalhou.

sua risada me assustou um pouco, mas apenas assenti tentando mexer no controle ignorando ele ali.

Mosquito: Vai falar comigo não? - percebi que o tom da sua voz estava diferente. - os mlk falou que fui ignorantão com você mais cedo, foi mal aí, estava com algumas neurose na mente.

Assenti sem dizer nada e coloquei um desenho estranha na tv, fiquei tentando ignorar que ele estava ali mesmo sendo super falho. Sua presença estava me incomodando.

Mosquito: Você não vai me responder bruna? - falou alto e o tom da sua voz ficou mais grosso, encarei ele sem dizer nada fazendo o mesmo abrir maior sorrisão. - foi sem querer mesmo, não percebi que estava te tratando "mal".

Eu: Não precisa fazer aspas com as mãos se pra você não foi, já que seus amigos tiveram que falar pra você vim pedir "desculpas" - ele fechou a cara. - e pra mim foi normal, tanto faz, nem te conheço e então è indiferente.

falei sem pensar, mas não me arrependo não, eu fiquei pensando a forma que ele me tratou o dia inteiro... mas eu ia falar? óbvio que não, que ele pense que eu não ligo mesmo, até eu realmente não ligar, não é obrigação dele me tratar bem ou cuidar de mim.

Mosquito: Perdeu a noção pra falar comigo mermo - deu as costas indo para outro cômodo que tinha ali no quarto, provavelmente o closet.

Só falta querer me matar, mas eu não retiro minhas palavras.

Eu: Pq? vai me matar? - falei irônica e ele apareceu sério.

seu olhar chega me assustou e logo bateu o arrependimento das minhas palavras, antes eu tivesse ignorado ele.

Mosquito: Vou mrm não, mas eu poderia - falou em bom tom. - tá na minha casa, falando qualquer parada de qualquer jeito comigo, logo comigo, então oque eu quiser fazer contigo eu posso.

Eu: Vá em frente, oque seria você perto de um pai - ele ficou em silêncio e voltei a atenção pra tv. - gratidão pelas coisas feitas por mim, mas eu não aceito mais nada vindo de você.

Mosquito: Aceitar? se tem opção? - falou sério e eu encarei ele apreensiva. - Se não tem opção, jogaram voce em minhas mãos e eu a peguei, o pq também não sei.

Por algum motivo a sua fala não me incomodou e não aparentou que ele falou na maldade mesmo com as outras falas que eu fiquei incrédula e se eu pudesse, tinha voado nele.

Eu: Eu tenho, só não nesse estado. - ele entrou novamente no cômodo fazendo barulho de gaveta.

Mosquito: Papo reto, vou nem bater um lero - encarei ele sem entender. - tô muito louco pra não falar besteira, vim pegar roupa vou tomar banho e dormir no outro quarto, qualquer parada só gritar.

Eu: Tanto faz.

Ele assentiu e saiu batendo a porta.

Confesso que queria que ele ficasse aqui comigo, pra me fazer companhia, mas se for pra ficar falando merda igual ele tá falando é melhor longe.

Mendes: Cadê o mosquito? - abriu a porta com tudo me assustando e tomando toda minha atenção. - foi mal, subi no sapatinho.

Eu: Não sei, falou que ia dormir no outro quarto e foi - ele me olhou incrédulo. - oque foi?

Mendes: Fia ele disponibilizou o quarto pra você, toda feia e pra mim nunca - sorriu debochado. - isso não vai ficar assim mermo.

Eu: Se estiver dormindo não acorda ele - falei antes que ele pudesse sair. - só tá falando merda.

Mendes: E fazendo também e tu tá bem? - assenti. - tá com uma cara de cu, aconteceu oq?

Eu: Nada, aquele menino que veio me trazer aqui - ele me encarou apreensivo. - como é o nome dele?

Vão me perdoar, mas eu até que gostei dele, simpático e me tratou bem.

Mendes: Mulher é tudo igual mesmo - encarei ele sem entender. - NT.

Eu: É Nathan? - ele assentiu.

Mendes: Se o mosquito souber de uma parada dessa não vai ser daora em...

Eu: Pq não? não tenho nada com ele e muito menos ele comigo. - falei antes que ele pudesse continuar.

Mendes: Vou soltar umas verdades pq você merece ouvir - respirou fundo e entrou fechando a porta. - O cara tá fazendo de tudo por quem mal conhece, se jura que se ele não quisesse nada contigo tu estaria aqui? se liga mina, se estaria lá fudida ou com a vitória se fudendo pra tentar cuidar de tu.

Encarei ele sem dizer nada pq ali realmente faz sentido, mas eu não quero nada com o mosquito, nem se passou isso pela minha cabeça mesmo ele fazendo de "tudo" por mim, pioro compromisso.

Mendes: Entende, tu sabe de qual vida ele é - assenti. - você já é dele, mesmo ele sendo suave, é uma realidade!

Eu: Você está me dizendo que eu terei que ficar com ele a força, só pelas coisas que ele fez por mim - ele negou. - é oque então?

Mendes: Seria isso mermo se o mosquito fosse esses dono de morro fudido, igual alguns que bate nas mulher e os caralho - fiz cara de deboche. - mas como ele não é, pode ficar tranquila que oque você não quiser, ele tbm não vai querer.

Eu: Então pq está me dizendo essas coisas? - ele respirou fundo e abriu a porta.

Mendes: A vai se fuder muito lerda, é isso aí mina - saiu batendo a porta e fiquei paralisada pensando em suas palavras.

Minha Brisa - [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora