Capítulo 11 - Dizendo adeus

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Que a verdade seja dita... Severus Snape sabe como botar medo em mim. 

Tá, eu sei que ele nunca quis me machucar, que evitava como podia que isso acontecesse, e eu tinha plena consciência de que eu estava passando de todos os limites... mas o que ele fez comigo deixou marcas. Não só as físicas — se é que me expressei bem. 

A balbúrdia acabou — tão rápido quanto havia começado. Fomos apanhados; Gina, Neville e Luna foram apanhados por Severus, tentando afanar a espada de Godric Gryffindor (a imitação, na verdade) e eu fui apanhada humilhando os Carrow. A situação mudou de figura de forma estupendamente rápida e eficaz, e no momento seguinte, nós quatro e mais meia dúzia de integrantes da AD éramos reunidos no Salão Principal. 

As ordens foram claras: todos os seres vivos do castelo deveriam estar agrupados naquele Salão. O diretor tinha algo a dizer. 

Trinta minutos depois de começarmos a baderna, estávamos todos lá, sem exceção, cada estudante e funcionário — e cada pintura e fantasma também. 

Nós da AD estávamos cheios de hematomas, arranhões e machucados leves. Todos descabelados e esfarrapados, sem exceção, meninos e meninas. Apenas uma parte de nós tinha sido apanhada, e eu esperava que os que escaparam fossem inteligentes o bastante para esconder seus uniformes da "Casa Potter" e esperar o pior passar. 

Mas nada é como queremos. 

Alinhados em frente à mesa dos funcionários, observávamos Severus se encaminhar em nossa direção, a capa farfalhando no chão atrás dele. A expressão era medonha, e o olhar gelava quem quer que ele fitasse. Eu estava em destaque, à frente dos outros, Gina, Luna e Neville em segundo plano, o restante atrás. Digamos que era essa a ordem: do que cometeu a pior infração ao que cometeu menores. O que, obviamente, significava que nós quatro estávamos seriamente perdidos. 

— Será que vocês... fazem a menor das ideias... do que eu tenho vontade de fazer com vocês? — Seu modo de falar pausadamente me era bem familiar, mas não deixava de me apavorar. 

Ninguém respondeu. 

— O que leva vocês a fazer tamanhas idiotices? — perguntou, o olhar gravado em mim. — Eu até podia perguntar quem liderou essa burrice toda, mas não acho que seja necessário. Posso apostar tudo o que tenho que estou olhando para a responsável. 

Sustentei o olhar dele, desafiadora. 

— Explique-se. 

Eu não disse nada. Eu não diria nada. 

Os Carrow, quase tão maltratados como nós estávamos, quase rugiam de ódio ao lado dele. 

— Mate-a — disse a Aleto, os olhos em mim. 

— Agora — concordou o irmão. 

Um risinho agudo veio da multidão de sonserinos. Eu não precisei olhar para saber quem era. 

— Me pergunto o que McLaggem acha de ver sua namorada apoiando Potter — disse. — Acho que a burrice dele é tão grande que ele não vê o quanto a sangue-ruim ama o Potterzinho. Está pronta para dividi-la com o Potter? — E riu. 

— Cale-se — disse Córmaco. Idiota! Por que ele não ficou calado? Ele não tinha sido descoberto! 

— Ora... estou falando apenas a verdade. Olhe para ela! Se rebelou usando seu amor pelo Potter! 

— Nós usamos o nome do Potter porque sabemos que é ele o Eleito! Sabemos que ele é a nossa esperança! — E Córmaco deixou a multidão grifinoriana, despindo a capa, mostrando o uniforme igual ao nosso. Aos poucos, saindo das multidões das outras Casas, menos Sonserina, o restante da AD se uniu. — Somos muitos, e não ligamos para vocês, Comensais, e foi isso o que nos uniu. A escola é nossa, estamos em maior número e... 

Bleeding Love Life Lies IIOnde histórias criam vida. Descubra agora