Capítulo 18 - "Eu acho que te amo melhor agora"

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N/A: Antes de ler esse capítulo, coloque para carregar a música Lego House, de Ed Sheeran. Além de me servir como inspiração, essa música quebrou o meu bloqueio, o meu receio de escrever essa cena. Por essa razão, este curto capítulo é totalmente dedicado à esta cena... e também à essa música tão linda. 

A música vai tocar mais de uma vez, mas não faz mal. Boa leitura! 


~x~ 


Incrível como as coisas podem mudar de figura de uma hora para a outra, não é verdade? Se ontem alguém me dissesse que hoje eu estaria envolvida de tal maneira com Draco Malfoy, eu daria gargalhadas, daquelas bem intensas que, quando acabam, deixam dor na barriga, e certamente não acreditaria. No entanto, ali estava eu, agarrando-o, enchendo-o de beijos, com o coração quase saltando para fora do peito, sentindo-me completamente febril e inebriada, ardendo em desejo. Completamente envolvida, totalmente apaixonada. Claro que não podia ignorar o fato de que sempre fui perdidamente apaixonada por ele. Ele errou, mas eu ainda não havia esquecido o que passou entre nós. Acha que lembrei naquele momento do que havia se passado entre nós, de bom ou ruim? A resposta é não. Eu só o queria, e mais nada. Nada no mundo tinha importância. 

- Draco... — Sem ar, separei nossos lábios para poder respirar por um breve instante. Ele desceu para meu pescoço, traçando o caminho com beijos. — Oh, Draco... — Ele então subiu, nivelando seu rosto e o meu, olhando no fundo de meus olhos. 

- Gaby... — suspirou ele, em seguida dando-me um selinho demorado. — Eu te amo. 


[N/A: dê play!] 


Limitei-me a sorrir, embrenhando meus dedos em seus cabelos, puxando-o para mais um beijo intenso. A coisa ali estava quente para valer. E a tendência era de subir a temperatura. As mãos de Draco começaram a passear ao longo de meu corpo, arrepiando-me, deixando um rastro de calor onde seus dedos haviam me tocado. Eu arfei baixinho, em apreciação. A temperatura parecia subir cada vez mais, estava pegando fogo, quase que literalmente. 

Olhando nos olhos dele, pude notar que o mesmo acontecia a ele. A sensação era de que estávamos congelados no tempo e espaço. Como se nada e nem ninguém no planeta se mexesse — ou sequer respirasse — além de nós dois. Ou mesmo como se não existissem. Nada importava, nada era lembrado. Tudo o que tinha significância estava ali: a sensação de meu corpo entrelaçado ao dele, o calor de seu beijo, o seu gosto, as suas mãos tocando os lugares certos. Nada mais existia: somente isso. E era perfeito. O envolvimento entre nós dois fluiu com tanta naturalidade e de modo incrivelmente fácil que não parecia de modo algum que havia alguém inexperiente naquela cama. Nenhuma vergonha ou hesitação se fez presente enquanto eu me livrei do blazer de Draco e depois parti para os botões da camisa, desabotoando-os um por um, e o desejo aumentando a cada botão a menos no caminho do que eu queria. A vergonha também não ousou aparecer quando Draco alcançou os botões de meu vestido na parte das costas, e se livrou de todos, um a um. Nem mesmo quando a peça escorregou por meu tronco e braços, revelando os seios completamente nus, qualquer vestígio de vergonha surgiu; só uma leve sensação de desigualdade, da qual logo me livrei, desabotoando a calça dele e forçando-a para baixo, aproveitando para levar a cueca junto. Tudo parecia tão natural... Tão simples quanto respirar... Como se fosse algo com que tivéssemos uma prática inquestionável, embora eu soubesse que era a primeira vez para nós dois. 

Então, rapidamente, não havia absolutamente mais nada nos separando. Nenhuma peça, nenhum tecido, nenhuma distância, nenhum centímetro, absolutamente nada. Percebemos isso juntos, no mesmo instante. Paramos; ele sobre mim, suas mãos embrenhadas em meus cabelos, os lábios deliciosamente perto dos meus. Sua respiração me provocava demais. Eu não conseguia enxergá-lo, e não havia nada que eu quisesse mais. Eu queria guardar esse momento comigo eternamente. Não me movi um centímetro sequer, mas fiz surgir à luz que precisava para iluminar tamanha beleza diante de mim. Draco sobressaltou-se ligeiramente com a luz — por um instante imaginou que alguém pudesse ter-nos flagrado, mas, olhando para a bolinha de luz que pairava num canto do quarto, permitindo que eu visse todos os detalhes que antes não conseguia, percebeu que eu fiz aquilo, e isso o fez sorrir marotamente. 

A mútua hesitação poderia facilmente ser confundida com vergonha, insegurança e tudo mais, devido ao fato de estarmos tão próximos, de nos envolvermos tão intimamente, marcando para sempre, querendo ou não, a vida tanto de um quanto do outro. Eu seria a primeira em sua vida. Tinha um peso grande. E, um peso ainda maior, obviamente, ele seria o primeiro em minha vida. Mas ali não havia espaço para esses medos e inseguranças. Hesitamos para apreciar um ao outro. Apreciamos, prolongando o desejo, para fixar a importância desse passo em nossas vidas. E, após esse breve momento, que foi o bastante para que eu sentisse meu corpo implorar pelo dele, tamanho era o desejo, parecendo ler meus pensamentos, Draco desceu uma de suas mãos, passeando pelo meu corpo completamente nu, conhecendo cada aspecto meu, atendo-se meramente às minhas curvas, provocando, prolongando, sem invadir minha intimidade como eu queria que ele fizesse imediatamente. Eu fiz o mesmo. Deixei meus dedos conhecerem cada centímetro daquele corpo. Senti a firmeza de seus músculos, e me derreti de prazer com isso. Estava muito tentada a cruzar os limites que ainda restavam, mas não queria ser a primeira a dar esse passo. Contive o ímpeto, e só cheguei até sua coxa, bem perto de onde queria, muito perto. Mas foi o bastante; a ação resultou em uma reação. 

Uma reação muito gostosa, por sinal. 

Draco envolveu meus seios com suas mãos num aperto firme, e eu não consegui reprimir um breve gemido bem baixo. Acariciou-os, mas não se contentou com o que obteve até então. Quis mais. Buscou por mais. Desceu uma mão deliberadamente, traçando todo o caminho para baixo. Ele mordeu o lábio de um modo muito sensual, que me deixou louca. Quando senti suas deliciosas carícias em minha intimidade, já estava completamente extasiada. Eu o queria. E eu o queria 

- Gabriella... — ele suspirou meu nome como uma súplica, um pedido, mas ao mesmo tempo como se... Bem, como se aquela palavra, meu nome, definisse tudo o que ele precisava e mais um pouco. Mordi meu lábio inferior, ainda completamente inebriada pelas carícias que ainda recebia. Prontamente retribui; precisava fazê-lo sentir o que eu sentia imediatamente. Minha mão encontrou a intimidade dele, e rapidamente devolvi o prazer que ele me proporcionava, sentindo ainda mais prazer ao poder senti-lo dessa forma. Prolongamos as carícias por mais uns instantes, mas logo não era mais o suficiente. Precisávamos de mais, e com urgência. Então, abri minhas pernas o suficiente para que ele se acomodasse entre elas, nos deixando mais próximos do que jamais estivemos. Trocamos um beijo tão gostoso e intenso, que com certeza foi o melhor beijo de toda a minha vida. O beijo durou um longo tempo, e eu não queria que terminasse nunca, então movimentei meu quadril, instigando-o, indicando que eu queriamais, e ele prontamente atendeu. Draco se posicionou de modo a encaixar-se, penetrando-me com cuidado e calma, e pouco a pouco fomos nos acostumando àquela sensação, dolorosa para mim a princípio, mas simplesmente maravilhosa depois. Draco me proporcionou sensações indescritíveis, maravilhosas, e eu não conseguia conter as demonstrações de contentamento, suspirando, gemendo, ora apenas um som de apreciação, ora o nome dele, ou um pedido por algo mais específico. Nosso prazer não parecia ter fim, e desfrutamos dele pelo tempo que pudemos, até finalmente chegarmos ao ponto máximo, atingindo juntos o clímax, sentindo o máximo do prazer que poderíamos desfrutar. Aos poucos, o fogo foi se acalmando, assim como nosso envolvimento. Logo estávamos completamente extasiados e cansados. Ele até tentou desvencilhar-se de mim para deitar ao meu lado, mas eu não estava pronta para acabar com a proximidade de nossos corpos nus e suados, pelo menos não ainda. Então ele permaneceu onde estava, e me beijou brevemente, cheio de amor e paixão. 

Logo em seguida, ele acomodou-se ao meu lado, eu coloquei minha cabeça em seu peito e me aninhei a ele. A sensação era tão tranquilizadora e boa que não me preocupei com nada. Meus olhos se fecharam e eu logo adormeci. Pela primeira vez em o que me pareceu o tempo de uma vida inteira, eu consegui respirar profundamente, sem sentir nada além de amor, ternura e paz. Até felicidade. E tudo o que eu queria era que esse momento jamais tivesse um fim. 

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