Capítulo 30

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"A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos."

(Fernando Pessoa)


2 anos depois

– Mamãe Gi – Sofia disse correndo em sua direção.

A morena estava se arrumando para o casamento com Rafaella, tinham optado por uma cerimônia simples e uma festa apenas para alguns familiares e amigos de ambas, nada comparado ao casamento de Mari e Bianca, era um casamento mais a cara de Rafaella e Gizelly.

– O que foi cerejinha? – Disse a morena se abaixando para ficar da altura de sua pequena.

– A mama está vindo – disse apressada.

– O que? – Perguntou surpresa.

– Ela pediu para você colocar essa venda – disse estendendo um pequeno pano que tinha em suas mãos para a morena – Fica de costa, mamãe.

– O que sua mama está aprontando cerejinha?

– A mama disse que eu não podia te contar ainda, mamãe – disse apertando os lábios, como se estivesse guardando um grande segredo.

– Ah foi? – Disse rindo – E cadê ela?

– Aqui – a voz de Rafaella se fez presente no local, fazendo a morena se assustar.

– Coloca a venda, Gi – Ivy que estava guiando Rafaella disse e assim a morena o fez – Vem Rafa, vou te colocar de costa para ela – disse a posicionando – Pronto, agora deixarei a família a sós – disse rindo – Volto em alguns minutos para te buscar, Rafa.

Ivy saiu deixando as duas a sós com Sofia próximo a elas, as duas estavam vendadas e de costas uma para outra para não verem seus vestidos, a famosa superstição de não poder ver o vestido da noiva antes do casamento.

– Conta, mama –Sofia disse impaciente.

– Calma bolinha – disse rindo – Entrega o envelope para ela Soso.

Sofia segurou as mãos de Gizelly e colocou um envelope amarelo em suas mãos.

– O que vocês estão aprontando? – Perguntou rindo.

– Tira a venda, mamãe – Sofia disse rindo animada.

Gizelly tirou a venda devagar para não borrar sua maquiagem, aos poucos seus olhos foram focando no envelope em suas mãos, ela olhou para o envelope e para a pequena a sua frente que tinha um sorriso radiante nos lábios.

– Não deixa ela virar, bolinha – Rafaella disse a advertindo.

– Pode deixar, mama – a menina disse séria – Abre, mamãe – a pequena falou apontando para o envelope na mão de Gizelly.

Gizelly abriu o envelope com calma, e assim que começou a ler não conseguiu conter as lágrimas, aquele com toda certeza era o momento mais feliz de sua vida, ainda mais feliz do que quando Sofia a chamou de mamãe pela primeira vez.

– Isso é sério, Rafa? – Disse com a mão na boca.

– Sim, Ivy me ajudou – disse rindo.

Gizelly leu o papel mais uma vez para ter certeza do que estava lendo, olhou para a pequena a sua frente que a olhava com expectativa, se abaixou para ficar da sua altura e a abraçou apertado.

– Eu sou a mãe mais feliz desse mundo – disse rindo.

– Você aceita ser minha mamãe no papel, mamãe Gi? – Perguntou com receio na voz.

Start Over (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora