Capítulo 12

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MEGAN LABONAIR

Despejei whisky velho na xícara de café, e virei metade do líquido quente na garganta, revirando os olhos pela milésima vez em uma questão de meia hora ao ter sido praticamente obrigada por Frederick a descer para jantar com a matilha.

-Não vai comer?-Louise me perguntou, devorando o frango assado com batatas que tinha preparado com o irmão.

-Não estou com fome-respondi indiferente, virando a página do grimório sobre a mesa.

-Sabe, eu tenho uma pergunta-comentou Frederick, mastigando o frango.

-Não quero saber.

-Mas a farei mesmo assim.

Engoli mais um gole do café com whisky.

-Você desligou sua humanidade, todos percebemos, mas o que isso significa?

-Que eu estou morta por dentro-virei outra página do grimório.

-O que você sente?

-Eu não sinto nada.

-Absolutamente nada?

Bufei, impaciente devido aquela série de perguntas irritantes.

-Somente uma vontade absurda de matar bruxos intrometidos que não sabem calar a porcaria da boca.

Freddy sorriu com a boca fechada e voltou a comer sua comida. Porém, o silêncio reinou na mesa por poucos segundos, já que logo o bruxo voltou a tagarelar.

-Já sabe como conseguirá a chave do arsenal?

-Estou trabalhando nisso.

O bruxo murmurou em concordância, dando um gole na cerveja.

-Isso não atrairá mais da raça dela até aqui, não é?-Fallon indagou, as sobrancelhas franzidas.

-Minha raça?-encarei a loba.

-Não somos iguais, Megan, nunca fomos, desde que os puros pisam em lobos inferiores na nossa hierarquia.

-Já houve um tempo em que nós, fêmeas, também éramos pisadas pela hierarquia e olhe para nós agora-repliquei, sem dar muita importância para o comentário da ruiva.

Fallon soltou um riso sem humor.

-Você nunca entenderá...

-E nem tenho o desejo.

-Porque enquanto você foi criada no castelo de vidro, protegida, cuidada, cercada pelo luxo e dinheiro, nós lutávamos para sobreviver e não sermos mortos.

-Pelos caçadores?

-De fome.

Shane limpou a garganta e Fallon parou de falar, enfiando comida na boca para se manter calada. Balancei a cabeça em negação, as palavras da fêmea martelando na minha boca, tentei expulsar aqueles pensamentos e permitindo que a escuridão voltasse a cobrir meus sentidos.

Sangue Puro:Coração Selvagem (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora