Hello pescoçudas, como vocês estão? Espero que estejam todas bem.Já tem mais de um ano que eu queria adaptar essa fic pra versão girafa, a autora já tinha me autorizado mas acabei não fazendo.
Agora finalmente ela vem aí!Alguns de vocês já conhecem, mas para aqueles que nunca leram tenho certeza que vão amar assim como eu amei acompanhar na outra versão.
Boa leitura!!!
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"É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela dançante."
(Friedrick Nietz)Eram 3h da manhã e Gizelly não conseguia dormir, era sempre assim, desde que voltara do exército não conseguia dormir ou ter uma noite de sono descente, sempre assombrada pelos pesadelos que a perseguiam. Perdeu as contas de quantas vezes acordara no meio da noite gritando, assustando sua família, que já não sabia o que fazer para ajudá-la. Gizelly conseguia ver em seus olhos o sofrimento e a frustração por não poder fazer nada, na verdade Gizelly achava que ninguém podia ajudá-la a superar esse trauma.
Gizelly tinha 28 anos e havia se aposentado do exército devido a traumas psicológicos causados durante as guerras, em especial a última guerra, em que a foi a única sobrevivente de seu batalhão e ainda não conseguia entender porque só ela sobrevivera.
Perto das 4h da manhã, Gizelly já não aguentava ficar deitada, precisava sair para correr como fazia toda manhã, era sua forma de extravasar todo aquele sentimento. Corria sempre descalço e só conseguia parar quando via seus pés sangrando, aquela dor a fazia ter um pouco de paz interna, pois era aquilo que ela achava merecer. Corria como se sua vida dependesse disso, e para ela, dependia, era isso que a fazia se sentir mais viva.
Gizelly chegou em casa por volta das 7h, todos já estavam em volta da mesa do café da manhã, não esperavam por ela, sabiam como ela era e nunca voltava de sua corrida antes de se dar por exausta. Passou direto para seu banho, precisava se limpar para tentar comer algo e quando retornou à mesa só tinha sua mãe a sua espera, Márcia nunca perdia a esperança de tentar ajudar a filha, apesar dela mesma se julgar um caso perdido.
Gizelly deu a volta na mesa e deixou um beijo estalado na testa de Márcia.
- Bom dia mãe.
- Bom dia minha filha, como você está se sentindo hoje? - Márcia era a única que nunca desistia de tentar conversar com Gizelly, mesmo tendo sempre a mesma resposta, o silêncio da filha.
Gizelly apenas se sentou em sua cadeira e começou a comer, sem pensar em responder sua mãe, sabia que apesar de magoada, ela entendia, afinal era sua mãe, e as mães nunca abandonam seus filhos, por mais difíceis que eles sejam. Tomou seu café da manhã sem muito conversar com sua mãe, não sabia sobre o que conversar e nem queria responder as perguntas que ela sempre fazia, então preferia o silêncio e ter somente a presença de sua mãe por perto.
Após o café da manhã, Gizelly deitou no sofá para assistir um filme que passava na TV e acabou adormecendo, e mais uma vez foi assombrada pelos pesadelos daquela fatídica noite que tirou a vida de seus amigos de batalhão, ainda conseguia sentir a dor de ver todos seus amigos no chão enquanto estava ainda atordoada pela bomba que havia explodido. Sentiu uma mão lhe sacudindo pelos ombros, quando pela surpresa de alguém a tocando no meio de um turbilhão de sentimentos e dor a fez jogar a pessoa em cima da mesa de centro da sala, quebrando a mesa e o braço de quem havia lhe acordado.
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Start Over (Girafa)
FanfictionGizelly Bicalho, uma ex combatente que perdeu todo seu batalhão em uma explosão, a única a sair viva porém não ilesa, seu psicológico sofreu severos traumas que afetou à toda sua família. Ao perceber o perigo que é para as pessoas decide ir embora p...