CAPÍTULO 38

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DANTE SALVATORE;

Eu inspiro o cheiro bom da minha mulher, e seguro com tudo de mim para não se deitar ao seu lado e abraçar seu corpo. Sua barriga está crescendo e tão linda, saber que meu filho está crescendo aqui, guardado e protegido, só me faz querer voltar o mais rápido possível para ela.

— Eu amo você. — Eu toco seus lábios, meu peito apertado em ver seus olhos inchados.

Acaricio sua barriguinha redonda, descoberta pela minha blusa que ela usa. Meu perfume está na mesinha de cabeceira, junto a nossas fotos juntos, e peço perdão a ela internamente por vê-la sofrer e não poder fazer nada para mudar isso.

Me despeço com um beijo na sua barriga, e me obrigo a ir pela porta de acesso até minha filha, que me espera empolgada. Minha espertinha me flagrou a primeira vez que vim vê-las, já Alena sempre está cansada demais para estar acordada, e mais uma vez me culpo por isso.

— Meu irmãozinho, papai. — Me entregou as fotos da ultra, e senti as lágrimas brincarem nos meus olhos.

— Obrigado, minha princesa. — Eu beijo seu rosto, e guardo as fotos no bolso da jaqueta, após olhar mais uma vez. — Mamãe está muito triste. — Seus olhinhos se enchem, e os meus fazem o mesmo.

— Só mais alguns dias. Cuida dela amor. Eu preciso deixá-las seguras, então preciso ficar invisível por mais um tempo, até mesmo para a mamãe. — Eu toco seu rostinho pequeno. — Amo você. — Ela toca seu peito, e em seguida o meu.

— Vou cuidar dela. — Sorriu e abraço ela mais uma vez, sabendo que tenho que sair.

Vejo ela ir para o nosso quarto, e observo deitar e abraçar minha garota. Um pouco de alívio se instala no meu peito, mas é insuficiente para que acalente a dor de ser obrigado a estar longe delas e do nosso bebê ainda em seu ventre.

Pelas passagens secretas e túneis, sai mais uma vez da minha casa, deixando meus tesouros seguros. Não queria esconder da Alena que estou vivo, mas não seria seguro estar com ela, porque um mal invisível está sempre à espreita, observando tudo e todos e não sei onde encontrar, mas sei que a única salvação da minha mulher, é não ter consciência da minha existência.

— Onde estava? — Angelina me averigua, assim que me ver chegar.

— Com minhas meninas. Não aguento mais Angelina, cada lágrimas que a Alena derrama, sentido saudades e culpa, é um pedaço do meu coração que se desfaz. — Eu assumo, pegando as fotos no meu filho e parando para olhar.

O corpinho tão pequeno, tão único e inocente que não sei como reagir. Sabia que ela havia ido fazer ao médico acompanhada pelo Kaled, e senti os ciúmes e a raiva me deixar atado por não ser eu a estar com ela. 

— Só mais um pouco. — Angelina promete, e puxa o computador para próximo a nós. — Eu estava procurando alguma ponta solta. Alguém próximo, e não encontrei nada, então fui em busca do argentino, e ele rastreou um ponto de acesso as câmeras da mansão.

— A mesma tecnologia de ponta que o merda do Alejandro usava para ter acesso a mim. — Relembro o cartão de acesso a empresa, e os microchip transmissores que a Anita usava.

— Ele conseguiu rastrear? — Angelina negou, mostrando os dados que hacker mandou.

— Ele disse que é tecnologia militar. — Fecho meus olhos nervosos, sem saber até que ponto estão tendo acesso a minha família. — Ele disse que apenas os pontos de câmera externa, e ligadas a central geral, as suas câmeras não estão sendo invadidas. — Mesmo com pouco de alívio, ainda não é o suficiente. — Ele instalou um novo programa, e agora sempre que invadirem, iram ver a imagem gravada e também irá um código rastreador.

INTENSO DESEJO |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora