Sunny POV
Algum lugar na Rússia
Horário desconhecidoA manhã chegou e quando os primeiros raios de sol apareceram me direcionei para igreja, havia enchido a mochila com tudo que me podia ser útil, mas principalmente com dinheiro e comida.
Observava de dentro do carro o outro lado da rua e quando um homem apareceu forcei os olhos pela falta de óculos ou lentes. Senti o coração acalmar quando reconheci o Antonov, logo saí vendo o oficial me cumprimentar com a cabeça, retribui rapidamente.
- seu amigo vem? - comecei sendo direta, não tinha tempo para conversa.
- sim, ele pediu para te levar até o ponto de encontro - ele disse e eu assenti o olhando seria.
- se tentar algo, te mato - disse rispida, não iria bobear e voltar para aquele inferno.
- sem truques, podemos até ir no carro em que está, você dirige e eu sou o guia - justificou levantando os braços, concordei rapidamente voltando para o carro com o mais velho em meu encalço.
Escutava suas orientações e seguia sem dar brechas para conversas ou soltar informações, mas o homem era falante demais, já sabia que tinha esposa e filho, não que me importasse.
- Iuri! - o mais velho chamou quando paramos em um grande espaço aberto no meio da neve, o pequeno avião mostrava que não era utilizado para viagens comerciais e estava caindo aos pedaços, se eu sobrevivi a uma prisão do exército vermelho e morrer nessa espelunca vou ficar irada.
- Dmitry! - o outro apareceu e eles começaram a conversar, não me interessava nenhum pouco, mas não deixei de ouvir, afinal iria embarcar com esse desconhecido que não parecia bater muito bem, porém a conversa dos bocós nada mais era do que sobre família.
- os papais do ano vão demorar muito? - perguntei entediada e senti os olhos em mim.
- uh, ela é brava, ela morde? - o esquisitão fez piada e riu sozinho recebendo um olhar desesperado do Antonov.
- não, mas ela mata - retruquei e ajeitei a postura vendo o homem parecer entender que não estava afim de idiotices e eles começarem a se despedir.
- pode entrar, tem um banco na frente das caixas - falou e eu assenti.
- hey, Antonov - chamei, nunca admitiria, mas simpatizei com o soldado - boa sorte, e tenho certeza que criou um ótimo filho - falei e o homem sorriu largamente aparentemente feliz por eu ter prestado atenção no que ele disse.
Dei as costas entrando no avião, ele era ainda pior por dentro, mas não era hora de se importar com isso, sentei no pequeno banco que dava para janela e observei Iuri que se sentava no banco do piloto, o homem tentava puxar conversa a todo custo e era friamente ignorado.
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T H E S U N - STRANGER THINGS S.H
RomanceSunny Henderson era muitas coisas, mas egoísta não era uma delas, a garota conhecida em Hawkins por estar sempre sorrindo e ser trainee no escritório do delegado tomou para si a responsabilidade de ajudar sua mãe muito cedo. Durante o conturbado pro...