CAPÍTULO 15

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A L E N A

Dante maneja seus dedos longos, batendo em um ritmo constante, na borda da minha mesa. Estamos no encarando, como desafiantes, e me divirto com isso, mesmo evitando olhar suas mãos, e o anel de compromisso do seu anelar cintilando. 

— sem chances. — declaro, e ele continua me olhando.

Seus olhos são um azul intenso, e as vezes sou um pouco fascinada pela forma que arruma seu óculos de grau. A única coisa que sei sobre ele, é que se tirar seu óculos, ele fica totalmente a deriva, e talvez eu tenha "perdido" seu essencial acessório, apenas para me vingar de algum dos seus desaforos. 

— porque não usa lente?! — questiono ainda encarando, e tentando mudar de assunto. 

— meus óculos te incomoda?! — devolve outra pergunta, e por um instante parece ansioso por minha resposta.

— não. Deixa você mais humano. — dou de ombros, ainda encarando seu rosto singular. 

— não sei se percebeu, mas eu sou humano. Eu tenho sentimentos, desejos, defeitos, entre outros milhares de fatores, que me fazem ser apenas mais um em um milhão. — eu desvio meu olhar do seu, enquanto gargalho.

— sinto muito, meu querido noivo/chefe, eu não sabia. — debocho, e ele revira os olhos. — eu tenho a leve impressão que não existe um milhão de você por ai, ou já teria tido assassinatos em massa. 

— pós sou humano, tão humano quanto você, e nesse momento, eu desejo provar sua boceta doce. — sinto meu corpo traidor reagir a sua proposta, e me recrimino por isso. 

— já disse que sem chances. — declaro, me distanciando o máximo que posso, para que seu olhar intenso sobre mim não me faça cair em tentação. 

— eu vou passar três malditos dias longe, e só quero ter a lembrança do seu gosto na minha boca. — eu vi ele deslizar a língua por seus lábios, e meu ventre contraiu como o bastardo que é. — é um preço justo, por ter ignorado o fato de ter fugido o final de semana.  

— você sabia o tempo todo onde eu estava. Não seja dramático. — reviro os olhos, e antes que complete a ação, já sinto seus lábios nos meus.

Eu sou uma merda de uma mulher sem palavra, porque se em um momento juro que vou esquecer sua declaração a mais de uma semana, quando sinto seus lábios nos meus, pareço derreter. Sua língua desliza na minha, minha mente gira e escuto um gemido desesperado. O gemido é meu, que parece proposital para me entregar, mostrar o quanto eu gosto dos beijos do Dante.

— me deixe Alena. — pede, e seus lábios estão descendo por meu pescoço.

Eu me pergunto quando ele deu a volta na mesa, e ficou entre minhas pernas?! — Perdi a capacidade de me alto perguntar, questões bobas, porque as suas mãos quentes estão nas minhas coxas, e como uma desesperada, me vejo abrindo minhas pernas, para dar mais acesso ao seu toque.

Dante. — minha voz sai baixa e sôfrega, e sinto seus dedos ágeis abrir os botões da minha blusa. — não podemos. — tento usar minha racionalidade, mas seu ataque entre meus seios não param, e sinto minha pele toda quente e ardente por ele.

— porque não podemos?! — abro meus olhos, sentindo falta da sua boca na minha pele, então assisto ele umedecer os lábios, olhando meus seios agora expostos. — eles são tão lindos. — sorriu pensativo, como se lembrasse de algo.

— o que es... — senti sua língua tocar meu mamilo, e percebo que estou lenta demais, ou ele rápido demais, porque nunca consigo acompanhar ou prever o que ele fará em seguida, mas meu corpo treme ansioso por mais. — hoooo! — eu mordo o lábio para conter o gemido, porque ele suga um e massageia o outro com sua mão enorme, e isso me leva a uma imensidão de prazer. 

INTENSO DESEJO |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora