CAPÍTULO 8

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A L E N A

Ele não dá tempo para que pense em algo, sobre suas palavras. Dante parece ainda maior que o costume, quando enfia a mão em seu bolso e desliza um anel no meu dedo, e engasgo olhando o diamante. Odeio sua prepotência, de sempre achar que já sabe de todas as suas respostas, antes de todos.

— eu não disse que havia aceitado. — protesto, tentando tirar minha mão da sua palma quente.

— você irá. — garante com sua costumeira arrogância. — agora tire essa sua carinha emburrada, porque quero uma noiva sorridente ao meu lado, e se o que incomoda é o anel... — ele segura minha mão, impedindo que tire a joia. — você verá que ela será muito útil. Então querida, não se atreva a tirar. — sorriu antes de selar nossos lábios, e tremo de vontade de passar a mão no lugar, para tirar qualquer vestígio seu, mas isso borraria minha maquiagem, e ele não vale tanto.

bastardo de merda. — resmungo, vendo ele sair do carro, e logo vindo abrir a porta para mim.

— você é tão doce, querida. — sorriu pegando minha mão, e levando aos lábios. — uma pena que para ter o mel, temos que enfrentar as abelhas. — deu um risinho e desejei tirá-lo com um soco.

Respiro fundo, e sinto minha mão ser colocada em seu braço quente e forte. Eu não quero imaginar como é seu corpo, agora que está tão próximo ao meu, e sinto perfeitamente seus músculos junto a mim, enquanto caminhamos devagar. Odeio ter a imagem dele sem roupas na minha mente, porque é incomodo imaginar aquilo tudo, por baixo da sua roupa e desse humor infeliz.

que lugar é esse?! — sussurro, porque parece que estamos sendo observados a cada passo, enquanto entramos na enorme mansão.

— saberá em breve, querida. — me olhou com mistério, e levou sua mão ao meu rosto, acariciando minha bochecha com o polegar. — não esqueça, você é minha noiva, então terá que agir como tal.

— eu ainda não aceitei. — em toda a sua altura, vi ele revirar os olhos para o meu protesto. — babaca.

— você também é adorável. — beijou minha testa, antes da enorme porta ser aberta. — hora do show. — decretou, e entramos no grande salão.

Eu não sei ao certo, mas todos os olhares estão direcionados a nós, a ele, para ser mais exata. Minha coluna parece arrepiar, e sinto que os olhares avaliativos são duros e misteriosos, e parecem desejar ver minha alma. Todos estão luxuosamente vestidos, e parecem esnobes demais para estamos no mesmo lugar, e isso me incomoda.

— senhor Salvatore. — um homem aproximasse com um sorriso falso. — fico feliz que tenha vindo ao nosso encontro, e mais ainda por ter trazido sua misteriosa noiva. — o homem me olhou, e por um instante quis escorregar e me encolher atrás do Dante, me sentindo invadida por sua forma de me olhar. 

— tem amor a vida, Joel?! — a voz de Dante soou ríspida, e seu braço se envolveu na minha cintura, de uma forma possessiva.

— é claro. — o homem sorriu nervoso para o meu chefe. 

— garanta que seus olhos não passem por ela, ou será a última coisa que verá. — meu corpo estremeceu, e agora não sei se tenho mais medo do olhar do velho a nossa frente, ou o aperto do Dante sobre mim. — não divido ou vacilo com o que é meu. — o cheiro que vem do seu corpo preenche meus pulmões, e em meio a toda tensão, tento não ofegar. 

— me desculpe senhor, não me atentei a situação. — me tornei invisível, e não apenas para o homem que agiu com descaramento, mas para todos os outros que pararam para escutar a conversa.

INTENSO DESEJO |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora