Capítulo 18

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"A sabedoria e a ignorância se transmitem como doenças; daí a necessidade de se saber escolher as companhias."

(William Shakespeare)


Rafaella foi acordada com batidas incessantes em sua porta, procurou o relógio para verificar o horário, se assustando ao perceber que ainda era de madrugada.

"Quem vai na casa de alguém as 3h da manhã?"

Saiu da cama a contragosto, descendo as escadas ainda coçando os olhos pelo sono e o cansaço da noite que teve com Gizelly.

Quando Rafaella abriu a porta, se assustou ao ver Bianca toda afobada do outro lado.

- O que aconteceu, Bia? - Perguntou preocupada.

- Porque não atendeu o celular, Rafaella? - A mulher estava com as feições cansada e preocupada, entrando feito um furacão na casa da amiga.

- Eu não vi o celular tocar - respondeu indo até a morena - Aconteceu alguma coisa com minha filha?

- Não surta, ta bom? - Pediu segurando as mãos de Rafaella.

- Fala o que aconteceu com a Sofia, Bianca? - Gizelly estava parada no meio da escada, enrolada no lençol, havia escutado a conversa das duas.

- Ela estava bem, estávamos brincando. - começou a dizer nervosa - Mas de repente, não sei o que aconteceu, ela começou a ficar amuada, não quis brincar e nem comer. A gente pensou que fosse sono, mas notamos que ela estava ficando muito quente e decidimos leva-la ao médico.

- Eu preciso ir até a minha filha - disse já indo em direção ao quarto.

- Mari está com ela no hospital, eu vim buscar vocês já que você não atendia o celular e Gizelly nem tem um telefone.

Gizelly pegou suas roupas que ainda estavam pelo chão da sala e subiu para se vestir, encontrando Rafaella chorando enquanto se vestia apressadamente.

- Rafa, ela vai ficar bem - disse tentando confortar a mais nova.

- Eu deveria estar com ela, Gi. - disse enxugando as lágrimas - Eu não deveria ter deixado ela sozinha.

- Mas ela não estava sozinha, Rafa - disse segurando os braços da mesma - Ela estava com a madrinha.

- Mas se eu tivesse com ela isso não teria acontecido.

- Claro que teria, você não tem culpa disso - disse dando um beijo na testa da mais nova e a puxando para um abraço.

- Eu sou uma péssima mãe, não sou?

- Claro que não, você sempre coloca sua filha em primeiro lugar, foi apenas uma noite que você tirou para si, não tinha como prever que isso ia acontecer - disse selando seus lábios - Se veste, vamos buscar nossa cerejinha.

Rafaella e Gizelly se arrumaram em uma velocidade absurda, queriam ir ao encontro de Sofia o mais rápido possível, precisavam ter certeza de que estava tudo bem com a pequena.

🪖🪖🪖🪖🪖


Chegando no hospital, Rafaella correu os olhos pelo local a procura de Mariana, logo a encontrando em pé andando de um lado para o outro, com os olhos vermelhos de chorar.

- Cadê minha bolinha, Mari? - Assim que a mulher notou a presença de Rafaella, a abraçou.

- Ela ta fazendo alguns exames, para saber o que é.

- Onde?

- O médico pediu para gente esperar aqui, Rafa, não podemos entrar - tentou justificar.

Não tinha nada que as quatro mulheres pudessem fazer, elas precisavam esperar o médico com as respostas. Se passaram cerca de 20 minutos quando um enfermeiro se encaminhou até elas.

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