Capítulo 16 - Veritaserum, a famosa poção da verdade

146 11 0
                                    

:: Jardim de Dolores Umbridge — Noite de Natal — 10:45 p.m. :: 

— Outro ponto de vista —

Blásio observou Gabriella partir, sorrindo. De fato, havia se divertido naquela hora que passara com a garota. Não estivera em momento algum entediado. Desejava somente saber o que a garota aprontava. Chegou a pensar em delatá-la e impedi-la, mas ao passar algum tempo com ela acabou percebendo que sua companhia era agradável. Imaginou que seria uma pena se a vida de uma pessoa tão espirituosa fosse tirada. E, por isso, resolver participar da travessura. Uma vez que a aventura terminou, voltou para casa, onde se aprontou rapidamente para a ceia de natal. Iria para a mansão dos Malfoy com os pais. Não se demorou nos preparativos. Terminou de se arrumar rapidamente, pegou os presentes de natal e acompanhou a família. Utilizaram a Rede de Flu como meio de transporte, e ao chegar a seu destino, foram recebidos na sala da mansão por Narcisa e Draco. A mulher parecia cansada, abatida e assustada. Draco, estava da mesma forma, só que mais sério e sombrio. Blásio espanou a fuligem com as mãos e retirou sua capa de viagem antes de cumprimentar a mãe do amigo e dar a ela o presente, o que fez de forma silenciosa e cheia de respeito, tal qual o ato de dar condolências a alguém que perder um ente querido. Então, após os cumprimentos, os dois amigos deixaram o lugar onde as mães conversavam e foram silenciosamente para o quarto de Malfoy. 

— Aqui, pegue seu presente — disse Blásio ao amigo assim que adentraram o cômodo. — Feliz natal. 

— Obrigado — murmurou Draco, entregando a Blásio um embrulho que pegou de uma cômoda. — Feliz natal. 

Nenhum dos dois abriu os presentes. Blásio estudava a expressão do amigo. 

— Você parece tenso — comentou. 

— E você parece contente — rebateu, encarando desdenhosamente a janela ao seu lado. Os lábios de Blásio estremeceram-se a guisa de um sorriso. 

— Encontrei por acaso aquela garota, Gabriella Munis — ele comentou e sorriu. Ele lembrava-se claramente que Draco tinha uma paixão pela garota e revolveu sacaneá-lo um pouco. Draco vinha sofrendo bastante ultimamente e Blásio, como um bom amigo, queria animá-lo de alguma forma. Uma boa provocação, a seu modo de ver, resolveria isso. Era óbvio que a ideia de Blásio de humor e divertimento não produzia efeito em ninguém além dele mesmo, embora ele não se desse conta disso. — Tive uma boa hora de diversão com ela. 

Draco levantou o olhar para o amigo, genuinamente interessado. Desdém passava bem longe de sua expressão, agora. 

— Diversão? 

O sorriso de Blásio se alargou. 

— Muita diversão — disse ele, vagamente, e se levantou, fingindo interesse pelas fotos na parede de Draco, dele com seus amigos de Hogwarts. — Uma menina engraçada e espontânea. 

— E o que ela estava fazendo? 

— Onde está seu pai? — perguntou Blásio, ignorando o amigo. Sorria, de costas para ele. 

— Você não respondeu minha pergunta — disse Draco, secamente. — Quero saber o que você andou fazendo com... Munis. — Blásio se virou para olhá-lo, arqueando uma sobrancelha, fingindo estar irritado. 

— E desde quando devo satisfações a você do que faço com Gaby ou qualquer outra pessoa? — Ele sorriu maldosamente. — Está com ciúmes, Draquinho

O menino Malfoy se empertigou, todo irritado. Blásio se controlava para não rir, pois ainda não queria estragar a diversão. 

— Ciúmes? — Foi a vez dele de arquear uma sobrancelha. — Até parece. Só não fazia ideia de que você andava com sangues-ruins. 

Bleeding Love Life Lies IIOnde histórias criam vida. Descubra agora