Play - Can You Hold Me (mídia acima)
Toni não voltou para o colégio, ela foi para o hotel onde sua mãe está hospedada. Se anunciou na portaria e subiu para seu andar, quando as portas do elevador se abriram, sai e foi até a porta do apartamento de sua mãe dando toques nela. Logo foi aberta pela mulher.
— Filha...— Não deixou sua mãe terminar de falar e se joga em suas braços, chorando em seu peito. A mulher confusa, apenas afagou seus cabelos e a puxou para dentro. — Meu amor, o que aconteceu? — Ela pergunta, sentando-as no sofá.
— Cheryl e seu pai descobriram tudo, mãe. — Diz entre o choro e com a voz abafada por estar em seu peito.
— Céus...— Bárbara suspira e Toni levanta o olhar para ela, fungando.
— Mamãe, o papai mexia com coisa errada. — Conta enxugando as lágrimas de suas bochechas e a mulher suspira, abaixando o olhar. — Você sabia? — Questiona, notando sua reação nada surpresa.
— Sabia, filha. — Admite fazendo o queixo de Toni cair.
— E por que não me contou nada?! — Se levanta brutalmente do sofá, encarando séria sua mãe que suspira.
— Seu pai pediu para nunca contar a você....
— Mas ele morreu, mãe! Ele se foi e eu merecia saber a verdade! — A corta com a voz séria.
— Me desculpa, filha. — Pede se levantando do sofá, ficando a sua frente. — Eu errei em não ter lhe dito isso. — Diz com culpa e Toni passa a mão no cabelo.
— Eu pensava que o Clifford quem tinha feito mau ao meu pai, mas na verdade, era o seu irmão gêmeo, Claudius. — Conta encarando sua mãe. — Ele o ameaçou e...não o matou, mais não faz sentido, já que o papai estava morto quando cheguei em casa...
— O seu pai sofria de depressão, Toni. — Bárbara diz por cima dela fazendo-a prontamente parar de falar e olhar com os olhos arregalados para sua mãe.
— O que...ele...— Nada lhe sai, apenas processando aquela informação.
Seu mundo parou ao ouvir aquilo. Seu pai tinha depressão. Ele nunca falou. E ela nunca percebeu.
— Eu tentava botar ele pra cima dizendo pra melhorar e que tivesse vontade de viver, mas seu pai não queria. — Nega com a cabeça. — Já não tomava os remédios dele, não falava....— Abaixa a cabeça, sentindo sua garganta se fechar e a vontade de chorar lhe invadir.
— Mas ele ficava o tempo todo sorrindo pra gente, mamãe. — A morena diz com a voz falha e Bárbara levanta o olhar para ela.
— Ele estava fingindo, filha. — Sua mãe diz com a voz embargada. — Seu pai lutou muito pra que vocês não dessem conta que a depressão estava acabando com ele. — Conta já entre o choro e Toni chorava junto. — Você não sabe quando eu entrava no quarto e o via chorando de angústia, ele me dizia que já não aguentava mais tudo o que estava causando em nossa família...por isso, seu pai não queria saber mais nada da vida. — Nega com a cabeça.
— E você não o ajudou? — A morena questiona entre o choro, levantando a sobrancelha.
— É claro que eu ajudei, filha. Eu fui procurar o doutor Mendonza, lembra dele? — Pergunta.
— Sim, o ortopedista, não é? Eu me lembro dele. — Balança a cabeça.
Uma vez, meses antes de seu pai falecer. Foi um médico em sua casa e se apresentou como ortopedista de Antônio, Toni deixou por aquilo e nem questionou.
— Ele não era um ortopedista, minha filha. Era um psicanalista. — Conta e Toni fecha os olhos, tendo lágrimas escorrendo por sua bochecha. — Ele quis o ajudar tanto, mas não pode. — Nega com a cabeça. — O seu pai me pediu para jurar que nunca contaria isso para você e sua irmã, por isso, eu nunca te disse nada, filha. — Toca em seu rosto que estava banhado de lágrimas.
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A person can change his life (choni)
Novela JuvenilCheryl Blossom, é a patricinha rica, bonita, popular e capitã das líderes de torcida. Tem dezessete anos, é dramática e o centro das atenções, desejada por todos em seu colégio. É filha de Clifford Blossom, um famoso empresário da moda. Cheryl vive...