Capítulo 1 - Minha última despedida?

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Agosto. Mais uma vez agosto. Faltava pouco para as aulas retomarem seu curso em Hogwarts, e eu ainda estava em casa, sem saber o que fazer. 

Tornara-se algo comum eu sair para caminhar sozinha pelas ruas, assim como eu fazia nos corredores da escola. Aquele ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts me mudara profundamente. Meu hábito apenas tornou-se mais intenso depois de uma carta que recebi, através do correio bruxo, por meio de corujas. Era uma carta de Minerva McGonagall. 


**** 


Gabriella, 


Escrevi-lhe à pedido de Dumbledore. Ele pediu-me que lhe enviasse o documento anexo, mas não faço a mínima ideia do que possa ser. 


Conte comigo para o que for necessário, 

Minerva McGonagall. 


**** 


McGonagall sabia o quanto tudo estava sendo difícil para mim, e certamente este fora o motivo do "conte comigo para o que for necessário". Eu senti uma afeição ainda maior por ela. 

Dumbledore enviara uma certidão de nascimento que alegava que eu era sua neta. Juntamente, havia uma carta, que explicava que aquele documento era a maneira mais viável para que eu retornasse à Hogwarts, e que era crucial que eu voltasse. Era um documento falso, porém só eu podia saber disso. E isso era o pior: ter que guardar sozinha um segredo como este. 


Como de costume, fui dar uma volta pelo quarteirão. Havia uma praça ali perto, e eu gostava de ir até lá para caminhar a esmo, sem direção, tomar um pouco de ar e luz solar. Certamente nunca esperava ver o que vi; não ali, tão distante daquele mundo. Não ali, onde nada parecia real. 

— Olá, Gabriella. 

Parei imediatamente, me virando, incrédula. Não conseguia acreditar. 

— Draco? 

Draco Malfoy, no Brasil? Atrás de mim? Como é? 

Rapidamente, procurei por minha varinha, mas eu a deixara em casa. 

Merda, pensei. 

— O que você quer? — perguntei. — O que te fez vir até o Brasil? 

— Eu... preciso de sua ajuda — disse. 

Mentira. Ele está armando alguma coisa para cima de mim. 

— Hm. Fale o que houve. 

— O... Você-Sabe-Quem, ele... Gabriella, você disse que podia me ajudar. Eu... preciso disso agora. 

— Claro que precisa. Não deve ser nada agradável dividir sua casa com um bando de bruxos sádicos. 

— O que você disse, sangue ruim? — perguntou Lestrange, desfazendo o Feitiço da Desilusão. — Como soube disto? 

Eu sabia. Perfeito. 

Atrás de Lestrange e Draco, surgirem mais quinze Comensais. Sim, eu contei. 

— Precisa de ajuda, Draco? — eu disse, com repulsa. — Você irá se arrepender disto, eu prometo. 

Eu precisava fugir, o quanto antes melhor. E só tinha uma saída. 

Bleeding Love Life Lies IIOnde histórias criam vida. Descubra agora