CAPÍTULO 25

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DANTE SALVATORE;

Assim que tenho acesso ao celular da garota, consigo assistir de primeira mão, seu diálogo apressado, e cheio de justificativa com o desgraçado do Alejandro. E mesmo feliz por descobrir, também estou decepcionado por alguém tão próximo ser capaz de ser tão leviana.

"— garota burra!" — o sotaque forte espanhol, parece arrastado. "— o transmissor não está funcionando." — sua voz, causa uma sensação ruim no meu estômago, mas me recupero, porque nunca estive tão perto de me vingar.

"— me desculpa mestre, coloquei exatamente como me ensinou." — a voz da Anita sai chorosa e assustada.

"— imprestável! Não consegui seguir uma única ordem minha, e acha que pode ser minha preferida?!" — suspiro irritado, com o que essa maldita garota idiota foi se meter.

"— mestre. O aparelho deve está com problemas." — tenta submissa.

"— ou deve ter sido descoberta." — indica, parecendo preocupado.

"— não tem chances. O próprio Salvatore, me chamou para sua casa hoje." — justifica, e escuto o Alejandro suspirar.

"— ele é manipulador. Nossa única linha segura é esta, então tenha cuidado."  — sorri, por sua linha segura está muito bem corrompida.

"— sim mestre. Poderei vê-lo hoje?!" — implorou, e me pergunto o que leva uma garota como ela, se envolver com um doente como aquele.

"— não se ofereça, quando quiser, mando chama-la." — repreende a garota.

"— sim mestre." — confirmou, antes que ele desligasse.

Relaxo com certa satisfação na cadeira. Meu coração está acelerado, e olho agradecido para as duas preciosidades que dormem na cama, porque sem elas não teria conseguido. Envio todos os dados para o Rodolfo, e vou deitar pertinho delas, garantindo que estão seguras, e apesar de tudo está tão conturbado, me sinto relaxar, e pegar no sono com suas presenças apaziguadoras.

...

ele vai ficar tão bravo. — escuto, é a voz da minha namorada e algo está tocando no meu rosto. — mas até que está bonito, se é que tem como ficar feio.

— você da um chazinho a ele, e cura a braveza. — quero xingar, porque sei que se a Jéssica também está no quarto, coisa boa não é.

— ele vai tirar minha alma nesse chazinho. Já viu o tamanho dele?! — protestou, e quero rir mais me seguro, sentindo algo macio passando no meu rosto.

ele está lindo, né Gi?! — sinto a mãozinha pequena da minha filha, tocando meus cabelos.

— o que estão fazendo?! — abro meus olhos, enquanto falo e vejo as três pularem da cama assustadas.

iiii, fud... — a Jéssica, segurou a mão da Giovana, que depois de dar um pequeno aceno culpado, correram as duas como se tivesse visto uma fera. — Au revoir, les enfants! bateram a porta, e fugiram.

sabiam que iriam me deixar sozinha nessa. — Alena resmunga com carinha de menina danada. — bom dia amor?! — sorriu, mordendo seu lábio delicioso, e me sinto desejoso por beija-la.

— o que estavam aprontando?! — levanto, e vou em direção ao espelho, ignorando minha fome por agarra-la, porque meus lábios estão estranhos, para dizer o mínimo.

— olha, só quero deixar claro que foi por influência das outras duas. — levantou as mãos em rendição, e tento não pensar na sensação que meus cílios estão pesados, enquanto sigo meu caminho.

INTENSO DESEJO |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora