Capítulo 7

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MEGAN LABONAIR

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MEGAN LABONAIR

A loja do feiticeiro estava localizada há algumas quadras do apartamento de Jaime, o lobo tentou me fazer mudar de ideia, mas quando ameacei lhe acertar um soco nos dentes, ele finalmente concordou e me levou até o endereço do feiticeiro, uma velha loja de especiarias que em breve  fecharia.

-Tem certeza?-Jaime me perguntou pela décima vez e eu contive o impulso de calá-lo com um golpe.

Observei as ruas desertas e abri a porta, entrando na loja, o cheiro de incenso impregnado no ar me fez torcer o nariz. Jaime fechou a porta atrás de mim e parou ao meu lado. O lugar era pequeno com diversas prateleiras e caixas espalhadas pelo chão lotadas de ervas e especiarias, a pouca iluminação não me impediu de visualizar um homem de costas, mexendo em algo no balcão.

Cocei a garganta, chamando sua atenção. O homem rapidamente se virou, se desculpando pelo seu descuido, mas quando seus olhos me encontraram, ele empalideceu repentinamente. Um sorriso malicioso curvou meus lábios.

-Acho que você me conhece, feiticeiro.

Me aproximei calmamente, meus saltos raspando no chão de madeira. Parei diante do balcão e apoiei meus braços sobre a superfície. Jaime olhava para os potes de vidros nas prateleiras. 

O feiticeiro ficou quieto, me observando com os olhos estreitos. Me surpreendi quando ele jogou um pó roxo em meu rosto que me fez recuar com a ardência em minha pele, lhe dando tempo para tentar escapar por uma pequena porta dos fundos.

Enfurecida com sua atitude, apertei minha mão e fogo surgiu diante da porta antes que ele alcançasse a saída. O feiticeiro pulou para trás, praguejando e tentou apagar o fogo, mas as chamas queimaram mais intensamente. Ele me fitou com raiva ao não conseguir combater meu poder, homem burro.

-Ok, eu já entendi, não vou mais tentar fugir. Agora, acabe com esse fogo.

Cuspi sangue no chão, resultado do acônito que o feiticeiro jogou em meu rosto, a erva envenenada entrou no meu sistema e eu precisei usar magia para tirar aquele veneno do meu sangue. Jaime agarrou o feiticeiro pelo colarinha e o arrastou em minha direção, o jogando na minha frente. 

O fogo começava a se espalhar pela loja e em segundos destruiria tudo que o feiticeiro tinha.

Minha mão disparou na garganta do feiticeiro, finquei minhas garras em seu pescoço e sibilei em seu rosto:

-Se você tentar mais uma gracinha, você vai queimar junto da sua loja. Entendeu?

Ele apenas acenou repetidamente e eu o soltei. Gesticulei e o fogo desapareceu. O feiticeiro respirou fundo e ajeitou seu casaco, passando o antebraço pelo rosto suado.

-No que posso ajudá-la, mestiça?

Endureci ao ouvi-lo me chamar por aquele nome, pelas lembranças que me trouxe de quem costumava me chamar daquela forma. Lambi os lábios.

Sangue Puro:Coração Selvagem (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora