Separados por uma escolha

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Aos poucos Mateus foi abrindo os olhos, depois de um combate com Vírus, ele precisava voltar ao mundo real.
- Parece que ele está com a visão nos conformes - Diz Vitória analisando Mateus - É, sem sinal de mudanças.
- Graças a Deus - Fala Cândida aliviada ajudando Mateus a se levantar da cadeira - Então, o que aconteceu com o Vírus?
Mateus suspira e olhando para as duas ele fala - Ele ultrapassou os limites físicos do cérebro, infelizmente não resistiu por mais tempo.
Vitória sente a dor nas palavras de Mateus, mesmo sendo um vilão, matar ele não o torna melhor que seu inimigo.
- Tá tudo bem - Cândida segura seu braço sorrindo - Você deu seu melhor, ele infelizmente já estava fundo demais em suas escolhas.
Mateus respira fundo e fala - Você realmente é uma das amigas do Gabriel.
- Eu ouvi essa - Diz o próprio se aproximando - Como se sente?
- Nenhuma mudança Lorde - Ele confirma - Porém, o inimigo não resistiu ao combate.
- Entendo, entretanto você foi com a intenção de para-lo, e compriu com sua missão - Gabriel estende a mão - Parabéns, Teus.
- Devo isso a cada membro do Clã - Ele aperta a mão do Gabriel - É uma honra fazer parte dessa equipe.
- Principalmente eu! - Fala João lá do fundo do Porão.
Eles dão risada.
- O que ouve? - Pergunta Mateus.
- Uma bomba de Hidrogênio explodiu perto dele, ele ficou bastante ferido, porém sua resistência ainda é superior. - Comenta Gabriel.
João está em uma maca se recuperando de cada um de seus ferimentos.
- Mereço uma medalha por salvar aquelas pessoas sem cérebro! - João reclama.
- Já disse João - Reprime Gabriel - As pessoas sempre vão temer aquilo que elas desconhecem.
- Elas poderiam pelo menos ver nosso lado da história - Fala Erik se aproximando - Eles pareciam tão felizes falando de nós, e uma hora para outra mudaram repentinamente.
- Humanos tem um péssimo hábito de serem lineares, o que um diz todos devem obedecer de cabeça baixa. - Vitória reclama.
- Fazem isso muito bem por sinal. - Completa Cândida.
- Que ótimo! - Erik passa a mão nas tranças da Cândida - A célula se juntou a nós também.
- Vou nem responder quem é a célula. - Ela diz batendo nele e segurando a risada.
- Obrigado a todos - Comenta Mateus - Eu não conseguiria sem vocês.
- Pode contar com a gente cara. - Erik e ele se comprimentam.
- Vamos derrotar um por um daqueles que vierem nos derrotar. - João toma uma postura mais firme.
- Já foram três, só faltam 2 - Vitória observa - A cada um deles a dificuldade só faz aumentar.
- E se aparecer um inimigo forte demais para vocês? - Pergunta Cândida preocupada.
Gabriel sorri para ela e coloca seu braço entrelaçando em seu pescoço dizendo - Na verdade, nossa maior inimiga já está por aí, esses oponentes estão vindo com a idéia de "Achamos o ponto fraco deles, vamos acabar com eles antes que eles melhorem" de certa forma, eles tem razão, naquele dia fomos derrotados sem nenhuma chance de revanche.
Cândida o olha vidrada, ele parecia mais confiente dessa vez.
- Entretanto, eles não fazem idéia do qual forte somos agora, vamos por um fim nesse jogo - Gabriel fala confirmando os olhares para ele - Ou seja, não importa quem venha, vamos vencer esse obstáculo e chegar aonde quiser.
- A cada passo. - Fala Erik.
- A cada cálculo. - Diz Mateus ajeitando o jaleco.
- Vamos ficar mais fortes. - João cruza os braços.
- Vamos ser os guardiões da Terra. - Yago se levanta.
- Uau, que fofo - Cândida bate palmas sorrindo - Isso mostra que a confiança de vocês melhoraram.
- Ainda bem - Vitória fica aliviada - Já basta as novelas da TV, não precisamos de mais drama.
Eles dão risada.
- Lorde, Mister Death - Fala Mateus - Vocês precisam ficar alerta, agora é o seus oponentes vão chegar.
- Se formos enfrentar um cara que domine o fogo, temos que achar um jeito de não virar churrasco. - Vitória informa.
- Eu não sou de concordar com a Vitória, mas dessa vez ela tem razão. - Comenta Yago.
- Caso não tenhamos nada que projetam cada um de nós, só é colocar os mais fortes na frente. - Cometa João.
- Agora além de estressado virou suicida. - Fala Vitória balançando a cabeça negativamente.
- Achei que o escuridão aqui era Yago. - Zomba Erik.
Yago se limita a mostrar o dedo do meio para ele.
- De qualquer maneira, não vamos esquerda que pode aparecer um inimigo com os mesmos poderes de Yago. - Comenta Gabriel.
- Que tal óculos de calor? - Sugere Mateus - Poderiam ser úteis.
- É, mas não significa que vão ser totalmente práticos na hora. - Comenta Yago.
- Qualquer coisa a gente leva uma lanterna e já está tudo resolvido. - Fala Erik zombando.
- Muito engraçado Erik. - Yago revira os olhos.
- Temos que estar prontos de um jeito ou de outro, quando Vírus chegou não estavamos preparandos, agora temos uma chance de virar o jogo. Conto com vocês. - Fala Gabriel.
- Pode ficar tranquilo Lorde - Mateus se levanta - Vamos está prontos para quando eles chegarem.
- Sempre juntos. - Gabriel estende a mão direita ao centro.
Os outros quatro se juntam e colocam as mãos.
- Meninas? - Pergunta Erik.
- Fiquem a vontade. - Fala Cândida sem graça.
Eles se encaram e jogam as mãos para cima.
Todos se dirigem as suas casas, Yago então entra novamente naquele grande e imenso corredor vazio, ele vai andando e somente seus passos são o barulho dessa vez. Ele olhando para os lados não encontra ninguém, ele sobe então para seu quarto, ao entrar se depara com um rosto bastante familiar.
- Que bom, finalmente chegou, Yago. - Diz um homem que está sentado na cama dele.
- P-pai... - Yago gagueja - Quando o senhor voltou?
- Faz pouco tempo - Ele se levanta - Meu abraço por favor?
Yago o abraça.
- Senti sua falta. - Yago comenta.
- Também - Ele o solta - Então, me conta como vão as coisas.
Carlos Torres. 1,79, pele escura e olhos castanhos, cabelo curto e porte robusto. Barba completa, e aparência calma.
Eles se sentam na cama de Yago.
- E como vai nas escola, fez muitos amigos lá? - Pergunta Carlos.
- Alguns, não sou de andar com muita gente. - Admite Yago.
- Só poucos, mas são os verdadeiros - Confirma Carlos - E as notas?
- Na média, os assuntos não são tão difíceis, até porque andar com Gabriel é tomar vergonha na cara e estudar. - Admite Yago ao lembrar das vezes que ele foi obrigado pelos amigos a fazer as atividades.
Carlos da algumas risadas e depois pergunta - E cadê minha nora?
Yago força uma toce e responde - Que nora?
- Vai me dizer que ainda não perdeu o bv? Que coisa feia. - Carlos zomba.
- Aí já é sacanagem, eu perdir quando tinha 10 anos e o senhor sabe disso. - Yago o encara.
- Meu filho, existe uma lei que diz que quando fica muito tempo sem beijar volta a ser bv. - Zomba Carlos.
- Ha ha ha, engraçado. - Yago revira os olhos.
Carlos da algumas risadas e pergunta - E esse tal de Clã Magma? Soube que essa equipe de heróis está aqui em Galápagos.
- São só um bando de malucos que ganharam poderes, mesma história cliché de sempre. Você ganha poderes, cria uma roupa e sai por aí chutando a cara do primeiro que roubar um banco. - Yago disfarça.
- Verdade - Admite Carlos - Porém meu filho, mesmo que seja uma história cliché no significa que não seja bela. Alguém se preocupa com todos nós, apesar que agora o Clã foi considerado uma ameaça.
- Aquele prefeito deve tá usando muita droga, só pode. - Yago reclama.
- É assim mesmo, mas eles ainda lutam pelas mesmas pessoas que os julgam agora. Isso é o que mais admiro neles, independente de quantas vezes darmos as costas para eles, a luz que a em cada um deles vai brilhar além da escuridão. - Carlos fala calmo.
- Nossa pai, deveria virar poeta. - Comenta Yago.
Carlos da algumas risadas e responde - Eu sou jornalista, já é o suficiente.
A mãe dr Yago entra no quarto interrompendo a conversa e diz - Carlos, seu jantar está na mesa.
- Vamos filho? - Chama Carlos - Ainda temos muito que conversar.
Yago olha a frieza no olhar da mãe, ele engole em seco e fala - Certo.

Clã Magma: Além dos átomos - Terra 3Onde histórias criam vida. Descubra agora