019

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POWERS

- Não sei, não. - disse Max. - eu tô achando ele bem normal.

Estávamos na piscina comunitária observando o Billy o mais discreto possível.

- normal? - Lucas pergunta incrédulo. - quantas vezes você já viu ele de camiseta no corpo.

Olhando por esse lado...

- É, ele tá meio estranho. - eu e Max dizemos.

- mais que meio. - disse Mike. - ele entrou em uma banheira com gelo. O devorador de mentes gosta de frio.

- e eu odeio.

- Fora tudo que a On viu.

- mas ele tá relaxando na piscina, que é a coisa menos devoradora de mentes que existe.

- não necessariamente. - todos olham para Will. - O devorador de mentes, ele se esconde. Ele só me usava quando precisava de mim. É como se você dormisse. E aí, quando ele precisa... Ele ativa.

Eu olhava para Billy intrigada, já fazia algum tempo que sentia que algo estava estranho nele, saber que o devorador de mentes está de volta explicava tudo.

Billy percebeu que estava sendo observado e virou a cabeça lentamente e olhou para mim, seu olhar dava medo, era vazio.

Quando voltei a olhar para as crianças, Mike e os outros garotos haviam sumido.

Mas depois os garotos explicaram o plano e eu como uma pessoa sensata, concordei.

Eu estava realmente com medo do que poderia acontecer, mas era o único jeito de saber.

Organizamos tudo, quando as pessoas foram embora Billy foi até o banheiro masculino e estava debaixo do chuveiro. Desliguei as luzes do local todo.

Havíamos colocado um boneco estranho na sauna com um walkie talkie grudado com fita, Mike e Lucas chamavam pelo nome do Billy, ele foi lentamente atrás das vozes e quando chegou até a sauna entrou e pegou o boneco achando que fosse ou o Lucas ou meu irmão.

Onze apareceu e lançou ele até a parede e fechou a porta, com certeza ele ficou com raiva.

Os garotos apareceram e eu saí de onde estava escondida, colocamos um cabo de ferro na porta e correntes para ele não conseguir abrir.

- Max! - ele disse, assim que me viu, ficou confuso.

- pode ligar.

Will foi até o

- MAX! ME TIRA AGORA DAQUI! - ele gritou enquanto batia na porta. - deixa eu sair. Vocês... vocês acham isso... Acham engraçado? Vocês acham que isso é um brincadeira, não é?

Ele cospe no vidro.

- Vocês, merdinhas, acham isso engraçado? - ele olha pra mim. - Mandy, abre.

- me desculpa. - digo tentando me manter forte.

- ABRE LOGO ESSA PORTA! - ele bate na porta nos assustando. - ABRE LOGO ESSA PORTA! ABRE LOGO A DROGA DESSA PORTA!

- já está em 100 grau.

Billy começou a chorar, repetindo a mesmo coisa "não é minha culpa".

- Max, eu juro que não é minha culpa.

- O que não é sua culpa, Billy?

- eu fiz umas coisas muito ruins. Bem ruins. Eu não queria fazer. - Max havia se aproximando demais da porta, eu sentia que aquilo iria dar ruim, muito ruim. - foi ele que me obrigou.

𝗧𝗛𝗘 𝗢𝗧𝗛𝗘𝗥 𝗪𝗛𝗘𝗘𝗟𝗘𝗥 - 𝕊𝕥𝕖𝕧𝕖 ℍ𝕒𝕣𝕣𝕚𝕟𝕘𝕥𝕠𝕟Onde histórias criam vida. Descubra agora