Capítulo 10

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MEGAN LABONAIR

Um pesadelo me fez perder o sono. Abri os olhos, o rosto coberto de suor, o som da minha respiração pesada preencheu o silêncio do quarto da hospedaria. Levei a mão trêmula a minha boca, contendo o impulso de vomitar devido ao sangue e violência que dominavam meus sonhos, me impedindo de ter uma noite tranquila de sono.

O quarto estava escuro, tão escuro quanto o lugar onde minha alma estava. Desespero me tomou, cru e sombrio e tive que ligar o abajur ao lado da cama para iluminar a escuridão ao meu redor, para ter certeza que eu ainda estava viva, mesmo que o vazio em meu peito comprovasse exatamente o contrário.

Apertei os olhos com força, empurrando toda agitação para longe, eu não devia sentir absolutamente nada, nenhuma fagulha de emoção ou desespero. Eu não queria voltar a sentir tudo de novo e ser forçada a suportar o que fugia há meses.

-Você está bem?-quase pulei de susto ao ouvir a voz do macho do outro lado da cama.

Voltei a me deitar sobre o colchão, afundando a cabeça no travesseiro e permitindo que a frieza tomasse meus sentidos novamente.

-Megan?

-Me deixe em paz, híbrido.

Ele tirou um travesseiro da parede no meio da cama e me espiou.

-Você está suada, o que houve?

-Somente um pesadelo-mal ouvi minha própria voz ao dizer.

Jason ficou em silêncio por alguns instantes e por um momento pensei que o híbrido tinha ido dormir, e finalmente me deixado em paz, contudo, o colchão se mexeu e a parede de travesseiros que eu tinha feito foi rapidamente destruída.

-O que pensa que está fazendo?

Jason grudou seu peito em minhas costas, passando um dos seus braços por debaixo das minhas costelas e circulando minha cintura com o outro. Enrijeci com seu toque no mesmo instante.

-Se afaste de mim, imbecil.

Ele não me deu ouvidos, ao contrário, ignorou minhas reclamações ao pressionar seus lábios em minha nuca.

-Você está assustada.

-Não, não estou. Minha humanidade está desligada, esqueceu?

Jason riu em meu ouvido, e o som de sua risada lançou arrepios pela minha coluna.

-Você é uma péssima mentirosa, mestiça.

Jason arrastou os lábios quentes pela minha orelha, me esforcei para não fechar os olhos. Abri a boca para mandá-lo ao inferno, mas me calei quando seus dedos invadiram minha camisa e tocaram minha barriga, roçando as pontas dos dedos em minha pele. 

-O que vê em seus sonhos?

Merda, merda.

-Eu normalmente não sonho, e quando isso acontece são pesadelos regados em morte, sangue e destruição.

Sangue Puro:Coração Selvagem (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora