CAPÍTULO 9

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A L E N A

O restante do "evento", agi no automático, e quando voltamos a mansão, ignorei meu chefe indo em direção ao "meu" quarto, após ele não me deixar voltar para meu apartamento. Sério, esse cara é ridículo, mas não pretendo esperar sentada, que ele tenha a boa vontade de me liberar. Não mesmo. Então quando me sinto segura, saiu do quarto.

— tudo bem senhorita?! — assim que chego a sala, vejo Angelina.

Fodeu! Essa mulher não tem vida?

— só estou cansada. — sou sincera e caminho em direção, em que espero ser a cozinha. — minha cabeça está cheia, e preciso relaxar.

— quer que esquente um leite, ou faça um chá?! — apressa a me auxiliar, porém eu neguei sorrindo o mais gentil que consigo, enquanto abro e me sirvo de um suco pronto.

Anos ao lado da Vanessa, talvez tenha me dado alguma experiência em fugas e escapulidas. Minha madrasta era algo que tento ao máximo não recordar, mas quando me vejo em situações como essas, ela é a primeira que me vem a mente. Desde os meus cinco anos até os dezoito, aquela mulher fez da minha vida um inferno, inventando todo os tipos de armações para me distanciar do meu pai, até mesmo os empregados da casa me odiavam, e sempre estavam me vigiando para ela, e aquilo era tão frustrante.

— Angelina, eu... Preciso ficar sozinha. — pego um copo com suco de maracujá, e dou um suspiro exausta. — queria conhecer o jardim, se for possível. — ela me avalia desconfiada, antes de assentir.

Quando chegamos, havia reparado que agora a noite a movimentação dos seguranças estava bem menor, com apenas dois em cada saída, e provavelmente terá em algum centro de monitoramento. No jardim, observo ao meu redor, vendo a beleza elegante do lugar, enquanto Angelina se mantém a uma nem tão curta distância.

— eu... Não consigo relaxar, escutando sua respiração. — reclamo inquieta. — puxa vida mulher! Não tem como eu fugir! Tem câmeras nada discreta por toda a área, seguranças em cada saída. Minha cabeça está um caos, então... Por favor! — deixo meu olhos encherem, o que não é tão difícil depois de tantos transtornos, e vejo ela ficar inquieta.

— não precisa chorar. — pede nervosa a primeira vez. — vou me retirar.

Não volto a olhar para ela, mas vejo sua sombra se distanciar. Aleluia! Pego meu celular no bolso do roupão, e começo a olhar o que a Jéssica me mandou. Ela já está na rua próxima me esperando, mas agora vem a questão. Como que cacete, eu faço para escapar dos seguranças?!

"— amiga, eu soube que a coordenação do torneio, convidou o Ares, ele ainda não havia marcado presença, porém, vai que temos a sorte?!" — Jéssica manda um áudio, fico inquieta e com os pelos eriçados só pela lembrança de estar com o lutador.

"— da última vez ele me deixou na mão, não sei se me animo com isso." — reclamo, enquanto agora caminho pela área ao redor da mansão. "— e tem o Dante. Eu não sei o que fazer." —  completo inquieta, começando a caminhar pelo jardim. 

"— sou uma égua por estar defendendo ele, mas saiu em uma site de fofocas, que o lutador teve problemas familiares, e por isso não havia marcado presença no evento de hoje." — justifica, e suspiro encostando em uma parede, próximo a uma academia ao ar livre. " e sobre o seu chefe, vocês ainda estão se conhecendo, não seria tão ruim se você realizasse sua fantasia com o lutador, antes de iniciar uma parada mais seria." — suspiro olhando o enorme diamante no meu dedo, que por mais que tente não consegui retirar.  

INTENSO DESEJO |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora