Arena em Colapso

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Apesar daquela construção provavelmente não ser o Olimpo, estava longe de ter ornamentos medíocres. A cor branca marfim é destacada ainda mais pelos toques dourado por toda parte, com certeza quaisquer peças deslumbrante ou artes feitas na parede tinham a consistência digna do toque de ouro puro, além de obras retratando o próprio Zeus rodeado por relâmpagos contendo um brilho único deixando claro serem feitos de diamantes. Para completar toda aquele banquete aos olhos de um arqueólogo ou museólogo, estava ali as teóricas serviçais, apesar da aparência humana tinham orelhas pontudas e janelas em sua face que trazem uma grande quantidade de estrelas o que indica serem ninfas ou elfas. Porém, não importa ao Lorde sua espécie ou o porque estavam nuas se banhando em fontes termais, nem todas as fileiras de soldados que chegavam até o trono onde o próprio Zeus cumprimentou o herói minutos atrás.
- Seja bem-vindo, a minha simples residência - Ajeitando a grande barba alva, a divindade o saúda mais uma vez. - Peço perdão, caso não seja o suficiente para recebe-lo...
- De forma alguma. Realmente é um lugar... - O japonês passou o olhar novamente ao lugar e algumas ninfas pareciam chamá-lo o encarando com sorrisos maliciosos. - Diversificado. Porém, não julgo os gostos variados. Como está Apollo?
- Muito melhor, elimine preocupações irrelevantes, foi um aquecimento bom pra ele! - Zeus rir brevemente, comendo algumas uvas.
- Me alegra saber que o ajudei a se aprimorar, será ainda mais interessante nos próximos embates. Enfim, o que deseja falar comigo?
- Pare com esta pressa meu rapaz, aproveite a noite - O deus faz sinal para uma das ninfas - Prove o vinho do meu filho, Dionísio... Acho que como nosso criadores, nem preciso explicar quem ele é, certo? - A ninfa surge com a taça de prata e as pedras de esmeralda em seus contornos. - Acredite, nem um conto se igula a própria degustação em pessoa...
- Não tenho a menor dúvida disso, só peço que de minhas desculpas a ele. Álcool e serviço são coisas que não combinam. - O japonês estende a mão em negação, o que deixa até a moça um tanto entristecida.
- Serviço? Meu caro amigo, não a intervalos em todo esse trabalho? - O deus lamenta.
- Negativo, desde quando o Astron me escolheu nem mesmo dormindo deixo o serviço de lado - De maneira a encher o peito de orgulho um tanto forçado tira gargalhadas do guerreiro. - Confia, meu espírito nem lembra o que é tira cochilos, nem mesmo férias. Segue de olhos abertos, sempre.
- Claro, claro! - Ainda rindo, a divindade vai levantando do trono - Bem, se prefere assim vamos em frente, certo? - A ninfa se afasta e o guerreiro aproxima-se, o pouco de roupa que ele tem serve apenas as suas pernas exibindo os músculos imensos, apesar de ter a mesma altura do Lorde visto em outro ângulo o mesmo é o exemplo da figura divina. Parando a frente do rapaz, ele o diz. - Não sei ao certo, quanto tempo passou entre nós, mas imagino que para um criador tenha enchido seus olhos com tamanha vastidão.
- De fato, é surpreendente que mesmo sem este propósito, ou quaisquer visão otimista a humanidade se supera fácil. - O japonês comenta evidenciando a calma na voz e olhar.
- Exato! Fico feliz que concordamos nisso, e claro, espero concordamos também no dito popular por aqui. A Obra é maior do que o Criador. Veja, por décadas a Terra, berço de tantas galáxias variadas nem tinha contato com nossos embates - Seus comentarios acompanham uma voz sutorna, e ao mesmo tempo os ventos vão se tornando mais gélidos não só naquele local mas na cidade, que se prolonga ao estado, país e em pouco tempo as nuvens cinzentas vão abraçando todo o planeta - É triste, só de imaginar arrancar essa visão tão puritana de nossos criadores. Todavia, o destino não é como desejamos, e sim a partir da combinação de nossas escolhas com as criaturas à nossa volta. Por isso, quero dar a chance derradeira a você, de deixar esse conflito de lado e aceitar a condução de quem detém da sabedoria... - Os ventos frios se intensificam apagando todas as velas do local mergulhando o lugar no breu, e o silêncio reina deixando apenas a grave voz do deus - A menos, que deseje tanto um mar de sangue. - Abrindo as pálpebras o clarão surge do seu olhar liberando faíscas elétricas enquanto trovões rugem por todo planeta, relâmpagos desenham cada paisagem por onde quer que os seres vivos ponham a atenção, era impossível não sentir a presença de Zeus.
Mesmo sem uma única palavra em volta, Lorde pode ouvir os batimentos desenfreados dos soldados e ninfas, além de claro toda a onda de poder focada bem a sua frente como se tentasse o colocar de joelhos.
- Realmente, concordamos nisso - Surpreendente, o herói responde com um sorriso simples - Só não sei se por aqui, a um ditado que é bem recorrente na Terra. Quanto mais alto vai, maior será a queda. - No momento que o silêncio foi retornando os soldados sentem o chão tremer.
Pós em todo o planeta os vulcões despertam se banhando em lava ardente, os ventos frios se chocam com ar quente criando tornados nos oceanos gerando tempestades que liberam tanto raios azuis como vermelhos, na sala escura o rubro emanando no olhar do Lorde não só reacende as velas como evapora a água das fontes e chega a deixar todos presentes cobertos por suor como estivessem dentro de uma fornalha.

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⏰ Última atualização: Jul 06, 2022 ⏰

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