Clã Magma: Além dos átomos - Terra 3

O Cajado da Liderança

O céu está nublado, o vento paira nas copas das árvores aonde as folhas dançam no ritmo da brisa. Gotas de chuva começam a cair lavando as pilastras do semiterio aonde ocorre um enterro.

Todos em volta da cova vestidos de preto com os guarda-chuvas abertos, e vão colocando o caixão dentro da cova enquanto o Padre fala as últimas palavras a avó de Cris, Sabrina e Deivid. Infelizmente o tumor no cérebro tirou sua vida, Cris está chorando sem parar abraçada a Sabrina e Deivid, Sabrina deixa escapar as lágrimas enquanto Deivid olha sério ao enterro da avó.

Mais afastado da multidão, Gabriel e Mateus observam de longe debaixo de uma árvore.
- Ela vai ficar bem? - Mateus questioná ao líder.
- Os primos iram cuidar dela, principalmente Deivid - Gabriel fala o fitando de longe enquanto membros do Clã abram os três dando seus pêsames. - Cada herói tem seus péssimos dias, e agora a vida está novamente testando ela.
- Imagino a dor que ela sente - Mateus suspira e percebe a expressão de Erik ao abraçar a aluna. - Ele sente o mesmo não é?
- Sim - Gabriel confirma fechando os olhos por 5 segundos engolindo tudo e os abrindo novamente. - Partiremos assim que chegarmos na base.
- A liderança vai ficar com Alisonn? - Mateus questioná enquanto também engole a dor.
- Não, conversei com ele e ele concordou em deixar a Sabrina no comando - Gabriel explica. - Ela vai ter mais um desafio pela frente.
Alisonn e Filipe vêm andando na direção dos dois, eles param assim que chegam.
- Ela vai ficar bem - Alisonn comenta a eles. - Vamos tratar dela, podem ir com a mete limpa.
- Sinto muito amigo - Gabriel suspira. - A última coisa que vou ter é a mete leve, somos obrigados pela vida a fazer isso.
- Se não fizermos. - Filipe cruza os braços.
- Ninguém mais fará. - Os quatro falam ao mesmo tempo.
Erik olha de longe para eles e acena.
- Está na hora - Gabriel informa. - Vamos.

Ao chegarem na base dos laboratórios Ômega, todos os 5 primeiros começam a se preparar para partir, eles vão de encontro aos países aonde a possível suspeita de passos do Garos aonde criou mais armas humanas como a Trindade Asiática. Por isso cada um dos 5 primeiros ira a um continente diferente para fazer reconhecimento.
João está preparando a mochila de guerra, usada muito pelos militares brasileiros. Ele deixou seu novo quarto bem arrumado, de todos o dele e de Erik são os prontos com quadros e pôsteres nas paredes.
Fernanda entra no seu quarto e logo vê a imagem de uma mulher com roupas sensuais na parede em cima da cama, ela erguê uma das sobrancelhas e pergunta - Isso é jeito de um herói?
- Isso o que? - Ele pergunta sem olhar para ela.
Fernanda ignora a imagem e volta a atenção para João o perguntando - Já sabem quantos dias vão ficar fora?
João fecha o zíper da mochila e responde - Parece que três dias - Ele olha para ela. - Nada tão exagerado.
Fernanda encostá as costas na parede o fitando.
- O que foi? - Ele pergunta sem entender o olhar dela.
- Quando entrei aqui as coisas que ouvi sobre seu temperamento eram absurdas - Fernanda admite. - No entanto, não vejo isso agora.
João deixa a mochila na cama e anda até ela dizendo - Algumas coisas mudam, eu não mudei - Ele para bema frente dela. - Só me adaptei, se me irritarem ainda mando eles para a casa do cara$#₩.
Fernanda deixa escapar algumas risadas de leve e responde. - Aqui vai ficar chato sem vocês.
João se aproxima e com os dedos erguendo o queixo dela ele a beija, um beijo que dura 15 segundos e depois que terminam ela sorri e se retira do quarto dele, João apenas a observa partir e diz - Espero que quem eu enfrentar seja bastante resistente, não vou está de bom humor.

Enquanto isso, Erik está na cafeteria ele mexe a colher no seu café pensativo enquanto sua perna não para mexendo em alta velocidade.
- Se continuar assim vai abrir um buraco no chão. - Carina comenta se sentando ao seu lado.
Ele volta a realidade ao ouvir sua voz e da um sorriso um pouco forçado para ela dizendo. - Sempre acelerado.
- Ela fez lembrar você quando criança não foi? - Carina se lembra. - Seu pai... Aquele dia.
- Os médicos não queriam dizer a mim que depois de 1 semana da morte dele minha mãe sofreu um acidente e agora está presa a uma cadeira de rodas - Ele da uma risada forçada - Vê ela daquele jeito foi uma das piores coisas que já aconteceu na minha vida e ainda é, porém - Ele olha para Carina. - Ela fez carinho no meu rosto e disse: Só temos duas certezas na vida, uma é que a morte é certeira e a segunda é que um sorriso move motanhas.
Carina olha a alma de Erik refletida em seus olhos e sorrindo para ele responde. - É por isso que você não chorava, não deixava a dor atrapalhar sua vida.
- Se fizesse, quebraria o legado dela - Erik admite - E isso jamais farei. - Ele se aproxima dela a beijando.
Carina o fita sentindo nostalgia ao lembrar dele quando era uma criança, ela então fala - Você sempre foi um cabeça dura.
- E você sempre teve uma risada estranha e nem por isso te julgava. - Ele fala rindo.
- Ei! - Ela bate no braço dele e depois tenta parecer séria.