Inesgotável Amor #KhunMacau

Capítulo 11 - A invasão

                — Tudo pronto para a invasão, pessoal. — Chan está ao telefone, com Arm. 

               Na base de monitoramento Arm usa o rádio para distribuir ordens e o celular para terminar as últimas providências para o resgate. 

                — Estejam todos prontos para a retirada tão logo Chan ordene. Câmbio. — Arm comunica pelo rádio.

.               Tendo todas as tentativas de negociações falhado. Chan cortou a transmissão para todos na casa. Só permitindo, obviamente, que permanecesse todas as telas do centro de controle de monitoramento, para orientar a invasão e resgate. Definido códigos para as duas organizações envolvidas, sendo Parasita a que se aproveitou do sequestro e Hiena a que levou os meninos, estavam a postos para libertá-los com urgência.

               — Equipe 1, comunique-se e informe suas ações e posição, Câmbio.

              —Arm, já  cercamos  os pontos chaves de Parasita. Câmbio.

              — Leopardo, comunique sua posição. Câmbio. — Era Chan chamando um dos membros da equipe que estava próximo do galpão.

                — Chefe hum, aqui Leopardo, a 50 metros do covil. Câmbio. — A voz de Vegas ressoou no rádio.

             A estratégia da equipe de Chan era invadir derrubando o mínimo de pessoas e assim diminuindo as chances tanto de estressar os prisioneiros quanto despertar a Hiena e a Parasita. Sabendo que dentro sempre tinha por volta de quatro vigias e fora dez, com a morte de um dos que buscavam alimento pela organização da família de Don e o afastamento devido o envenenamento, caiam para oito a guarda direta. Chan conseguiu colocar equipes disfarçadas de garis e vendedores de barracas na região e fortalecer o cerco.

               Arm, que estava na base central e Chan em uma base móvel, perto do galpão, formaram o cerco duas horas antes, surpreendendo tanto os vigias externo quando a organização da mãe de Top e eliminando no ataque direto, corpo a corpo, o maior número de inimigos sem uso de arma ou violência.

             Quando a organização parasita percebeu a invasão, liberou seus homens para a ação, entretanto, como estavam cercados, tiveram dificuldade de atacar e muitos foram capturados durante a fuga. 

            Apesar de ser um cais, eles estavam em parte distante e pouco usada, por causa do acesso e com isso, todo o tempo que estiveram ali o barulho de navios chegando, embora fosse alto não eram tão fortes como agora. Vegas percebeu que a rota de alguma embarcação ilegal tinha sido bloqueada e avisou Arm.

             Chan abortou a chegada de uma embarcação que seria usada para remover os prisioneiros, caso o esconderijo fosse descoberto.  Agora, com a operação em curso, ele pode contar com a ajuda da Polícia para prender os envolvidos no caso.

            Os fogos de artifício foi uma artimanha contrária para minar a paciência de Khun e Macau e estressar o líder da Família Theerapanyakul e que, infelizmente funcionou. Entretanto,  como foi usado muito depois de Chan ter ordenado a captura dos vigias externos, os riscos para a segurança das vítimas foram minimizados. Isso porque o uso estratégico das micro câmeras em todo o lugar, possibilitou que a ação acontecesse no momento que só os dois vigias menos agressivos estavam no local. Um dentro, guardando os rapazes e outro fora, no corredor, dando cobertura para o primeiro.

                 Os primeiros fogos apareceram e despertaram a atenção de Khun e, infelizmente, despertaram suas lembranças. Entretanto, ele compreendeu que era o resgate chegando. Assim, a esperança de serem libertos foi maior que o pavor que o cerco que estava acontecendo.

             Tiros e bombas soavam a certa distância e ele tinha certeza de que não estavam no galpão. Macau despertou e percebeu o que estava acontecendo e Khun o abraçou, tentando confortá-lo.  De todas as horas como cativos, aqueles minutos finais, quando enfim a equipe de Khorn entrou no galpão, foram os piores momentos para o jovem. 

              Macau chorou quando viu outro vigia entrar, temeu que eles usassem os dois como escudo. Khorn também tinha esse temor, mas procurou manter um mínimo de sanidade para ajudar o primo. 

              Horas antes Macau tinha dito a Tankhun que temia que eles fossem separados no momento do resgate. Ele, inocente, acreditava que era um sequestro comum por dinheiro e, por algum motivo desconhecido, ele achava que fariam as negociações tirando primeiro Khun. O primo teve que convencê-lo de que para o pai, ambos tinham o mesmo peso de filho e ele não negociaria com a vida deles, deixando qualquer um para trás. 

             Ouvir essa declaração trouxe alívio para Macau. Ele ainda lembra que seu pai considerava ele e o irmão indignos de levarem seu nome e sangue.

             Uma vez a invasão externa terminada, é hora de efetuar o resgate de Khun e Macau.

           — Câmbio! Chefe Hum, estamos limpos. Vamos entrar. Câmbio.

           — Ok, Corvo, cubra a retaguarda do Leopardo. — Time ouviu e continuou seguindo Vegas.

No galpão

             — Fique calmo, Macau. Vai acabar logo. — As mãos acaricia o rosto cansado  do primo pela última vez. 

              Pede calma, mas sabe que isso é algo difícil de se ter no momento, por que ouvem um tropel vindo em direção deles. Seria mesmo o resgate?

               O medo e a esperança correm juntos, cabeça com cabeça. Quem vencerá essa corrida?

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