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"Mama, they say I’m a terrorist, what?!
I did nothing wrong, but I got on a black list
Mama, they say I’m a terrorist, why?!
If doomsday is coming — я не попаду в рай"

"Mamãe, eles dizem que eu sou terrorista, o que?!
Não fiz nada errado, mas entrei na lista negra
Mamãe, eles dizem que eu sou terrorista, por quê?!
Se o dia do juízo final estiver chegando - eu não irei para o céu"

(TRRST, IC3PEAK)

29. MISSÃO
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Atsumu sentiu um toque frio em sua testa e entreabriu os olhos, demorando a focalizar o rosto de Sua Alteza. A água ainda estava quente ao seu redor e lhe cobria até os ombros.

— Vamos sair? Você não pode dormir na banheira. — Atsumu ouviu a voz, mas não registrou as palavras. Sua resposta foi um regougo lento. — Ei raposinha, não durma. Ou eu mesmo terei que te tirar daí.

Atsumu fechou os olhos e voltou a dormir. Confiava em Sua Alteza.

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Shoyo encarou a face da Raposa adormecida, perguntando-se o que fazer. Acordar Atsumu parecia não ser mais uma opção. Mas não poderia deixar ele dormir ali. Mesmo que encantasse a banheira e a tornasse confortável, ele ainda poderia se afogar. Claro, ficaria ali a noite toda se necessário, mas além disso a temperatura era muito alta. Ele poderia ter uma febre.

Bom, só restava uma opção.

Invocando uma faixa de seda preta, Shoyo a envolveu bem ao redor dos olhos e garantiu que não enxergava nada. Só depois tirou Atsumu da banheira. Não com as mãos é claro, com magia. Não podia arriscar dar um choque térmico em sua raposinha.

Céus, ainda bem que não precisava enxergar para saber fazer as coisas. Envolveu o corpo de Atsumu em toalhas e comandou a água a ir embora, depois invocou um dos pijamas da raposa e o vestiu. Tudo sem tocá-lo e sem vê-lo.

Shoyo confiava em si mesmo, e, mais importante, tinha a confiança de sua raposa. Mas ainda o amava e o desejava. Além de que não tinha recebido permissão para ver e tocar.

Apenas depois de ter terminado de vestir as meias nele foi que o baixou até seu colo e voltou ao quarto. O ajeitou na cama e o cobriu, embrulhando-o como um bolinho. E então tirou a faixa.

Atsumu estava dormindo serenamente. Shoyo lhe fez carinho na franja e retirou as bolinhas de algodão de dentro das orelhas, com cuidado para não tocar a parte interna. Acariciou ternamente o rosto de sua raposa. Estava feliz que ele finalmente havia conseguido a coragem de se olhar no espelho. Era um grande passo.

Shoyo se inclinou e encostou sua testa na dele, inspirando profundamente o odor de água perfumada do banho. Mas ali no fundo havia o cheiro natural de Atsumu.

— Hmm, biscoitos com chocolate — murmurou.

Nunca cansava de desvendar o cheiro de Atsumu, que mudava todos os dias. Era uma peculiaridade dele. Shoyo adorava. Amava o fato de ser o único a sentir, assim como a raposa era a única a sentir seu cheiro de flor. Seu lado egoísta e possessivo ficava muito feliz com isso.

Shoyo esfregou seu nariz no da raposa, então lhe beijou ternamente a testa, verificou as cobertas uma última vez e afastou os pesadelos. Então saiu.

Tinha coisas a fazer.

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As flores ainda estavam lá. Shoyo se abaixou e pegou uma próxima aos seus pés, então sentou na beira do penhasco e balançou os pés, acariciando as pétalas lilases.

O Reinado da Raposa (AtsuHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora