1: The Book

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"Eu costumava viver
Como se apenas eu existisse
Mas agora eu gasto o meu tempo
Pensando em um jeito de te tirar da minha mente

Eu costumava ser tão durona
Nunca realmente me entregava
E então você me chamou a atenção
Me dando a sensação de ser atingida por um raio

Olhe para mim agora, estou me apaixonando
Não posso nem falar, continuo gaguejando
O chão sob meus pés está chacoalhando

Tudo o que eu quero, tudo o que eu sempre quis ser é ser alguém para você

Todo mundo está tentando ser bilionário, mas toda vez que olho para você, eu nem dou a mínima, pois tudo o que quero ser é alguém para você

Eu costumava correr por ai
Eu não queria sossegar
Mas acordo todos os dias
Procurando alguma maneira que eu possa ver seu rosto

Eu tenho uma foto sua
Mas eu preciso mais do que isso
Eu preciso conhecer os seus lábios
Nada mais importa para mim, a não ser isso"

Escrevo em um caderno onde expresso meus sentimentos do dia a dia, e não, não é um "diário", mas sim um caderno normal e que contém a capa estampada com uma foto do garoto por quem estou apaixonada e escrito "Querido Brad" (ou seja, de qualquer modo é um diário) que é um garoto lá da escola e nele eu escrevo várias frases, poemas e citações. As vezes penso que a vida é tão ruim em fazer nos apaixonar por pessoas erradas, ou elas não ligam para você, ou elas nem sabem que você existe, ou elas te vêem como apenas amigo, simplismente horrível.

Já falei várias vezes para minha mãe sobre meu problema amoroso, mas ela vive dizendo que sou muito nova para isso. Afinal, tenho quase 17 anos e tenho idade o suficiente para saber sobre o amor e suas consequências.

"Agora estou desmoronando, por sua causa estou desmoronando, saber que eu tenho um sentimento forte por você, mas você nem liga para mim. Saber que eu te amo, mas você não sente o mesmo por mim. Tudo o que eu sempre quis é ser alguém para você"

Escrevo na outra página e acabo por fechar o caderno e colocá-lo sobre meu peito, fechando os olhos e imaginando nossas vidas juntas.

-LOTTIE, O JANTAR ESTÁ PRONTO!   ouço minha mãe chamar do andar de baixo.

Desço as escadas e encontro minha mãe e minha irmã mais nova, Katelyn, na mesa com seus pratos ja postos, pego o meu e me junto a elas.

-Como foi seu dia, Lottie? — minha mãe pergunta.

-Como todos os outros, lições daqui, lições dali...

-E aquele garoto da escola, você o viu hoje? — desta vez minha irmã pergunta.

-Sim, o vi, ele estava muito fofo aliás e estava rodeado de garotas e isso é o que mais me enerva.

-Filha, você sabe que ele não liga para você, por que você ainda continua correndo atrás? — minha mãe dá uma garfada em seu prato.

-Eu não sei, mãe, eu gosto tanto dele que chega até me perguntar se realmente vale a pena...

-Mas você já se perguntou se isso vale mesmo a pena? — ela pergunta novamente e começo a pensar. — Pense mais sobre isso, se você acha que realmente vale a pena, corra atrás senão desista!

Assinto e comemos normalmente e, quando termino, subo para o meu quarto e tento refletir sobre as palavras que minha mãe acabou de falar.

...

Cheguei na escola um pouco mais cedo, encontrei Ashley, Brianna e Summer conversando em um canto.

-Lottie! — Summer exclama assim que me vê.

-Olá!

-Estávamos conversando quando seu "crush" veio encher o saco, ele parece ser aquele tipo de garoto que não contenta apenas com uma garota. —  Ashley diz.

-Sério? E onde ele está? — pergunto.

-Bem ali. — ela aponta para um local onde Brad se encontrava a conversar com umas 4 ou 5 garotas.

-Mulherengo, como sempre. — Brianna retruca.

-Enfim, vamos falar de outra coisa, não quero falar sobre ele. — admito.

-Okay... bom, ontem eu e Ash estávamos indo em minha casa para fazer aquele trabalho de história e minha mãe disse que meu primo tinha chegado de viagem e estava em casa, quando ele apareceu, essa maluca começou a comê-lo com os olhos e fazia de tudo para puxar assunto com ele. — Brianna aponta para Ashley.

-Não tenho culpa se ele é super gato. — ela se defende.

Começamos a conversar sobre variados assuntos sem tema, até o sinal tocar e irmos para a nossa sala, temos sorte de sermos todas da mesma sala, mas o meu azar é que Brad não e é o que me deixa triste por não poder vê-lo. Assim que chegamos na sala, demos de cara com o professor de matemática, que começou a explicar a nova matéria assim que a sala encheu.

Na hora da saída, saímos todas juntas pois combinamos de ir ao shopping ver um filme e pude ver Brad com um grupo de garotas como sempre, mas desta vez ele está com um de seus amigos, o Tristan. Desvio o olhar e tomamos nosso caminho até o ponto de ônibus.

Ah se ele pudesse vir conosco.

Começo a pensar em relação a isso, seria demais curtir um dia com o Brad enquanto nos divertimos dando uma volta por ai, porém percebo que possa ser impossível, pois ele vive rodeado de garotas e há uma possibilidade dele estar apaixonado por alguma delas. Com esse pensamento, acabo por ficar triste pois nunca terei uma chance com ele.

...

Dear Brad (Brad Simpson) Onde histórias criam vida. Descubra agora