Exatamente como no livro, houve o casamento de Gui e Fleur. E, também como no livro, o lado das trevas dominou Hogwarts, o ministério e, assim, o mundo bruxo. Harry, Rony e Hermione fugiram e eu fiquei para lutar.
Isso aliviou um pouco a dor, mas só momentaneamente.
Estávamos na véspera do retorno à escola. Fred e George trabalhavam, assim como os outros da casa, e ficávamos somente eu e Gina. Nós ficamos bastante próximas durantes estes tempos.
— Como acha que será lá na escola agora? — perguntou Gina, numa tarde de tédio no verão britânico. Na verdade, o nosso último dia de férias de verão.
— Um verdadeiro inferno. Sabe, teremos aulas de Artes das Trevas com Comensais.
— Hunf — fez Gina.
— Eu queria não ter que ir — murmurei. — Mas não tenho escolha.
Gina me abraçou.
— Vou ajudar você — prometeu. — No que precisar.
— Obrigada, Gina.
No dia seguinte, fomos para a estação King's Cross para retornar à escola. Sr. e Sra. Weasley pareciam preocupados demais comigo. Tratavam-me como se eu fosse filha deles, e aquilo era um novo alívio para minha dor.
— Venha ficar conosco nas férias de natal, querida — pediu Sra. Weasley.
— Obrigada por me convidar. — Eu sorri. — De verdade.
— Cuide-se. — Ela me beijou na face e adentrei o trem.
Foi uma longa viagem, aquela.
Quando finalmente desembarcamos, eu estava afastada de Gina — graças a Deus; nem gosto de imaginar o que podia ter-lhe acontecido — e fui barrada por Comensais. É claro que eu não ia entrar tão facilmente em Hogwarts.
— Você é uma das nascidas trouxas mais procuradas do país — disse ele. Com certeza me conhecia, decido à convicção de suas palavras.
— Sou sangue puro — eu disse. — E isso facilmente pode ser confirmado.
— O que faremos? — perguntou o mais robusto dos três.
— Veremos com Severus — disse o mais esguio.
Com isso, me arrastaram até o castelo à pé.
É, parece que eu jamais chegarei no horário certo no primeiro dia de aulas do ano em Hogwarts.
A caminhada foi bastante longa. Chegamos ao castelo e percebi que já estavam todos reunidos no Salão Principal. As portas se abriram e o silêncio reinou. Era como uma reprise barata do que acontecera há exatamente um ano.
— Diretor, temos uma sangue ruim no castelo — disse o filho de uma mãe que me segurava pelos cabelos, como se eu fosse um saco de batatas.
— Eu já lhe disse que sou sangue puro! — bradei, empurrando-o e fazendo com que ele me largasse.
— Não, você é uma sangue ruim! — Reconheci a voz fanha de Pansy Parkinson.
Vadia.
Ela se levantou da mesa da Sonserina e veio até onde eu estava.
— Todos sabemos que você é uma sangue ruim. Você mesma disse isso quando chegou, no ano passado.
— Aham, exato. — Fiquei bem próxima a ela. — Manipulei a todos para esconder a verdade.
— E qual seria a verdade? — Era Snape quem falava comigo agora. — O que você pode ter escondido de todos nós?
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Bleeding Love Life Lies II
RomansaContinuação de Bleeding love Life Lies I "Juntar os pedaços de meu coração. Era essa a tarefa que eu agora tinha. Meus dias, contados ou não, seriam como enfrentar o deserto com roupas de inverno, ou talvez uma nevasca com roupas de verão. Eu não p...