Capítulo 17

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                               ~•~

Quando ela acordou já era tarde, o sol estava no meio do céu e a hora do almoço deveria ter sido passada há muito.
Sua primeira ação atrasada do dia foi se lavar completamente, afinal seu corpo estava úmido de suor e os lençóis caros de Naruto grudavam em suas costas; Não lembrava do que tinha sonhado naquela noite, mas deveria ter sido ruim.
Depois, quando uma serva entrou no quarto para perguntar quando ela gostaria que a comida fosse servida, Hinata pediu para que antes de qualquer coisa ela trocasse os panos…
Dando ordens como se aquele fosse sua casa…

– Agora essa é a minha casa, e tudo isso é real. – O máximo que ela poderia fazer seria tentar não ser mandada embora, e se acostumar com essa gaiola de cristal.

Jogada, novamente, na cama por horas, teve muito tempo para colocar em prática o viés de pensamento certo sobre seu "amante". Sim, era seu amante já que ela seria a dele.
Naruto era um homem com lábios doces para tudo, menos para falar. Um temperamento difícil e um comportamento discutível também poderiam ser citados, mas não deveriam se sua missão fosse imaginar-se com ele.
Ele era dono de um bom físico, inegavelmente atraente para a maioria das mulheres, ela incluso. Diferente da palidez e expressão dura dos homens que estava acostumada em sua terra, o príncipe era quente e bronzeado de sol. Um sorriso caloroso o suficiente para derreter uma geleira no rosto, e mãos grandes que poderiam rodeá-la com facilidade mesmo que ela não fosse tão magra quanto a maioria das mulheres.

– É uma pena esse encanto se quebrar sempre que ele precisa formular mais de duas frases. – Naruto estava longe de ser inepto, mas, seu desprezo quase total pelo como suas falas poderiam soar cobrava seu preço.
Sinceramente, aquele exercício estava mais próximo de um catálogo de motivos para não se atrair por Naruto Uzumaki do que o contrário.
Certo, de volta às partes dele que ela gostava:
A recente sinceridade e cordialidade que eles vinham mantendo era o mais importante. E, principalmente, o sentindo de quando ele lhe olhava agradecido e gentil quando ela fazia algo bem, era agradável.
A voz rouca que causava arrepios em sua espinha era um ponto a se considerar; E, mesmo a contragosto de suas bochechas coradas, aquela língua suja que despejava barbaridades a todo momento lhe deixava alucinada. Além do mais, aquele olhar de pura adoração que ele dirigia ao apreciar sua beleza fazia muitas cócegas em seu ego, como se ela estivesse sempre perfeita aos seus olhos.

Ainda com a visão cerrada, imaginou que fosse ele adorando o seu corpo, com as mãos e a boca como ele parecia gostar.
Ele a diria novamente que era linda?
Mostraria aquele rosto satisfeito quando ela o fizesse se sentir bem?
Se agradaria de todas partes sofridas de seu corpo e diria que ninguém mais poderia tocá-las sem morrer?
Ela a protegeria e diria que é só sua enquanto o desejasse, assim como Ino havia lhe prometido? Ele faria?
Em seus pensamentos profundos ele estava, cobria todo o seu corpo com seu peso e sussurrava todos os tipos de coisas, das mais depravadas até as mais bonitas.
A queria como ninguém nunca quis, fazia questão dela, que fosse ela, que amasse o que estava recebendo.

Teve muito tempo para perceber que o Uzumaki não estava de volta, então se suas previsões estivessem minimamente certas o veria apenas no cair da noite. Então sua fantasia que era quase real, que quase estava lá acrescida pelo entusiasmo e a ânsia de se sentir única fluiu como um rio.

                                ~•~

Quando Naruto chegou, apenas soltou alguns grunidos sobre como parecia que alguém tinha tentado abrir seu crânio com um machado, tirou as roupas pesadas e caiu na cama.
Hinata decidiu não perturbá-lo, apenas deitar ao lado dele em silêncio enquanto quase podia ver sua cabeça latejar de dor.
Teve muito tempo para pensar sobre ele já que não havia muito mais a se fazer
E agora o tinha deitado ao seu lado descansando da viagem com os olhos fechados e aos poucos…adormecido.
Inquietante era uma boa palavra para a situação.
Tentou deitar-se de bruços e se entregar ao sono, mas o atrito entre o tecido da camisola, o colchão e sua pele era desconcertante.
Ela tinha desencadeado isso com tantos pensamentos sobre Naruto e aqueles toques singulares com Ino, uma tensão não resolvida nos músculos, era a primeira vez que experimentava e agora ela conseguia compreender uma fração do que Naruto falava sobre não saciar as vontades do corpo.
Desistiu da ideia de dormir pelo resto da noite, o interior de suas coxas continuava molhado e Naruto ressonava dormindo como uma criança ao seu lado. Seria mais tão mais fácil apenas pedir ajuda dele como ele havia pedido a sua, uma semana desde disso e ela ainda lembrava tão bem…
Continuou roçando as pernas juntas buscando algum tipo de alívio enquanto encarava as costas nuas do príncipe e os músculos perfeitamente desenhados ali.

