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31. AULAS
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Uma coisa engraçada aconteceu no café da manhã. Sua Alteza colocou uma xícara de chá, um chá bem fedido, na frente de Oikawa. E lhe mandou beber. O coelho negou, a serpente insistiu e foi negada novamente. Por fim, ele suspirou e levou o chá embora.

Sua Alteza confidenciou a Atsumu que Oikawa iria ficar doente e que o chá era para prevenir isso.

"Por que Sua Alteza não fez Oikawa beber?"

"Ele é adulto e está ciente das consequências. Creio que ele queira ficar doente porque assim o Ushijima para de treinar um pouco pra cuidar dele."

Atsumu achou fofinho, embora não gostaria de ficar doente apenas para ter atenção. Febres são terríveis. E principalmente havia o caso de sua língua solta.

Naquela mesma noite, Atsumu se levantou de madrugada a procura de Sua Alteza e o encontrou na cozinha (cortesia do Palácio que o levou lá). A raposa se escondeu em um canto e observou enquanto o príncipe cortava pedaços de carne e vegetais para fazer um ensopado.

A visão o fez sorrir.

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O sistema de magia puro-sangue era baseado em simbolismo, crença popular e atributos.

Cada animal de cada raça carregava um simbolismo que lhe dava um poder especial. Era muito comum que os mesmos puro-sangues tivessem o mesmo simbolismo, e isso criava aliados entre as raças. Coisas como raposas e cobras serem aliados por causa de sua astúcia já era esperada.

E aqui entrava a crença popular. A crença popular funcionava da seguinte forma: se uma característica de tal animal se tornasse famosa entre a sociedade, aquele puro-sangue iria despertar um novo poder ou ter seu poder alterado na próxima geração. Um exemplo foram os coelhos, que despertaram o poder de teletransportar. Outro exemplo de crença popular eram os ditatos.

E por fim haviam os atributos. Eles tinham um sistema próprio de cores ligadas a tipos específicos de magia. Cada cor tinha magias espécificas que os puro-sangues poderiam ou não despertar. Vermelho poderia ser fogo ou domínio sobre o sangue, azul poderia ser água ou gelo, branco poderia ser luz, vento ou neve. As magias podem se repetir, como, por exemplo, roxo e preto em que ambas tem controle mental e sobre sombras. As variações eram muitas. A forma animal também dava atributos; aves teriam poder de vento, animais aquáticos teriam água e mamíferos terrestres ficariam com a terra.

— Complicado não?

Atsumu baixou a folha de resumo para olhar para Sua Alteza, escrevendo com uma pena do outro lado da mesa.

— Um pouco. De acordo com o sistema, um puro-sangue pode receber todos os seus poderes e atributos, ou apenas um ou dois, mas isso varia do nível de poder, certo?

— Exatamente. Você tem alguma dúvida?

— Tenho muitas, mas não consigo pensar em nenhuma agora. Só acho que o maluco que criou esse sistema gostava de caos.

O príncipe riu levemente, balançando a cabeça.

— Tudo bem. Acho que um exemplo vai te ajudar. — Sua Alteza terminou de escrever, pousou a pena e passou a folha para Atsumu. — Aqui, os seus poderes e atributos.

Atsumu sentia as palmas soarem enquanto lia o conteúdo.

**Simbolismo da raposa: equilíbrio, solidão, traição, manipulação, covardia, astúcia, inteligência.
Habilidade: manipulação, manter a imparcialidade, grande capacidade de adaptação.**

O Reinado da Raposa (AtsuHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora