Capítulo 11

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MEGAN LABONAIR

Eu definitivamente estava entrando no inferno.

O covil dos rebeldes era uma antiga construção de três andares, as paredes internas eram pintadas de preto com símbolos gravados, móveis e quadros antigos espalhados pelo lugar. O cheiro era uma mistura de cerveja barata, whisky velho e cigarro, muitos lobos viviam ali, pela variedade dos odores diferentes, machos e fêmeas moravam junto do híbrido, sua matilha.

Um enorme pátio aberto foi a primeira coisa que notei ao entrar no covil, duas escadas no fundo levavam aos seguintes andares da construção velha. Sofás, cadeiras e poltronas preenchiam o pátio, mas o que chamou minha atenção foi a dúzia de lobos que me fitavam com fúria e desprezo nos olhos no centro do pátio.

Mantive meu rosto indiferente ao me aproximar, o único som que preenchia o silêncio eram minhas botas, Jason caminhou calmamente ao meu lado, observando sua matilha, atento a qualquer movimento. Reconheci os rostos familiares do círculo íntimo do híbrido, Frederick carregava um largo sorriso debochado no rosto, parecia contente por me ver. Joe, ao lado do bruxo, poderia me fuzilar com os olhos a qualquer momento.

Assoviei ao observar o covil.

-Esse lugar de fato é um covil de rebeldes-comentei, despreocupada.

-Decepcionada por não encontrar o luxo da alcateia do seu pai?-Frederick deu um passo à frente.

-Nem todos estão acostumados com a miséria.

Um riso rompeu do bruxo.

-É bom te ver, Meg, senti sua falta.

Estalei a língua.

-Uma pena que não posso dizer o mesmo.

O sorriso não deixou os lábios de Frederick. Avistei Fallon adentrar o pátio acompanhado de dois desconhecidos, um homem e uma mulher, o rosto da ruiva era uma mistura de irritação e tédio ao me encarar, contudo, a fêmea ao lado dela me olhava com certa curiosidade, o cheiro que vinha dela e do homem era estranho.

A mulher veio em minha direção, vi sua narinas se dilatarem quando ela me cheirou, um vinco formado entre suas sobrancelhas.

-Ela não cheira como você, Jason.

Revirei os olhos.

-É claro que não, não sou um parasita ambulante.

-Mas você não é pura de sangue-cantarolou Frederick.

Dei de ombros.

-Continuo sendo uma loba pura, e não um verme como vocês.

A fêmea estreitou os olhos.

-Você é uma víbora perigosa.

Um sorriso ardiloso curvou meus lábios.

-Somente uma reconhece outra-concluí.

Sangue Puro:Coração Selvagem (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora