CAPÍTULO 4

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A L E N A

A cada passo que ele dá em minha direção, dou dois para trás, até que me sinta encurralada contra a porta de vidro. Não sei o que ele pretende, ficando assim tão próximo, deixando que seu cheiro me deixe pensando besteira, e estou sempre tendo que me recriminar por isso, porque por algum motivo absurdo, estou sempre esquecendo que estou aqui contra a vontade, e passo a observar mais e mais esse indivíduo que mantenho com orgulho muito ódio acumulado.

— você não obedeceu. — comenta de forma calma, e tento pensar sobre o que ele está falando. — pedi que tomasse banho, e fosse se juntar a mim no jantar, porém resolveu ser uma menina danada, e invadiu meu quarto. Sua sorte, é que gosto muito da sensação de tê-la no meu espaço. — pegou no meu cabelo, e brincou com as pontas, antes de soltar e se distanciar.

Solto o ar, que nem sabia que estava preso. Tento pensar na confusão que está agora meu corpo, porque apesar de meu estômago está com um tremor de medo, minha pele está arrepiada, e minha intimidade está úmida e pulsante. Que merda maluca está acontecendo comigo?! É alguma doença psicológica, e quando estiver livre, vou prontamente procurar um psicólogo, ou melhor um psiquiatra, porque me sentir atraída por meu sequestrador, ou pior ainda, meu terrível chefe, é algo a ser estudado.

— estava procurando meu celular. — aviso, tentando continuar com o assunto. — você que está invadindo minha vida, meu celular e tudo que não é da sua conta. — enfrento, e ele me ignora, indo em direção ao closet. — ei! Já que estou sendo mantida em cativeiro, ao menos fale comigo. Me diga o maldito porque estou aqui, ou me diga onde enfiou meu celul... — minhas palavras são cortadas, quando vejo ele retirar sua toalha com despreocupação, e começar a secar seu corpo, em cada lugar, deixando sua perfeita bunda redonda a minha disposta visão.

— ele está no cofre. — apontou a pequena portinha, entre as prateleiras.

— eu... Eu. — não consigo parar de olha-lo, as costas largas, o corpo terrivelmente definido. — preciso da senha. — consigo falar, mesmo sentindo meu coração acelerado demais, na verdade todo o meu corpo parece que entrará em combustão a qualquer instante.

— tem cinco dicas nesse papel. — ele pescou uma folha com alguns rabiscos, e virou me entregando.

Sim, eu me engasguei! Seu pênis está duro, e tem veias por todo o maldito comprimento. Eu amo veias! A cabeça é mais fina, e o corpo grosso, e longo. Caramba! Apesar de já ter dado uma olhada na sua mala, nunca tinha imaginado, que ele tinha realmente algo tão significativo escondido.

— porque não veste algo?! — minha voz sai rouca, e coço minha garganta, tentando ter alguma unidade nela.

— não sei se lembra, mas esse é meu quarto e meu closet. Então, acho que tenho o direito de estar como me sinto mais a vontade. — sorriu pretensioso, levando as mãos ao quadril, e sua anaconda move-se exibida.

— e precisa estar assim?! — não consigo parar de olhar e desejar, esse maldito bastardo, todo delicioso desse jeito.

— culpa sua, que está me olhando parecendo uma gata faminta. — acusou, e levanto meu olhar, brava por ele está falando a verdade sobre a forma que estou olhando.

— você é um bastardo! — grunhe irritada, indo para o cofre.

— você terá três chances, se tentar uma quarta ele vai alarmar. Fique a vontade. — pegou a toalha e continuou pelado, saindo em seguida do closet.

Tento limpar minha mente e esquecer aquele gostoso do inferno. Olho as dicas no papel, eliminando as que não tem chances, e acho tudo isso muito ridículo, queria chutar as bolas desse infeliz e sair desse mausoléu. 

INTENSO DESEJO |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora