Sunny Henderson era muitas coisas, mas egoísta não era uma delas, a garota conhecida em Hawkins por estar sempre sorrindo e ser trainee no escritório do delegado tomou para si a responsabilidade de ajudar sua mãe muito cedo.
Durante o conturbado pro...
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Sunny POV Residência dos Henderson 18:00
A semana havia se passado normalmente, ir para escola, ir para delegacia, me distrair no ponto de paz e música alta, mas e eu não conseguia tirar minha conversa com o Harrington da cabeça, me encontrava parada na janela do meu quarto olhando para o nada e quando senti a temperatura mudar fiquei rígida, de novo não.
Meus olhos se encontravam fechados e não pretendia abri-los, quando passou alguns minutos abri e o sangue sumiu de meu corpo ao olhar ao redor e ver meu quarto, mas com a atmosfera do mundo invertido.
Meus olhos retornaram a janela e vi uma grande sombra na tempestade vermelha, me assustei e cai para trás logo começando a me arrastar em direção a porta, já me encontrava chorando em desespero e quando cheguei a porta e a mesma não abriu minhas pernas fraquejaram.
Eu já não tinha ar nos pulmões, minhas mãos tremiam e meu peito parecia perto de se romper de tanta dor, deslizei as costas pela porta chegando ao chão.
Abracei minhas pernas e chorei, queria sumir, queria nunca ter nascido se possível, estava aterrorizada e o medo da morte se fez presente juntamente com o desejo de que fosse pelo menos rápida, talvez assim pudesse descansar.
Acordei notando ser mais uma de minhas visões e estava de frente para janela com Dustin me chamando e aparentemente preocupado, hoje tinha uma campanha de D&D depois de ter me desculpado com Dustin me retirei de casa, não iria pisar na festa que todos estavam falando.
Havia sido convidada diversas vezes e para todos respondi a mesma coisa, "não posso, vou trabalhar até tarde", uma mentira deslavada uma vez que nesse momento dirigia para meu ponto de paz com o banco de trás cheio de chocolates e cobertas, estava pronta para passar a noite olhando as estrelas e ouvindo KISS, assim que cheguei no local tratei de arrumar o capo do carro logo me aconchegando com os diversos chocolates.
Passei algumas horas comendo e cantarolando enquanto tentava esquecer minha crise, mas quando um barulho de carro se fez presente e algo parou na rua de baixo me levantei com medo, olhei para rua de terra e relaxei quando vi que Steve se encontrava lá, mas logo a confusão tomou meu corpo, já que o garoto estava com um aspecto caído e estávamos em uma rua não muito usual.
- Menino rei? - perguntei para o mesmo e me assustei ao ver que ele chorava, instintivamente me aproximei e o abracei sentindo o garoto que cheirava a laque para cabelo se aconchegar e molhar o tecido grosso da blusa branca de tricô que eu usava.
Afaguei o garoto o apertando mais forte e tentando confortá-lo enquanto o mesmo chorava, depois de cerca de vinte minutos as lágrimas começaram a cessar e ele finalmente conseguir formular uma frase.
