❅ 09 ❅

508 80 54
                                    

09. AMANTE
❅ •• ┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈ •• ❅

Os dias passaram calmamente e com eles o final do segundo ciclo. Atsumu passava o tempo com os membros do harém e logo estava em uma rotina tranquila.

Todos os dias eles compartilhariam as três principais refeições, acompanhados por Sua Alteza. Então cada um se retiraria para suas obrigações nos dias de trabalho.

Sugawara ministrava aulas para as crianças no palácio. Kageyama treinava luta para se tornar um soldado. Kenma e Oikawa não faziam nada além de implicar um com o outro e ficarem ociosos nna área conjunta. Akaashi dividia suas obrigações entre ensinar e acompanhar Atsumu e seu próprio trabalho, ele cuidava da administração do palácio. E Atsumu...

Atsumu se concentrava nos ensinamentos que Akaashi passava, em escolher produtos de mercadores, e ficar com Oikawa e Kenma. Isso era exatamente o que estava fazendo nesse momento, conversando com os dois. Ambos eram muito bons em contar histórias, fofocas na verdade.

Em uma conversa de cinco minutos Atsumu era capaz de descobrir sobre a vida inteira de qualquer um naquele palácio. E principalmente sobre Sua Alteza. Oikawa sempre falava muito, mas naquele dia ele não estava falando nada.

— Aconteceu algo? — perguntou Atsumu a Kenma.

O puma conseguia ouvir muito bem e preferia que as conversas fossem dessa forma, com ele utilizando linguagem de sinais e os outros falando.

[E eu lá vou saber?], respondeu.

Esses dois não se bicavam mesmo. Dessa forma, só restava perguntar ao próprio Oikawa.

— Oikawa, você está bem?

Mas não houve resposta. Atsumu se aproximou e cutucou o coelho.

— Oikawa?

— ....sim? — Ele ainda parecia fora de órbita. Atsumu cutucou um pouco mais forte. — Oi, oi, estou acordado.

— Você está estranho. Algo aconteceu?

— Eu só... Estou com um pressentimento.

— É bom? Ou ruim?

— Eu não sei.

[Devem ser gases], disse Kenma.

— Ora, não se meta — ralhou Oikawa. Então se deitou em uma almofada, as costas formando um arco até que sua cabeça atingisse o chão. — Hmm, hoje é o último dia de trabalho né?

— Sim, é o dia 7.

O chão havia sido forrado com um grosso cobertor marrom e almofadas coloridas foram espalhadas por todos os cantos. Kenma estava sentado no meio de várias dessas, Oikawa estava mais para o meio e Atsumu se recostava em travesseiros grandes, enquanto tinha um pequeno no colo.

Oikawa se levantou e começou a andar de um lado para o outro, com uma expressão séria em seu rosto. Atsumu o seguiu com o olhar, sentindo-se cada vez mais aflito. E tonto.

Foram longos quinze minutos disso antes que Oikawa parasse e olhasse, aflito, para a direção dos quartos de Atsumu e Kenma. Passos pesados foram ouvidos, uma sombra grande começou a tomar forma, um homem. Um soluço escapou dos lábios de Oikawa, antes que ele começasse a correr. Ele se atirou contra o recém-chegado, prendendo suas longas pernas na cintura do outro. O homem o apoiou, segurando em sua bunda e enterrando seu rosto no pescoço de Oikawa.

Atsumu olhou para Kenma, completamente perdido.

[É o amor dele]

Oh. Então era a pessoa que Oikawa amava, seu amante.

O Reinado da Raposa (AtsuHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora