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FAMILY

— isso é...

— nojento. — Erica completa a frase.

Estávamos olhando para o portal, Dustin cutucava ele com o cabo da vassoura, olhamos para cima e meus olhos se encontraram com os de Steve.

— Oiê. — dissemos.

— Oi. — Steve sorriu enquanto me olhava, sorri de volta.

— Erica, Dustin. — toco no ombro dos dois e vou até um quarto que presumir ser de Eddie. — procurem por lençóis

Não demorou muito até acharmos, juntamos os lençóis pra se tornarem um só como uma enorme corda.

Max e Lucas pegaram o colchão e o colocaram bem de baixo do portal.

— eu não sei bem como a física vai funcionar, mas vamos ver. — Dustin joga os lençóis. — maravilhosa. Agora se a teoria estiver certa... — ele soltou os lençóis que ele segurava. — Abracadabra.

— caraca.

— puxa aí, vê se ela aguenta.

Robin puxa e como esperado, o lençol aguentou.

— Essa é a parada mais bizarra que eu já vi na minha vida. — Erica diz. — e eu já vi muita coisa bizarra.

Erica e Dustin fazem um hi-five.

Robin foi a primeira a sair do portal, assim que Dustin a ajudou a se levantar ela me abraçou.

— Isso foi muito louco.

— eu imagino.

QUEBRA DE TEMPO

Estávamos todos na casa da Max, quando Nancy ia sair do portal ela entrou em um transe, ela explicava tudo o que vecna havia lhe mostrado.

Mas o pior de tudo foi ouvir aquele nome.

Todos discutiam sobre um plano, mas e eu? Eu estava em um canto afastada de todos.

Ninguém estava prestando muita atenção em mim, então foi aí que comecei a chorar, não me importando se alguém visse.

Henry era vecna.

Eu tinha lembranças dele, lembranças boas. Ele cuidava de mim, me amava. Então por que ele me quer morta? Por que agora ele me odeia?

Sentei no chão e puxei meus joelhos contra meu peito abraçando minhas pernas, eu olhava fixamente para a parede em minha frente, as lágrimas escorriam lentamente, cada vez mais lágrimas escorriam.

Eu não conseguia mais controlar.

— Mandy? — escuto meu nome, mas não me atrevo a olhar. — ei, você está bem?

Não

— Não. — a casa ficou tão silenciosa, dava pra escutar a respiração de todos.

Viro minha cabeça e olho para todos, eles estavam em pé e pareciam preocupados.

— Não tô bem e eu tô farta de falar que estou. — levo minhas mãos até minha cabeça, a dor, ela veio novamente. — Eu perdi o hopper, matei meu pai biológico, matei meu estuprador e meu irmão de laboratório quer me matar.

Respiro fundo olhando para cima e depois fecho os olhos, as lágrimas escorreram novamente e eu levei minha mão até minha bochecha as limpando.

𝗧𝗛𝗘 𝗢𝗧𝗛𝗘𝗥 𝗪𝗛𝗘𝗘𝗟𝗘𝗥 - 𝕊𝕥𝕖𝕧𝕖 ℍ𝕒𝕣𝕣𝕚𝕟𝕘𝕥𝕠𝕟Onde histórias criam vida. Descubra agora