– Vamos, apenas faça! – Murmurou para si mesma enquanto mantinha os olhos fechados, não poderia perder a oportunidade quando finalmente algo tinha dado certo.
Tentou fingir uma tosse ou se movimentar na cama constantemente para atrair sua atenção, mas nada disso foi o bastante contra o sono implacável que parecia ter se apoderado dele.
Tocou na linha de seus ombros, apenas uma leve carícia e sentiu ele estremecer e escolher um pouco.

– Naruto… – Tentou, murmurando próximo ao pescoço dele. – Está acordado? – O que obviamente, ele não estava.
Concentrou-se em mais uma tentativa, duas e até três usando o método suave…

– Naruto! – Mais enérgica dessa vez, sacudindo seu braço e exclamando mais alto. – Preciso de ajuda. –

Ele saltou na cama como se alguém tivesse jogado um balde de água fria em um gato.
– Ajuda? Onde? – Os olhos seguindo todas as direções menos a certa.

A Hyūga teve a decência de ficar vermelha até o raiz do couro cabeludo antes de olhar para o meio das próprias pernas.
– Eu não queria te incomodar com algo assim,mas… –

Ele demorou um longo tempo para perceber, mas assim que esteve ciente não tardou em se aproximar.
– "Use me e eu usarei você", hein? – ele riu.

– Eu entenderei se estiver se sentindo indisposto. – Engasgou com a voz arrependendo-se do momento em que veio ao mundo. – Eu não devia ter falado nada. – Procurou fugir do olhar fixo derramado sobre si sem sucesso.

Usou o polegar e o indicador para erguer seu queixo e roçou a boca levemente na dela.
– Indisposto para servir você? Não diga bobagens.  –
E a beijou para calar qualquer réplica que pudesse vir daqueles lábios em formato de coração.
Ela gemeu doce quando Naruto rolou para ficar por cima e pressionou sua parte íntima levemente usando o joelho.
Continuou balançando-se e arfando abaixo dele quando lhe despiu as roupas pelas pernas e não parou até estar nua.

– Linda, linda, linda. – Ele murmurou enquanto descia uma trilha fumegante de beijos até o local que pedia pela sua atenção rápida.
A Hyūga se contraiu quando ele sugou o nervinho inchado no topo de sua intimidade, mas ele não pararia por aí, não antes de tomar na boca tudo que ela estava oferecendo.

Ele havia mergulhado entre suas coxas e usava a língua como se estivesse com sede.
– O que você está fazendo? – Traduzindo-se de murmúrios rotos que levaram tempo para tomar a forma de uma frase

– Estou experimentando você. – Notou na expressão dela que aquelas palavras não lhe foram muito esclarecedoras. – Nunca lhe deram esse antes, querida? –

A moça balançou a cabeça com dificuldade para afirmar que não.

– Deixe-me te mostrar como é doce. – A lambeu até que estivesse tremendo e suas coxas esmagasse os lados de sua cabeça com força, mãos desesperadas em seu couro cabeludo mostravam que ela estava perto nesse ritmo, assim sendo, contraditoriamente ele parou.
Ergueu a cabeça de entre suas pernas sem se preocupar que o rosto estivesse molhado até o queixo.
– Eu poderia beber a água do seu corpo pelo resto da noite. –
Passou os dedos em sua fenda, não precisaria ir fundo para reunir o bastante para dar a ela.
– Prove dos meus dedos como você é deliciosa. –

Uma pequena resistência, um leve manear de cabeça em negativa, apenas algo que ele não aceitaria.
– Abra a boca e prove. – Os olhos antes azul-céu estavam cinzentos e quase metálicos agora.

Entreabriu os lábios dando passagem para os dedos dele, carregados de sua excitação, e sentiu o gosto em sua língua, era bom.

– Você é minha boa garota. – Ele sorriu mais uma vez naquela noite, encantador e ladino.

Falar menos, fazer mais. Finalmente!
A fez tremer novamente, gritar depois e revirar os olhos em seguida.
Ele próprio estava grunindo contra a intimidade dela, quase rugindo na verdade.
Mais, apenas mais, tiraria tudo dela até não sobrar nenhuma gota sequer.

Seu baixo ventre se contraiu e aquela conhecida sensação de ápice tomava conta de suas veias como fogo.
Quando veio, foi quase como uma onda, esguichando prazer com pressão e um grito rouco.

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Minha única declaração sobre este capítulo: Experimente alguém que te faça esguichar.

Ascendência - NaruHinaOnde histórias criam vida. Descubra agora