O Reinado da Raposa (AtsuHina)

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13. OUTONO
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Os seis concubinos do Quarto Príncipe de Haken observavam, escondidos atrás de uma pilastra, o dito príncipe fazer folhas outonais de gelo e entregar a cada uma das crianças ali reunidas. No momento em que o gelo azul entrava em contato com a pele das crianças, uma nova cor se espalhava.

Isso deixava os pequenos encantados. E Atsumu com uma sensação estranha. Se sentia culpado por não querer que Sua Alteza fizesse aquilo. De alguma forma... Queria que aquela magia fosse especial.

"Tenho uma surpresa pra você", disse o príncipe em sua mente, ainda criando mais folhas.

"Uma surpresa?"

"Sim."

A mente de Atsumu rodou, tentando adivinhar o que seria.

— Eu não sabia que meus concubinos seriam preguiçosos o bastante para deixar crianças fazerem todo o trabalho.

A voz de Sua Alteza veio de trás deles, assustando os seis. Como um, eles pularam e se viraram para o príncipe.

— Vossa Alteza, quer nos matar do coração? — perguntou Sugawara, levando a mão ao peito. Ao seu lado, Kageyama segurou na manga do casaco do professor.

— Vamos decorar, sim? — Foi apenas o que disse o príncipe antes de voltar as crianças.

Eram quatro. O sobrinho de Sua Alteza, Satori, e seus amigos, Shirabu, Semi e Goshiki. Os pequenos seguiram o príncipe até uma das paredes do pátio, voltando a colar folhas de gelo na superfície.

— Essa é uma visão tão estranha — comentou Oikawa.

— Você não deve lembrar, mas Sua Alteza tem muito jeito com criança — comentou alguém atrás deles. Mais uma vez eles pularam de susto. — Vocês ensaiaram isso?

Era Kuroo, acompanhado de Ushijima. Os dois puros-sangues carregavam caixas de aparência pesada nos braços.

— Você deve ser louco pra achar que ele é bom com crianças — resmungou Kageyama, que ainda segurava Suga.

— Na verdade ele está certo — comentou Akaashi. — O que são essas caixas?

— Decorações — respondeu Ushijima. Oikawa se adiantou pra olhar dentro.

— Decorações de verdade — imendou Kuroo. — Nós já temos gelo demais nesse palácio.

— Pode usar essas se quiser, mas você quem vai tirar depois.

E novamente era Sua Alteza. Mas dessa vez, apenas Atsumu não pulou de susto. De alguma forma, tinha sentido o príncipe chegar. A raposa recebeu um olhar, e logo o príncipe estava ao seu lado.

— Por que não tornamos isso mais divertido?

— O que você sugere? — indagou Kuroo, um sorriso começando a se espalhar em seu rosto; um reflexo daquele no rosto de Sua Alteza.

— Vamos montar duas equipes, cada uma fica responsável por decorar uma parte do pátio. Depois, deixamos as crianças decidirem qual ficou melhor.

— As crianças são juízes injustos, eles te adoram.

— Então o que você sugere?

Kuroo pensou por um momento e então sorriu diabólico.

— Vamos deixar as crianças votarem, como eles são apenas quatro é possível dar empate, e sugiro que Atsumu seja aquele que desempate.

Como ele tinha sido envolvido nisso?

— Essa é uma escolha interessante — disse o príncipe. — Por que Atsumu?