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Nesse exato momento a Angélica, minha mãe biológica, está tentando me convencer a gravar alguns vídeos e tirar fotos com a mesma para melhorar sua imagem de mãe.

- Filha, vai ser bem rápido. Eu juro! - implorou. Reviro os olhos, por conta da insistência.

- Angélica, eu já disse que não! - eu já estava cansada. - Você só quer fazer isso para mostrar para todos que maravilhosa mãe você é, né?

Minha mãe é uma atriz, até que famosa. Na frente de todos ela é uma ótima mãe mas, já do outro lado, ela é uma péssima mãe. Ela só ligar "pros números". Eu não sei quem é meu pai, ela nem faz questão de falar sobre isso. Ela sempre diz que não é necessário saber quem é aquele maldito.

- Não. Eu só quero passar tempo com você, meu amor - Odeio quando ela usar essa voz de manipulação. Não respondo. - meu amor, você tem que me chama de mãe. dói demais ouvir "Angélica" ao invés de mãe, sabia? - Eu não consigo a chamar de algo que ela nunca foi ou será.

- Primeiramente, a senhora vai continuar querendo passar tempo comigo! - respondo sua primeira pergunta. - ; e não, eu não consigo chamá-la de mãe, Angélica Miller. - Provoco no "Angélica Miller".

- Filha...- coloca a mão no peito - Deus, onde eu errei? - Lamentou.

- quando você me abandonou. - saio da cozinha, chorando. Vou para o meu quarto, trancando a porta, me jogo na cama e só deixo as lágrimas caírem, sem parar.

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- Lívia, eu odeio comédias - Coloco a pipoca na mesa enfrente ao sofá.

- Perguntei? - Minha amiga revira os olhos - Sabia que tu é muito chata? - Pegou o controle e escolheu outro filme. - Que tal.... Barbie as espiãs? - ela é sua alma de criança, mas confesso que também amo os filmes da barbie.

- Aham -- Concordo - Ih, eu esqueci o sorvete. Pega lá? Por favor?! - digo deitada no sofá.

Pisando forte, minha amiga foi. Eu e a Lívia nos conhecemos quando crianças. Ela veio morar aqui em Tóquio junto a sua família, a mesma era do Brasil. Por causa dela eu amo tudo lá. A cultura, as comidas tradicionais, tudo!!

- Então, é verdade que tu vai começar a trabalhar? - perguntou, colocando o pote de sorvete ao lado da pipoca.

- Ah, é verdade - Quero juntar meu próprio dinheiro e comprar um apartamento para mim mesma. -; Quero sair daquela casa o mais rápido possível. - digo comendo uma pipoca.

- Tadinha da minha princesa - me abraçou -; Vai trabalhar com o que?

- Talvez babá. - faço carinho no cabelo da mesma -; Não sei.

- Humm..- ela parecia está pensando. - Eu tenho uma amiga do colégio, que ja comentou que o amigo dela precisa de uma babá para suas irmãs.

- Sério? - a mesma concorda com a cabeça -
-; Então, sua linda perfeita, deusa, linda pra porra. Pede o número dele pra essa sua amiga? Para mim, por favor!!!

- Eu ganho o que? Hein? Ž soltou o abraço e cruzou os braços me encarado.

- Eu faço o que você quiser! - que arrependimento. Deus/deuses.

- Então beleza!!! - falou empolgada.

- Pai amado - Digo a frase que a Lívia me ensinou em português - Deus/deuses me cuidem dessa doida - em resposta ela me deu um tapa. - aí, agressiva.

Passamos a tarde toda assistindo filmes, fofocando, comendo besteiras....Naquela noite eu dormir com a mesma, já que sua mãe é pai estavam viajando e seu irmão estava na casa de um amigo.


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Ana Lívia Oliveira

- Sim, eu sou foda pra caralho

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- Sim, eu sou foda pra caralho.

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