CAPÍTULO 24

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ALENA;

Sei que está falando a verdade, eu sinto dentro de mim. Talvez esteja errada, estou no meu direito de errar, mas também estou no de acreditar nele. Dante é misterioso e ao mesmo tempo transparente, porque mesmo quando é cheio de segredos, conheço sua índole e sinceridade.

— acredito em você. — defino, e vejo o alívio banhar suas expressões. — mas não garanto que não liguem ela a você. Afinal, era sua secretária, e saiu de uma forma nada discreta, ainda fazendo ameaças. — completo, porque mesmo sentindo meu estômago embrulhado com a imagem que vi, me preocupo com ele.

— obrigado por acreditar em mim. — aproximou-se e selou nossos lábios em um carinho terno. — você não imagina o quanto sua confiança é importante. — levou o rosto ao meus pescoço, e inspirou meu cheiro, fazendo seu costumeiro ato estranho, que agora tanto me acalenta.

Quando era apenas sua secretária, as vezes eu flagrei ele inspirando próximo aos meus cabelos, mas achei que fosse apenas coincidência, porém, agora que sei dos seus sentimentos por mim, muitas coisas fazem sentido, como a forma que sempre me fazia se aproximar para explicar alguma coisa, e depois acabava bravo por alguma coisa ridícula. Tesão reprimido da isso, mas estou trabalhando muito bem, para consumir tudo que havia guardado. Não é nenhum sacrifício.

— solta ela cunhado. — a voz divertida da Jess chega até nos, e sorri, sabendo que o Dante achou sua nova vítima de implicância. — não se desgrudam. — ela também implica com ele.

— oi coisinha. — vejo seu rosto mudar de cor, e ela joga uma banana em direção ao meu namorado/chefe/noivo. — não fica brava, só não lembro seu nome. — provoca, e ela revira os olhos mostrando a língua.

A Jéssica gosta de estar aqui, porque disse que é o centro de homens bonitos, que levam e trás ela para onde deseja, e Dante disse que seria muito bom ela aqui conosco, em especial com a pequena que ama Jess de paixão. A cirurgia dela será em três dias, e estou um poço de nervosismo, mas é melhor que tudo dê certo, porque convencê-la foi uma prova de fogo, e tive que trabalhar para justificar essa lista diferente. 

ei! Olha o exemplo a criança. — repreendo os dois, porque a pequena está observando tudo.

— esse... Esse! Eu me arrependo de ter dito para dar uma oportunidade a ele. Deveria ter ajudado você naquele plano. — Jess olha assassina para o Dante, e sinalizo com o olhar para que não conte a ele.

— que plano?! — ele está todo curioso, mas não é o momento para saber dessa bobagem.

— usar você como alvo humano. — eu e Dante fizemos uma pequena careta, porque a imagem do outro corpo veio em cheio. — mas ainda está em tempo, se continuar com essa sacanagem. Só não tomo minha Alena de volta, porque você me facilitou uma, e estou em divida, mesmo você sendo um bobão.

Convenci a Jess, que o Dante faz parte de um grupo seleto de ricos, que fazem essa caridade. Foi um pouco difícil, e tive que pedir ajuda a Angelina, que mostrou dados no grupo, e explicou que apenas pessoas da escolha deles, entrava nessa lista, e que os órgãos eram doados, com uma menor burocracia. Ela aceitou, e acreditou, mas não vou mentir que meu coração se aperta por não falar toda a verdade, mesmo que agora, não sinto que estou com o Dante, por uma exigência sua, e sim porque realmente aquele homem ganhou meus sentimentos com rapidez.

Jess! Já disse sem palavrões. — tento mais uma vez, tirando o foco do assunto. — vocês parecem crianças.

— vou ficar com a Gi. — fez uma cara emburrada, e foi para junto a pequena que aceita de bom grado a companhia em frente a TV.

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