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Pov Manjiro Sano:
5 de maio de 2010

Eu estava estranhando muito isso, Sn vem sentindo muitos enjoos, tontura e cansaço, isso com certeza não é normal.

-Princesa, por favor, vamos ao médico!- Digo enquanto fazia carinho nas costas da minha namorada que agora lavava sua boca.

-Mikey não prec- Ela tenta dizer mas é interrompida por mim.

-Para de ser teimosa, nós vamos sim! Ou você vai se trocar pra irmos agora ou eu te levo no ombro de pijama mesmo!- Digo pra ela que faz uma cara emburrada e vai até o nosso quarto se trocar.

-Oque aconteceu papai?- Pergunta Haru com carinha de choro.

-A titia tá dodói, mas não se preocupa que ela vai ficar melhor tá bom?- Digo e pego o mais novo no colo.

-Tá...papai

-Oi?

-Eu nunca tive uma mamãe, todas as crianças que eu conheci tinham mamães, então...oque aconteceu com a minha mamãe?- Pergunta Haru e eu o olho com os olhos arregalados.

-Olha, você não tem uma mamãe, tem crianças que não tem mamãe, tem crianças que não tem papai, as familias são diferentes, entende?- Digo para o pequeno com um pouco de receio, eu não sabia oque dizer.

-As mamães, são aquelas que dão carinho para seus bebês, que cuidam deles e que os protegem...né?- Pergunta o pequeno loiro e eu assinto.

Em seguida Sn chega já vestida, eu pego a chave do meu carro, e vamos até o lado de fora. Haru vai ir também porque não tem com quem deixar agora, inclusive temos que resolver isso...

[...]

Chegamos no hospital e descemos do carro indo até a entrada. Não tinha muita gente por conta do horário, então vai dar pra fazer uma consulta de boa.

Falo com a recepcionista e então ela nos direciona pra sala 7, deixamos Haru numa salinha de espera para crianças e fomos até lá enquanto eu alisava a cintura perfeita da minha namorada e eu confesso que estava bem nervoso, não sei porque...

-Boa tarde- Digo entrando na sala, onde tinha um médico que aparentava ter uns 40 anos.

-Boa tarde, sentem se por favor- Diz e assim nós fazemos.- Bom oque você está sentindo?

-Então, eu sinto muita tontura, enjoos frequentes e também muito cansaço. Isso vem acontecendo direto nos últimos dias- Diz para o médico e eu a olho, ela não me disse que isso tem acontecido direto.

-Entendi- Diz o médico terminando de anotar alguma coisa em uma prancheta- Peço que me sigam por favor, vamos fazer alguns exames.- Diz o médico que nos leva até uma sala que tinha uma cama branca , alguns aparelhos em volta e uma poltrona do lado.

[...]
Os exames já tinham sido feitos e estavamos esperando o médico voltar com os resultados, estava sentado ao lado de Sn que estava deitada olhando para o teto. Logo o médico entra na sala e eu olho pra ele ansioso esperando alguma resposta, então ele vem até nós e eu me levanto.

-Bom oque está acontecendo com você é normal da gravidez- Gravidez? Eu não acredito.

Meus olhos se arregalaram e se encheram de lágrimas, eu não conseguia acreditar! Eu sou pai novamente e é dá única pessoa que eu amei em toda a minha vida! Olho pra Sn que estava virada para o outro lado tentando esconder suas lágrimas, eu a abraço tentando reconforta-la oque não funciona muito bem... eu não sei se fico feliz ou triste, eu não pretendia ter um filho agora, e tenho quase certeza que Sn por ser muito nova não vai aceitar isso tão bem...

-Oque aconteceu? Vocês não sabiam? Ah sinto muito, não queria que soubessem assim...vou deixa-los a sós.- Diz o médico e sai do quarto nos deixando sozinhos.

-Linda, você tá bem?- Pergunto pra mesma que se vira pra mim revelando seu rosto vermelho e seus olhos encharcados.

-Mikey, eu sou nova demais, eu nem fiz faculdade ainda, como que eu vou criar e sustentar essa criança- Diz ela parecendo estar desesperada com voz de choro.

-Princesa, você não precisa aceitar esse bebê, se você não quiser ter um bebê, eu vou sempre te apoiar e estar do seu lado, tá bom?- Digo fazendo carinho em sua bochecha com meu polegar.

-Eu não vou conseguir Mikey, não vou conseguir tirar essa criança de mim, mesmo que não pareça eu já a amo!- Diz a mais nova que não parava de chorar, e já estava aos soluços.

-Calma meu amor, vamos pra casa e você pensa melhor sobre isso...pode ser?- Digo fazendo carinho nas bochechas vermelhas da minha namorada.

Ela assente e se levanta cuidadosamente da cama com a minha ajuda, falo com o médico que indicou alguns remédios para os enjoos e então fomos pegar o Haru na salinha.

-Oque aconteceu? Porque a mamãe está chorando?- Diz Haru e Sn arregala os olhos deixando um grande sorriso escapar de seu rosto.

-Pequeno...você me chamou de que?- Diz Sn o pegando no colo e eu só observava a cena com os olhos cheios d'agua.

-Mamãe...posso te chamar assim?- Pergunta o loiro em seu colo.

-Claro que sim meu príncipe, claro que pode!- Diz Sn o abraçando e o mesmo agarra seu pescoço.

[...]

Já tinhamos chegado em casa, Sn está tirando um tempo sozinha pra pensar, por mim teriamos esse filho, ganho muito dinheiro com as boates ligadas a Toman, e poderia deixar isso um pouco de lado pra dar atenção ao bebê...mas isso depende da decisão de Sn, que independente de qual seja, eu sempre vou apoia-la!

Sou interrompido dos meus pensamentos com Sn entrando no escritório com um sorrisinho e vem até mim sentando eu meu colo.

-Amor amanhã é o meu aniversário, certo?- Diz Sn, caralho eu já tinha esquecido.

-Certo!- Digo alisando a cintura da garota em meu colo.

-Eu posso chamar todos os nossos amigos pra fazer uma festa na piscina, e no final uma festa do pijama?- Diz a mais nova com um sorrisinho.

-Se todo mundo for ajudar a arrumar no final, beleza- Digo e ela se levanta do meu colo saltitante.- Ei mocinha, e o meu beijinho de obrigado?- Digo e ela volta sentando no meu colo e me dando um selinho longo.

Em seguida ela se levanta novamente e sai correndo, saindo do escritório e fechando a porta.

A babá do meu filho | 𝗠𝗮𝗻𝗷𝗶𝗿𝗼 𝗦𝗮𝗻𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora